O CAMPEÃO VOLTOU

02 fev 2015 - 00:01

Clerisvaldo B. Chagas, 2 de fevereiro de 2015

Crônica Nº 1.357

Foto: (Ivan Raupp, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio - G1)

Foto: (Ivan Raupp, Evelyn Rodrigues e Marcelo Russio – G1)

Na madrugada do último sábado para domingo, toda a nação das artes marciais, vibrou de admiração, respeito e contentamento. A volta do brasileiro Anderson Silva, várias vezes campeão, calou Las Vegas, Estados Unidos e o mundo que estavam em grande expectativa diante do evento. Todos queriam saber como se comportaria a lenda viva do UFC, após a longa temporada que passou em recuperação, depois de ter quebrado a perna na última luta.

Se adversário Nick Diaz, um lutador americano e polêmico, aguardava o adversário num momento que também poderia tornar-se celebridade. A madrugada, para os brasileiros torcedores no Brasil, parecia não ter fim antes do embate Anderson X Nick, diante de tantos preliminares e andanças dos ponteiros. É que em Las Vegas a arena ficou também lotada de brasileiros que pareciam sentir-se em casa, incentivando e vibrando com o campeão por sete vezes, Anderson Silva.

Não se podia esperar muito do “Aranha”, pela sua ausência por mais de um ano fora dos combates e o trauma causado pela parte física. Até mesmo o “Aranha” não sabia qual seria o seu próprio modo de agir diante de um adversário inusitado e provocativo. Anderson, entretanto, aos poucos foi adquirindo confiança e passou a ser a grande sensação da luta, sendo nitidamente superior e seguro.

Por tudo que Anderson havia passado, foi bastante compreensível que ele não partisse direto para liquidar o adversário, pois, pegar confiança era de fundamental importância para o “Aranha”. Silva não decepcionou a ninguém. Lutou seriamente, não caiu em armadilhas e foi crescendo na luta com muita classe e elegância pagando em dobro o que se esperava de um ex-campeão.

Para não se arriscar e botar tudo a perder, teve paciência o suficiente com o seu rival, levando a luta para a última rodada onde caiu ao chão em prantos de emoção por ter sido o vencedor do combate. E para o chão Anderson levou com ele milhões e milhões de brasileiros que tiveram a paciência recompensada em aguardar até alta madrugada.

Um início de fevereiro altamente favorável e emocionante para o planeta e, particularmente para o Brasil.

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