Juiz determina bloqueio de salário de João Lyra para pagar dívida trabalhista

30 abr 2014 - 07:15


Tribunal de Justiça diz que grupo JL apresenta dívida na ordem de R$ 1,28 bilhão.

Foto: Heleno Resende / Assessoria PSD

Foto: Heleno Resende / Assessoria PSD

O juiz titular da Vara do Trabalho de Coruripe, Sérgio Queiroz, determinou o bloqueio de 30% do salário do deputado federal João Lyra (PSD). Em seu despacho, o magistrado afirmou que a medida foi motivada por um processo trabalhista movido por um ex-funcionário do Grupo JL. A decisão, que foi publicada no Diário Oficial no começo desta semana, será oficializada nos próximos dias à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

De acordo com o magistrado, a Vara do Trabalho está lotada de processos trabalhistas contra a pessoa física e jurídica do deputado João Lyra. No entanto, apontou o magistrado, a justiça do trabalho não consegue executar nenhum bem do grupo, o que impede o pagamento das indenizações.

“Diversas pessoas que trabalharam há até 30 anos no grupo foram demitidas e saíram sem um real sequer no bolso. O bloqueio do salário tem como objetivo assegurar o pagamento de apenas um trabalhador. É preciso um fato novo para assegurar a eles – os demais trabalhadores – uma solução para o problema”, explicou Queiroz.

Segundo a assessoria técnica da Câmara Federal, o deputado João Lyra recebe, mensalmente, R$ 26.723,13. De acordo com a Constituição, o valor do subsídio é o mesmo para deputados federais. Atualmente, ainda segundo a Câmara, foram equiparados aos subsídios dos ministros do Supremo Tribunal Federal, presidente e vice-presidente da República, além de aos ministros de Estado.

O grupo João Lyra, segundo o Tribunal de Justiça de Alagoas, apresenta dívida na ordem de R$ 1,28 bilhão. Já de acordo com um dos administradores, Ademar Fiel, para atender o que dispõe o decreto de falência, alguns dos funcionários da Usina Laginha tiveram de ser demitidos.

Por meio da assessoria de imprensa, o parlamentar informou que até agora não foi notificado sobre a decisão da justiça. Ainda segundo a assessoria, o deputado aguarda a posição da Mesa Diretora da Câmara para se pronunciar de forma oficial.

Por Jonathas Maresia / Gazetaweb

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