Presidente do TJ alerta para riscos de Assembleia inutilizar vara especializada em crime organizado.
Foto: Assessoria TJ/AL
Ao comentar os rumos da tramitação do projeto de lei que reformula a 17ª Vara Criminal da Capital, o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ), desembargador José Carlos Malta Marques, alertou para uma suposta estratégia de esfacelamento deste órgão reconhecidamente essencial para conter o avanço do crime organizado no Estado mais violento do Brasil.
O estranhamento de Malta Marques tem relação com a possibilidade de haver uma nova orientação política do futuro governo de Renan Filho (PMDB) com relação ao funcionamento eficaz da vara criminal responsável para combater o crime organizado em Alagoas. Talvez por uma mera expectativa de mudança de postura do governador eleito, parlamentares teriam incluído, entre as emendas ao projeto de lei, uma proposta para extinguir a competência da 17ª Vara Criminal para processar e julgar os crimes de colarinho branco no âmbito da administração pública, bastante comuns em Alagoas.
Para o presidente do TJ, talvez haja alguma esperança de que, na nova gestão de Renan Filho, haja uma postura diferente da que foi tomada pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Desde o atraso de dez meses para a apreciação da matéria, até a decisão de “estudar mais a matéria”, os fatos remetem justamente para um cenário em que o governador eleito precisa intervir politicamente para manter um dos principais instrumentos de combate ao crime, como já alertou o Blog em publicação anterior.
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