O Levante Feminista de Alagoas convida a todas para o ato público em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a ser realizado no dia 8 de março, com concentração às 9h na Praça Deodoro. A mobilização deste ano tem como tema central “Por nossos corpos e territórios, Nenhuma a Menos!”, e reúne diversas pautas de reivindicação por justiça de gênero, igualdade e proteção para mulheres e meninas.
A presidente do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), Paula Lopes, fala da importância do ato. Ela reforça que o 8M é uma data que marca o dia de luta das Mulheres internacionalmente e neste dia mulheres de todos os cantos do mundo se unem numa só bandeira: a defesa da vida, das liberdades e pelo fim das desigualdades.
“Aqui no Brasil celebramos o fim de uma era tenebrosa que retirou recursos e esmagou avanços no campo dos direitos das mulheres. Agora é tempo de reconstruir os diálogos e avançar em pautas fundamentais como o fim das desigualdades de gênero, o fim da misoginia, a erradicação das violências, direitos sexuais e reprodutivos e pelo bem viver de todas as mulheres. Em Alagoas temos a imensa missão de dar um fim aos feminicídios e criar políticas públicas efetivas e que de fato mudem a realidade das mulheres, principalmente as empobrecidas, as desempregadas, as de periferia e as marginalizadas socialmente. No mais, o nosso lema deste 8 de março é a luta por Direitos, pelos nossos Corpos e Territórios. Nossas vidas valem muito! Nenhuma a Menos! Avante!”, conclui.
Lenilda Lima, Secretária da Mulher Trabalhadora da CUT em Alagoas e integrante do Levante Feminino em Alagoas, também ressaltou a importância do ato do 8M. Para ela, o 8 de março será um dia de grande importância para as mulheres, com diversas atividades unindo-as em torno da luta por seus direitos e respeito. O foco principal estará em combater o patriarcado, o capitalismo e a violência que oprimem e vitimam as mulheres.
“Esse dia reunirá mulheres de diferentes organizações em torno do eixo comum da luta por seus corpos, territórios e respeito em todos os espaços. As mulheres se mobilizam contra o patriarcado, o capitalismo e a onda de violência que as vitima, como no caso de Valquíria e outras mulheres assassinadas. A luta visa mudar o sistema que estimula a misoginia e a repressão. A democracia é fundamental para garantir espaço para cobranças por mais políticas públicas para as mulheres. Acontecerá um ato político e cultural na Praça Deodoro com apresentações artísticas, seguido de uma marcha pelo Centro de Maceió até o Palácio Zumbi dos Palmares, onde será realizada uma audiência com o governador do Estado para apresentar a pauta de reivindicações das mulheres, incluindo a criação de um plano de políticas públicas para as mulheres e uma mesa de situação para o enfrentamento da violência contra as mulheres. O 8 de março será uma homenagem às mulheres que tombaram, como Valquíria, Mônica e Marcele, com a determinação de continuar a luta por “nenhuma a menos”, finaliza.
Dados do DataSenado (2023) revelam que 3 a cada 10 mulheres já sofreram violência doméstica no Brasil. Em Alagoas, em 2024, já foram registrados mais de 1.100 casos de violação contra a mulher.
O ato exige também o fortalecimento e ampliação da Rede de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência.
E considerando que as mulheres sofrem sempre os maiores impactos socioambientais, também busca cobrar da Braskem a reparação pelos danos causados pelo crime ambiental em Maceió, que impactou o patrimônio histórico, cultural e ambiental da cidade, além de gerar transtornos na mobilidade urbana, moradia e vida comunitária. O diálogo efetivo com os gestores públicos é fundamental para garantir a reparação das perdas e danos à população.
Defendendo políticas públicas com foco na extinção da misoginia, através de cursos, capacitações e ouvidorias que possibilitem às mulheres uma vida com dignidade, pois a misoginia impede o acesso das mulheres a espaços de poder na sociedade, e combatê-la é essencial para garantir o bem-estar de mulheres e meninas.
Diante dos conflitos bélicos no cenário mundial, o Levante Feminista de Alagoas pede paz como caminho de esperança. A defesa da soberania nacional, respeito ao território e pacificação diplomática entre os povos são fundamentais para proteger as populações mais vulneráveis, especialmente mulheres e crianças.
Destacando as desigualdades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho, como o maior índice de desemprego, menores salários e assédio moral e sexual, a sociedade precisa de medidas efetivas para alcançar a equidade de gênero, reconhecendo o papel fundamental das mulheres na sustentação de suas famílias e no desenvolvimento da sociedade.
O Levante Feminista de Alagoas também divulga a Rede de Apoio a Vítimas de Violência contra a Mulher, com os contatos da 1ª e 2ª Delegacias da Mulher em Maceió e da Delegacia da Mulher de Arapiraca.
O Levante Feminista de Alagoas convida todas as mulheres e pessoas comprometidas com a justiça de gênero a participarem do ato público no dia 8 de março. Juntas, podemos construir uma sociedade mais justa e igualitária para todas.
Serviço
Data e hora: 8 de março, às 9h
Local: Praça Deodoro, Maceió
Tema: Por nossos corpos e territórios, Nenhuma a Menos!
Pautas:
– Enfrentamento à violência contra a mulher
– Reparação para vítimas da Braskem
– Extinção da misoginia
– Paz e solidariedade
– Justiça de gênero
Instagram: @levantefeministaalagoas
Redes de apoio:
1ª Delegacia da Mulher – CODE Mangabeiras (24h): (82) 3315-8272
2ª Delegacia da Mulher – Salvador Lyra (08h às 18h): (82) 3315-4327
Delegacia da Mulher de Arapiraca (24h): (82) 3521-6318