Legislativo e Executivo de Santana trocam farpas e baixam nível da política Enquanto um chama de maloqueiro, o outro diz que ele não vale nada, e o prefeito prefere mandar recado.

01 out 2019 - 11:07


Prefeito e secretário decidiram responder às críticas em evento público (Foto: Reprodução / Instagram)

Representantes do Poder Legislativo e do Executivo de Santana do Ipanema tem protagonizado, nos últimos dias, cenas deprimentes de troca de farpas utilizando como palanque, espaços ou momentos em que seriam apropriados para a atividade pública.

Para quem já acompanha de perto as sessões da Câmara de Vereadores da cidade, não se surpreende com os discursos de vereadores da chamada bancada de oposição. Em sua grande maioria, as falas tem como alvo o prefeito e secretários.

As críticas ao gestor vão desde os serviços prestados (ou às vezes não prestados) até a forma de relação do prefeito com sua bancada de situação. É muito comum ver os edis de oposição adjetivarem os colegas da Casa de “paus-mandados do prefeito”.

Em um desses discursos, o vereador Jacson Chagas relembrou uma fala do edil licenciado, hoje secretário de Infraestrutura, Genildo Bezerra. No passado, Papa Tudo chegou a aderir a um apelido que lhe foi dado: “Maloqueiro do Maracanã”.

Se a fala do passado já não fosse suficientemente infeliz, Chagas fez questão de repetir: esse secretário é um maloqueiro. Na oportunidade,  a vereadora Eliana “Fofa”, que assumiu a vaga de Bezerra ainda pediu respeito, mas Jacson não aliviou.

As respostas do prefeito e sua equipe às críticas dos vereadores, em boa parte das vezes não acontece publicamente, mas em cantos mais reservados, junto a aliados. Todavia, parece que a tolerância dele para isso anda um tanto baixa e por isso ele decidiu externá-la.

Um dos primeiros momentos aconteceu na inauguração de um posto de saúde da cidade. Na oportunidade, visivelmente incomodado com as críticas, Isnaldo Bulhões pediu, sem citar nomes, que seus críticos respeitassem seu tempo de carreira e seus cabelos brancos.

Em outra ocasião, desta vez a entrega da reforma de um prédio público, Bulhões fez coro ao secretário Genildo Bezerra, que também sem dar nome aos bois, retrucou as ofensas de Jacson Chagas.

“Tem que comprar rivotril pra dar para aqueles quatro lá”, disse Bezerra em referência aos edis de oposição. O secretário foi além e decidiu falar de um deles, sem nomear. “Aquele rapaz não tem moral de pagar uma dose de pitu fiado, porque o povo não vende”.

Para fechar o balaio de gatos dessa birra que parece mais coisa de criança, nesse mesmo evento o prefeito insinuou que durante a cerimônia teria alguém ouvindo as falas para levar aos opositores.

“Eu não vou falar para esse verme, que quer o quanto pior melhor, a nossa cidade, para que ele possa com sua podridão aparecer”. Não falou, decidiu mandar recado!

Por Lucas Malta / Da Redação

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