O COMANDO DOS VENTOS

03 mar 2015 - 08:42

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de março de 2015

Crônica Nº 1.377

Parque Eólico Geribatu (Foto: divulgação)

Parque Eólico Geribatu (Foto: divulgação)

Ministrando aulas de Geografia, abordávamos o assunto dos tipos de energia usados no mundo. Na época, dizíamos que alguns desses tipos alternativos estavam apenas engatinhando. Hoje, a realidade é outra com o avanço de pesquisas e as experiências, mesmo assim o homem continua aprendendo, como no caso da energia eólica, isto é, a energia produzida pelos ventos.

O termo eólico vem do latim aeolicus, que pertence a Éolo, o deus dos ventos na mitologia grega. Desde a antiguidade essa energia baseada na força dos ventos, é utilizada em moinhos e impulsão de velas de barcos. Com a evolução nas pesquisas, chegamos a utilizá-la bem, a exemplo da energia solar que continua sendo motivo de estudos. Aliás, todos os conjuntos residenciais feitos pelos governos, nas três esferas, já deveriam ser entregues com energia solar e assistência técnica.

O Brasil tem um dos maiores potenciais eólicos do planeta e

regiões mapeadas desses potenciais, inclusive, Alagoas com área no sertão. Vários parques eólicos funcionam no país, incluindo o Nordeste, sendo com tendência de ampliação, o que viria a aliviar a rede hidrelétrica do país, nossa principal fonte energética. A energia dos ventos é considerada limpa e não depende de seca e nem de chuvas. O que se fala até agora é sobre o ruído dos ventos nas enormes hélices dos seus cata-ventos, coisa que não se aconselha moradia por perto ou possível desvio de rota de aves migratórias.

Infelizmente a cegueira de alguns, não consegue marcar as coisas positivas e de grande relevância do país, noticiadas em pé de páginas, enquanto o supérfluo, o negativo e o ridículo, assumem lugares de manchetes.

A inauguração do parque eólico Brasil/Uruguai (Dilma/Mujica) o maior da América Latina, tem potencial para ser uma segunda Itaipu, que já foi a maior hidrelétrica do mundo. Esse é um dos maiores feitos dos últimos anos, ocasião em que o mundo necessita de mais e mais energia para assegurar o desenvolvimento.

O esforço que a imprensa faz para encobrir eventos dessa dimensão tenta deixar o brasileiro desinformado para os valores do seu país. É mais fácil desviar o tema mostrando a bunda de “A” ou de “B” que é “mais relevante” (as páginas estão cheias dessas coisas). Infelizmente o Brasil ainda não se libertou da pecha que “não é um país sério”. Como, se os próprios filhos contribuem para isso!

Comentários