Os recém-chegados papilospistas do Instituto de Identificação da Polícia Científica de Alagoas, receberam nesta terça-feira (25), treinamentos na área de necropapiloscopia. Com a finalidade de identificar corpos que dão entrada sem identificação nos IMLs do Estado, o exame se tornará obrigatório no protocolo criado pelo Departamento de Identificação Humana.
A aula foi dirigida pelo papiloscopista veterano, Rogério de Castro na sede do Instituto Médico Legal Estácio de Lima em Maceió. Ele explicou que o exame de necropapiloscopia era realizado apenas para identificar corpos sem identificação, mas agora, com a chegada dos novos papiloscopistas, será realizado em todos os corpos recolhidos pelas unidades de medicina legal.
Rogério de Castro, explicou que as coletas das impressões papilares serão feitas logo após a chegada dos cadáveres no IML. Depois o papiloscopista, insere essas informações no Sistema automatizado de identificação biométrica (ABIS), onde é realizado uma busca nos arquivos civil e criminal do Estado, para verificar a existência do prontuário onomástico daquela pessoa no banco de dados alagoano e de outros estados da federação.
“Esse treinamento é para mostrar como será o processo da necro no dia a dia dos papiloscopistas. Agora vamos iniciar um trabalho em que o exame será aplicado em todos os corpos que chegam aos IMLs de Maceió e Arapiraca. Então eles precisam desse treinamento de identificar os corpos em diversas fases, seja cadáver recente ou já em estado avançado de decomposição”. Explica Rogério.
O papiloscopista esclareceu ainda que para cada fase do cadáver, são necessárias determinadas técnicas para realizar a coleta das impressões papilares do corpo. Mas, o exame necropapiloscopico é considerado umas das análises mais rápidas e seguras, se tornando essencial para a identificação oficial e liberação do cadáver.