Dezenove de abril ao índio foi dedicado,
Com muito pouco pra comemorar
Sem saúde, sem educação,
Sem tecnologia e alimentação,
Só lhe resta protestar.
Vinte e um a Tiradentes
O nosso herói sacrificado
Que por lutar por liberdade
Pra sua terra escravizada
Foi morto e esquartejado.
Vinte e dois é dia da terra,
“Gaia,” dizem os ecologistas,
Que apesar das suas lutas,
Pacíficas , legais ou brutas,
São poucas as conquistas.
Vinte e dois também é Brasil,
Data do seu descobrimento,
Com a chegada de Cabral,
Que fugia de um temporal,
Oficializava-se o nascimento.
Terra a vista !!! gritou o oficial,
Chamando atenção de Cabral,
Descobrimos a nova terra,
E dessa vez ninguém erra,
Vamos ao Rei informar.
O desembarque foi em seguida,
A missa foi celebrada
A terra examinada
Caminha escreveu a carta
Que à Corte foi enviada.
Falava que a terra era bela,
Expunha as “vergonhas das criaturas”,
Puxava o saco do rei,
Pedia emprego pro seus,
E antevia muita fartura.
Forjando um belo documento,
Para impressionar sua Alteza,
Caminha trazia pra nova terra
Os costumes d’além mar:
Tráfico de influência e esperteza.
O mês porém não terminou,
Vinte e quatro de abril?
É a emancipação de Santana,
Que a todos nós ufana
Um sentimento varonil
São cento e trinta e nove anos,
De muita luta e sacrifícios
Mas também de prazeres,
Na lida dos afazeres,
Com orgulho e benefícios
Assim se leva a vida,
Aproveitando os bons momentos
Compensando as situações
Esquecendo as privações
E enriquecendo os conhecimentos.
E louvando a nossa terrinha
Nesse 24 de abril,
Salve Santana do Ipanema,
Sertão querido da gema,
mais bonito do Brasil…
Porém o mês não terminou,
Permitam-me mais uma saudação,
No dia 26 aniversaria
Com garra e determinação
A Escola Superior do Sertão.
Por maas – Manoel Augusto de Azevedo – colaboração