Mil mulheres apanham por mês em AL; 113 foram assassinadas

12 nov 2012 - 14:04


Os dados de 113 assassinatos de mulheres em sete meses e a média de mil agressões físicas por mês colocam Alagoas no segundo lugar do ranking nacional de violência contra a mulher. Para reduzir os índices alarmantes, uma campanha nacional pretende fortalecer os órgãos que trabalham em defesa das mulheres e punir quem pratica violência doméstica.

Com o tema ‘Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha: a lei é mais forte’, o governo federal quer consolidar ações em todo o país para reduzir a impunidade e, com isso, diminuir os índices de violência. A campanha regional foi lançada nesta segunda-feira, dia 12, em Alagoas.

De acordo com a secretária da Mulher, Cidadania e Direito Humanos, Kátia Born, de janeiro a julho deste ano já foram contabilizados 113 assassinatos de mulheres em Alagoas. Os responsáveis seriam maridos, companheiros, namorados ou ex-companheiros das vítimas. No ano passado, esse número chegou a 180 crimes.

Ainda segundo levantamentos da Secretaria, a média mensal é de mil mulheres agredidas pelos companheiros e um total de cinco mil processos acumulados na Justiça. “São mais de 11 mil denúncias de agressão pelo número 181 em Alagoas. Precisamos sensibilizar todos os poderes para dar celeridade nos processos e diminuir a impunidade. Estamos estudando a forma de promover um mutirão e julgar todos os cinco mil processos que tramitam na Justiça”, destacou Born. O mutirão ainda não tem data para acontecer.

A secretária ressalta que os números alarmantes de violência são resquícios também do fortalecimento da Lei Maria da Penha. “O fortalecimento da lei e o maior apoio dado às vítimas de violência fizeram com que as mulheres passassem a denunciar mais os casos de violência doméstica. Apenas pelo telefone 181 são mais de 11 mil denúncias este ano”, completou.

A campanha lançada hoje pretende fortalecer as ações dos órgãos responsáveis pela defesa da mulher. O Judiciário (Tribunal de Justiça, Mistério Público, Defensoria Pública do Estado) dando celeridade aos processos em tramitação e o Executivo participando de ações integradas de combate à violência e dando apoio às vítimas com proteção e capacitação para que retomem a vida após denunciar os agressores.

Alagoas24horas

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