A constante queda de energia elétrica nas regiões do agreste e do sertão alagoano está contribuindo para agravar ainda mais os efeitos danosos da seca junto à população, advertiu o deputado estadual Inácio Loiola (PSDB), em discurso proferido nesta terça-feira no plenário da Assembleia Legislativa do Estado.
Loiola disse que a falta de energia elétrica impede o funcionamento das adutoras e, por conseguinte, não tem como distribuir água para as comunidades das zonas urbana e rural. O maior prejudicado é a população, em particular as donas de casa que não dispõem de água para os afazeres do dia a dia da família.
Entretanto, é na zona rural que a falta de energia elétrica causa estragos. O pequeno produtor rural além de não dispor de água, ainda fica impossibilitado de acionar a máquina para triturar o resto de palma que ainda existe na Bacia Leiteira para alimentar o rebanho.
A indústria sertaneja tem sido bastante atingida, assim como os pequenos negócios estabelecidos no comércio. Essa realidade, alerta o parlamentar, prejudica o desempenho do setor produtivo sufocando a geração de renda e de novos postos de trabalho.
“A Eletrobras Alagoas precisa ter conhecimento sobre a péssima qualidade da energia elétrica fornecida no interior do Estado e solucionar as falhas porque a população está pagando o preço”, disse, continuando, ‘a problemática da energia elétrica prevaleceu nas discussões e nas reuniões das lideranças políticas e de empresários com o governador Teotonio Vilela, em Santana do Ipanema, onde está instalada a sede do Governo do Estado.
PAC de Convivência com o Semiárido
O deputado estadual Inácio Loiola propôs no plenário da Assembleia Legislativa a criação do PAC de Convivência com o Semiárido pelo Governo Federal, cujo propósito consiste em criar e conceder meios de sobrevivência digna do homem com o semiárido.
Nada mais justo nesse momento em que o Nordeste atravessa a mais severa e perversa seca, disse Loiola, o Governo Federal sob a liderança da presidente Dilma Roussef criar o PAC de Convivência com o Semiárido, ajudando o nordestino a viver dignamente com sua família sem abandonar seu pedaço de chão (sua terra de origem).
A Região Nordeste é viável e possui um potencial socioeconômico imensurável. A maior prova é o crescimento econômico superior à média brasileira com a chegada de novas indústrias, inclusive, com o Estado de Alagoas captando novos empreendimentos, a exemplo da Bauducco entre outros.
E o sertão não fica atrás. O Estado de Alagoas, por exemplo, tem várias pequenas indústrias de laticínios e comércio pujante gerando emprego e renda. Um a vocação industrial que o empreendedor Delmiro Gouveia descobriu no início do Século XX, quando instalou a Fábrica da Pedra no município homônimo.
Seca causa prejuízo de R$ 16 bilhões no Nordeste
A longa estiagem considerada a pior dos últimos 50 anos tem causado prejuízos expressivos a agropecuária do Nordeste. O montante de perdas já alcança o volume significativo de R$ 16 bilhões.
Segundo o deputado estadual Inácio Loiola, todos os segmentos produtivos da agropecuária – pecuária bovina, ovinocaprinocultura e apicultura – têm sofrido redução de 80%, 50% e 70%, respectivamente.
É um quadro devastador que tem refletido negativamente na economia regional. O pior, disse o deputado, é que as previsões pluviométricas para o ano de 2013 não são animadoras. Preveem um volume de chuvas similar ao inverno passado, ou seja, abaixo da média, o que deve agravar ainda mais a situação socioeconômica do Nordeste, incluindo, o Estado de Alagoas.
Por Tribunahoje