Mais um forrozeiro pra animar as festas juninas do céu
24 julho 2013
Neste dia, 23 de julho, o Brasil, em especial o Nordeste, se despede de um dos maiores ídolos musicais. José Domingos de Moraes, o Dominguinhos, que faz a grande “viagem”.
A palavra nesse momento é saudade. No entanto também se reflete em alegria; alegria pelo seu legado.
Dominguinhos foi uma daquelas figuras em que Deus nos enviou para, em muitos momentos, nos tirar das tristezas. Com a sua música inconfundível, ele levou o contentamento a milhões de corações mundo a fora.
Falar em morte nesse instante é desconhecer a vida; é ignorar que suas melodias e seu sorriso revigoraram tantas almas e acalentou muitos espíritos.
Dominguinhos se junta no céu, neste momento, ao seu mestre na Terra, Luiz Gonzaga, o maior de todos os artistas; aquele que lhe orientou a tomar o rumo dar alegria ao seu povo. E como um bom discípulo Dominguinhos seguiu direitinho o seu Mestre, mesmo buscando a sua própria identidade artística.
Entre tantas boas composições, eu poderia citar, por exemplo: “Quem Me Levará Sou Eu”, “Isso Aqui Tá Bom Demais”, “Abri a Porta” (parceria com Gilberto Gil), “Eu Só Quero um Xodó” (parceira com Anastácia), mas a música que mais me marcou, do eterno Dominguinhos, foi composta com Nando Cordel, “De Volta Pro Aconchego”. Nesta composição Dominguinhos junta bela melodia com letra inteligente.
Certa feita assisti ele disse que tinha feito esta música numa mesa de bar de São Paulo. Num momento de angustia, em que sentia saudades de casa. Pegou um guardanapo e rascunhou umas palavras e passou pra Nando, e ai surgiu uma das mais belas músicas do artista que hoje completa sua missão aqui na Terra.
Tive a satisfação de assistir Dominguinhos se apresentar em Santana do Ipanema, no Largo do Maracanã.
Quem sabe um dia poderei ter a permissão de puxar um banquinho e assistir a um show do dueto Dominguinhos/Gonzagão, se apresentando pra Antônio, João e Pedro, no arraiá do céu. E ainda ter como participações especiais: Jackson do Pandeiro, Sivuca, Lindu e Zinho.
Que Deus receba de volta esse seu filho que disseminou, por onde andou, a paz através da musicalidade.