A delegacia do 79º Distrito Policial (DP) de Teotônio Vilela, comandada pelo delegado Valter Nascimento, concluiu o inquérito que apurou a morte do empresário do ramo de segurança Davi Abílio da Silva. Ele foi assassinado no dia 11 de dezembro de 2023, com vários disparos de arma de fogo em via pública.
Segundo o delegado, a integração entre Polícia Civil e Policia Científica agilizou as ações e, no dia do crime, o Instituto de Criminalística (IC) enviou o perito criminal José Veras ao local, onde foram coletados seis estojos e um projétil de munição de arma de fogo. “Esta integração foi fundamental para o esclarecimento do caso”, frisou.
Durante as investigações, policiais civis obtiveram imagens de câmeras de vigilância instaladas na cidade, as quais flagraram o veículo Fiat Mobi, de cor prata, sem placa, evadindo-se em alta velocidade logo após o homicídio. Populares informaram que o veículo pertencia a uma locadora, sendo possível saber para quem ele teria sido alugado, bem como acessar o sistema de rastreio existente no carro.
Em diligências, as equipes de policiais civis de Teotônio Vilela conseguiram localizar o Fiat Mobi e abordar o condutor dele. Ao revistar o carro, foram encontrados uma pistola, marca Taurus, calibre 9 mm, três carregadores, 51 munições, uma faca, um canivete preto e dois celulares.
O condutor do veículo foi preso em flagrante, pelo crime de homicídio qualificado, por ser cometido à traição e mediante emboscada, impossibilitando a defesa da vítima. Com a prisão dele, a apreensão da arma e do carro, o Instituto de Criminalística conseguiu realizar várias perícias que confirmaram a participação do então suspeito no crime.
O chefe administrativo do IC, perito criminal Charles Almeida, explicou que seis peritos contribuíram com as investigações através da realização de exames e confecções de laudos. “A perícia criminal é formada por ciências que contribuem com a verdade. Através do trabalho realizado por esse grupo de peritos, foi possível juntar os respectivos laudos dos exames periciais e enviá-los para a delegacia responsável pelo caso, fornecendo subsídios para robustecer o inquérito policial e assim manter a prisão do réu pelo crime que cometeu”. Afirmou Almeida.
Um desses exames foi o de identificação veicular feito pelo perito Nivaldo Cantuaria, que constatou que o carro era original e não existia ocorrência de roubo ou furto, quando apreendido. Através dos dados extraídos do rastreador dele, o perito criminal Luiz Dionízio, do setor de informática, com apoio do perito Charles Almeida, constatou a hora de chegada à rua do crime, tempo de estacionamento e deslocamento após o homicídio.
Outra importante prova técnica foi o resultado das análises feitas pelo perito criminal Ricardo Leopoldo nos projéteis recolhidos no local do crime, no corpo da vítima no IML e na arma apreendida com o suspeito. O exame de balística confirmou que os elementos de munição eram convergentes entre eles, ou seja, saíram da mesma arma, confirmando que a pistola 9 mm foi usada para cometer o crime.
“A colaboração estreita entre a Polícia Civil e a Polícia Científica é essencial para a eficiência das investigações. A elucidação do homicídio de Davi Abílio da Silva foi um exemplo de que com esse esforço conjunto, foi possível avançar rapidamente nas investigações, demonstrando que a cooperação entre as diferentes áreas da segurança pública é fundamental para alcançarmos resultados positivos em benefício da sociedade”, afirmou o delegado Valter Nascimento.