Operação combate atuação do PCC em Alagoas e mais sete estados

27 nov 2019 - 07:48


Operação contra o PCC mobiliza segurança pública de vários estados (Foto: Assessoria / SSP-AL)

Foi deflagrado no início da manhã desta quarta-feira (27), uma operação de combate a ação do Primeiro Comando da Capital (PCC) em diversos estados. Denominada de “Operação Flash Back”, a ação cumpre 66 mandados de prisão em Alagoas e outros 44 em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, São Paulo, Tocantins e Sergipe.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP-AL), o objetivo do trabalho é combater o principal núcleo da facção criminosa PCC, com base no Mato Grosso do Sul, de onde saem as ordens de justiçamento para todo Brasil, sob comando de um faccionado identificado como ‘Maré alta’.

Segundo as investigações das polícias, que contam também com integrantes do Ministério Público de todos os estados, Maré alta compõe a atual liderança da facção, que substitui o fundador e líder, Marcos Willians Camacho, conhecido como ‘Marcola’ que atualmente está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.

Crimes bárbaros:  a face violenta do PCC

A operação originária em Alagoas parte para o enfrentamento ao PCC não com o propósito de apreender armas e drogas, mas de isolar os líderes da nova estrutura, que tem como caraterística a truculência no ‘tribunal do crime’, com mortes bárbaras pelo Brasil, inclusive em Alagoas, com maiores registros em Maceió e região Metropolitana.

De acordo com as investigações, o ‘tribunal do crime’ é formado pelos que detém maior poder ou funções privativas dentro da facção.

Uma das características do PCC é a frieza com a qual determinam a forma de execução das suas vítimas, incluindo jovens inocentes e membros da própria facção, tidos como desobedientes, quase sempre narrando para elas como será o passo a passo da morte.

Durante as execuções, os criminosos costumam fazer contato com o líder que deu a sentença e transmitir, por meio de vídeos, para provocar ‘prazer’ e reforçar sua autoridade, bem como ganhar prestígio dentro da facção.

Cerca de mil policiais são mobilizados

Para garantir o cumprimento de todos os mandados de prisão e demais trâmites cartorários, cerca de mil policiais civis e militares de Alagoas e de outros estados foram empregados na operação.

Aqui no estado, participam equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Radiopatrulha (BPRp), Batalhão de Trânsito (BPTRan), Batalhão Rodoviário (BPRv), os 3º, 5º, 6º, 7º e 11º Batalhões, 3ª e 4ª Companhias Independentes, Grupamento Aéreo, Delegacia Regional de Arapiraca, Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), Tigre, Asfixia e Operação Policial Integrada Litorânea (Oplit).

Em Sergipe, a Secretaria da Segurança Pública (SSP/SE) e o Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE/PMSE) auxiliaram na operação e no cumprimento dos mandados. Em Pernambuco, houve colaboração da Polícia Civil, através da Diretoria de Inteligência (DINTEL).

No âmbito federal, o Ministério da Justiça, por intermédio da Secretaria de Operações Integradas (SEOPI), colaborou com a ação.

Coletiva de imprensa

Os detalhes da “Operação Flash Back” serão repassados em coletiva de imprensa às 11h, no auditório Aqualtune, no Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió.

Participam do encontro com a imprensa representantes do Ministério da Justiça, da cúpula da Segurança Pública de Alagoas, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Alagoas e do Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC).

Da Redação com Assessoria SSP-AL

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