MP denuncia ex-prefeito de Ouro Branco por fraudes em licitações

21 jun 2017 - 10:00


Segundo denuncia do Gecoc, ex-gestor sertanejo teria cometido crime de peculato 81 vezes.

Ex-prefeito foi denunciado pelo MP (Foto: Reprodução / Facebook)

O Ministério Público de Alagoas (MP-AL) ofereceu denúncia, nesta quarta-feira (21), contra o ex-prefeito da cidade de Ouro Branco, Atevaldo Cabral. A acusação é de crimes contra a administração pública, dentre eles, fraude em licitação e organização criminosa.

A ação judicial é fruto de uma investigação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do MP-AL. No inicio deste ano, os promotores que integram a equipe estiveram participando de uma operação deflagrada na cidade sertaneja para busca de documentos.

O órgão ministerial aponta que o ex-prefeito liderou um grupo de 2013 à 2016 com o objetivo de lesar o tesouro municipal. Os acusados teriam cometido peculato, peculato furto, falsidade ideológica majorada, falsidade ideológica, uso de documento falso, fraude em licitação e formação de organização criminosa.

Toda ação do grupo, ainda segundo o MP, causou um prejuízo de mais de R$ 3 milhões (exatos R$ 3.346.800,06) ao Poder Executivo Municipal. Além do ex-gestor também são alvos da ação ex-secretários do governo, membros da comissão de licitação e empresários dono de empresas investigadas.

CLIQUE AQUI e veja detalhes da denúncia do MP

Pedido de prisão

Além da denuncia propriamente dita, os membros do MP também solicitaram a prisão do ex-prefeito Atevaldo Cabral e outros acusados. Entre algumas das justificativas, os promotores afirmam que, mesmo os denunciados não estando ocupando função no poder público, “a maioria da população, inclusive, servidores públicos, demonstram, de forma pública e notória, temê-los”.

Em outro trecho o MP sustenta ainda que a liberdade dos acusados acaba pondo em risco à instrução criminal do processo. “(…) mesmo estando alguns deles fora dos seus respectivos cargos, serão capazes de subverter o conjunto probatório, forjando documentos, aliciando testemunhas e intimidando declarantes”, diz um trecho do pedido.

Outro lado

A reportagem do Alagoas na Net tentou contato por telefone, através de mensagens, com o ex-prefeito Atevaldo Cabral, entretanto, até o fechamento da matéria não houve respostas.

Por Lucas Malta / Da Redação

Comentários