Sobre Clerisvaldo Chagas

Romancista, historiador, poeta, cronista. Escritor Símbolo do Sertão Alagoano.


O QUE ESPERAR DOS PRÉDIOS OCIOSOS DE SANTANA

26 abril 2018


Casarão de primeiro andar está ocioso em Santana (Foto: extraída do livro “203”)

O normal é que um edifício fique fechado durante certo tempo, mas eternamente não. O prédio ocioso com tempo prolongado, só serve para invasão de marginais, destruição interna, deterioração e ameaças de desabamento para os passantes e outros prédios vizinhos. Neste momento em que o Comércio e a Prestação de Serviços acham-se em expansão, em Santana do Ipanema, Sertão alagoano, a falta de prédios é grande nos pontos estratégicos e os aluguéis vão à estratosfera.

Diante de tanta procura por edifícios para os mais diferentes ramos de negócios, como se justifica a ociosidade de prédios gigantes? O prédio onde funcionou o Posto de Puericultura, o casarão de Manoel Rodrigues da Rocha, o enorme prédio de primeiro andar vizinho à Igreja Matriz de Senhora Santana, O prédio do deus mercúrio e a escola Lions, no Bairro Floresta, o antigo matadouro, são alguns titãs dormindo na ociosidade.

Questões de tombamento, brigas de herança e outros problemas, não deveriam afetar o andamento econômico da urbe. O antigo prédio de puericultura abrigou relevantes serviços às crianças de Santana. Hoje ocioso vizinho a Caixa Econômica, vai de uma rua à outra. Que desperdício sem tamanho. Além dos edifícios citados, outros também não devem justificar as portas cerradas. Poderiam ser implantadas nesses lugares, clínicas médicas, pronto socorro, clínica de repouso, hotel, pousada, centro de estudo, memorial do rio Ipanema, cinema, comércio, convento, seminário, galeria e um sem fim de coisas importantes.

Por que a Prefeitura, como órgão chefe, não nomeia uma comissão de estudos para tentar resolver com seus donos essa lamentável situação? Até mesmo porque os edifícios citados, além do espaço ocioso, representaram a história fazendo juntos o desenvolvimento do município. Foram escolas, comércio, centros médicos, hotel, bibliotecas e residências de luxo.

Também não é apenas questão de o imóvel pertencer a particulares ou às entidades. Quando os interessados se unem para resolver determinada situação, o adjutório faz a força. É de se chorar ao saber sobre a estrutura da escola da Floresta. Bem que ali poderia ser o Memorial do Rio Ipanema.

Tudo na vida tem solução, menos a morte.

Clerisvaldo B. Chagas, 26 de abril de 2018

Crônica 1.888 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

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