Sobre Clerisvaldo Chagas

Romancista, historiador, poeta, cronista. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.


OS SEGREDOS DE SANTANA DO IPANEMA

25 outubro 2017


Riacho do João Gomes (Foto: Clerisvaldo B. Chagas)

Vez em quando vamos revelando os segredos da Geografia e da História de Santana do Ipanema. Eles estão no CPF do município, “Ipanema um Rio Macho”; na identidade municipal, “230, Monumento Iconográfico aos 230 anos de Santana do Ipanema”; e no seu DNA, “O Boi, a Bota e a Batina, História Completa de Santana do Ipanema”.

Vamos revelar hoje um acidente geográfico que os professores não conhecem e nunca foram lá. Trata-se da “ravina” do riacho João Gomes, localizada a três km do centro da cidade, na Al-130. A ravina muitas vezes confunde-se com os nomes: canyon ou cânion ou canhão, vala, ribanceira, riba, voçoroca, desfiladeiro, abismo.

A ravina é formada pelo fluxo de água doce em rios intermitentes, sobre determinado tipo de terreno. O riacho João Gomes, tem percurso pequeno, nasce, escorre e tem a sua foz ou barra no rio Ipanema, tudo dentro do próprio município.

Ao cortar a AL-130, forma sua ravina pequena, profunda e bela, escondida dos passantes. Contemplar a ravina de cima da ponte estreita é um perigo, iminente e real devido ao tráfego intenso da AL. Por outro lado, a vegetação exuberante das margens, impede a visão.

Existem árvores com mais de vinte metros margeando.  A ravina está situada em área de reserva e o riacho deve ter levado milhares de anos para escavá-la na rocha viva e deixá-la como hoje é vista com cerca de 15 ou 20 metros de altura por 10 a 12 de largura. Caminhar pelo fundo do canhão dá um prazer imenso para os pesquisadores. Infelizmente os nossos professores da área, não são estimulados para as pesquisas de campo.

O riacho Camoxinga também forma uma ravina perto da foz, no local denominado Ponte do Urubu. Entretanto, é uma ravina escavada em terreno plano e arenoso, inclusive nas próprias areias trazidas através de milhares de anos pelo riacho e acumuladas em toda a área da Ponte do Urubu. Já está em nosso livro “Repensando a Geografia de Alagoas”.

Esta semana estaremos oferecendo palestra, seminário e aulas vivas, sobre a nossa história e geografia para escolas, empresas e a quem se interessar, em termos profissionais. Trata-se da equipe FOCUS BINARIUS. Caso haja interesse, enviar email: (clerisvaldodaschagas@gmail. com).

Clerisvaldo B. Chagas, 25 de outubro de 2017

Crônica 1.766 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

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