As festividades de Carnaval este ano tiveram de ser canceladas por algumas prefeituras, como mostrou a Confederação Nacional de Municípios (CNM) em reportagens que antecederam o feriado. Aquelas que não cancelaram fizeram a maior festa do País de maneira mais tímida, por causa da crise financeira e até mesmo pela falta d’água. A CNM promoveu uma enquete para saber onde as festividades não aconteceriam e porquê.
Responderam à enquete 1.873 Municípios – 33,6% do total. Destes, 712 ou 38% declararam que iriam promover o Carnaval local. Outros 1.161 ou 62% disseram que não iriam fazer qualquer festividade. Infelizmente, alguns Municípios indicaram mais de um problema para o cancelamento da festa.
Entre os Municípios que enviaram resposta negativa para a CNM, 575 costumam promover alguma festa no Carnaval. São tradicionais para a população e até mesmo para turistas. No caso dessas prefeituras, 86 ou 14,9% cancelaram o Carnaval pelo falta d’água. O desabastecimento preocupou os gestores. Outros 407 ou 70,2% decidiram não fazer nada por causa da contenção de gastos e 230 ou 40% alegaram outros motivos.
Situação dos Estados
O Carnaval é mais tradicional em alguns Estados em detrimento a outros, mas a CNM preparou dados peculiares. Minas Gerais, por exemplo, foi o Estado com o maior número de Municípios que não fizeram festa por causa do abastecimento de água. Ao todo, 27 prefeituras mineiras indicaram este motivo. São Paulo está em segundo lugar, com 23 prefeituras.
Para evitar gastos em meio a crise, os Municípios de São Paulo estão em primeiro lugar na desistência: 93 preferiram não fazer nada no feriado prolongado. Em Minas Gerais foram 70 e no Paraná, 53.
Por CNM