Nova tarifa nas contas de luz passa a valer a partir desta segunda-feira

02 mar 2015 - 07:04


Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7%, enquanto nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%.

Entidades e órgãos federais devem adotar práticas responsáveis de consumo (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A partir desta segunda-feira (2), a conta de luz vai ficar mais cara para consumidores atendidos por 58 concessionárias. A revisão tarifária extraordinária para essas empresas foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a previsão é de aumento médio de 23,4%.

Os maiores reajustes serão para as distribuidoras AES Sul (39,5%), Bragantina (38,5%), Uhenpal (36,8%) e Copel (36,4%). Os mais baixos serão aplicados para as distribuidoras Celpe (2,2%) e Cosern (2,8%).

Os impactos da revisão serão diferentes conforme a região da distribuidora. Para as concessionárias das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto médio será de 28,7% e, para as distribuidoras que atuam nas regiões Norte e Nordeste, de 5,5%. A diferença ocorre principalmente por causa do orçamento da CDE e da compra de energia proveniente de Itaipu.

Também começam a valer os novos valores para as bandeiras tarifárias, que permitem a cobrança de um valor extra na conta de luz, de acordo com o custo de geração de energia. Além da revisão extraordinária, as distribuidoras passarão neste ano pelos reajustes anuais, que variam de acordo com a data de aniversário da concessão.

Segundo a Aneel, a revisão leva em consideração diversos fatores, como o orçamento da CDE deste ano, o aumento dos custos com a compra de energia da Usina de Itaipu – por causa da falta de chuvas –, o resultado do último leilão de ajuste – que aumentou a exposição das distribuidoras ao mercado livre – e o ingresso de novas cotas de energia hidrelétrica.

De acordo com o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, “no ano passado e neste ano, o custo da energia elétrica tem sido realmente alto, porque o regime hidrológico não está favorável, temos despachado todas as térmicas, que têm um custo mais alto”.

A revisão extraordinária está prevista nos contratos de concessão das distribuidoras e permite que a Aneel revise as tarifas para manter o equilíbrio econômico e financeiro do contrato, quando forem registradas alterações significativas nos custos da distribuidora, como, por exemplo, modificações de tarifas de compra de energia, encargos setoriais e de uso das redes elétricas. A Aneel também aprovou o orçamento da CDE para este ano, que prevê repasse de R$ 22 bilhões para a conta dos consumidores de energia.

Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, várias empresas solicitaram a revisão extraordinária, por causa da falta de chuvas e da maior necessidade de compra de energia de termelétricas, que é mais cara.

Veja abaixo os percentuais de reajuste por distribuidora:

– Celpe 2,20%

– Cosern 2,80%

– Cemar 3,00%

– Cepisa 3,20%

– Celpa 3,60%

– Energisa PB 3,80%

– Celtins 4,50%

– Ceal 4,70%

– Coelba 5,40%

– Energisa Borborema 5,70%

– Sulgipe 7,50%

– Energisa SE 8,00%

– CPFL Sta Cruz 9,20%

– Coelce 10,30%

– Mococa 16,20%

– Ceron 16,90%

– CPEE 19,10%

– João Cesa 19,80%

– Cooperaliança 20,50%

– Eletroacre 21,00%

– Santamaria 21,00%

– Chesp 21,30%

– CSPE 21,30%

– CEEE 21,90%

– Light 22,50%

– CJE 22,80%

– Ienergia 23,90%

– CEB 24,10%

– Elektro 24,20%

– Celesc 24,80%

– Bandeirante 24,90%

– ENF 26,00%

– Escelsa 26,30%

– Cemat 26,80%

– Energisa MG 26,90%

– Eflul 27,00%

– Eletrocar 27,20%

– Celg 27,50%

– DME-PC 27,60%

– Enersul 27,90%

– Cemig 28,80%

– CPFL Piratininga 29,20%

– EDEVP 29,40%

– CPFL Paulista 31,80%

– Hidropan 31,80%

– CFLO 31,90%

– Eletropaulo 31,90%

– Forcel 32,20%

– Caiua 32,40%

– Demei 33,70%

– Muxfeldt 34,30%

– Cocel 34,60%

– CNEE 35,20%

– RGE 35,50%

– Copel 36,40%

– Uhenpal 36,80%

– Bragantina 38,50%

– AES Sul 39,50%

Com Agência Brasil

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