O projeto Barco Escola – Navegando com Meio Ambiente, desenvolvido pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA-AL), retomou suas atividades nessa sexta-feira (10). Os estudantes do 5º e do 7º ano da Escola Municipal Professora Maria Petrolina de Gouvêa, que participam do Projeto Guarda Mirim, em Marechal Deodoro, tiveram a oportunidade de vivenciar uma experiência enriquecedora com um passeio pelo Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM).
A iniciativa contou com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Marechal (APA) Deodoro, bem como membros do Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental de Santa Rita. Além disso, técnicos da Gerência de Unidades de Conservação (Geruc) e da Gerência da Educação Ambiental (Gedam) do IMA também estiveram presentes, contribuindo com a experiência educacional.
A jornada educativa teve início na Base Descentralizada do IMA, localizada na Área de Proteção Ambiental (APA) de Santa Rita. Antes de embarcar, as crianças tiveram uma aula sobre a geografia do Complexo Lagunar. Os alunos também puderam aprender sobre a importância vital da proteção da fauna e da flora, e receberam informações essenciais sobre as Unidades de Conservação. Esta fase educativa visa não apenas ampliar o entendimento das crianças sobre o ecossistema local, mas também estabelecer um senso de responsabilidade ambiental.
Durante o passeio no catamarã, as crianças absorveram informações valiosas sobre como a poluição pode desencadear desequilíbrios ecológicos e afetar diretamente os animais aquáticos. Para exemplificar, os educadores falaram sobre a extinção de peixes na Lagoa Mundaú devido à poluição.
Josiane Araújo, representante da Gerência de Educação Ambiental no Barco Escola, enfatizou a importância de integrar a educação ambiental no aprendizado das crianças. Ela destacou a necessidade de desenvolver uma identidade ambiental, compreendendo não apenas os aspectos positivos, mas também os impactos ambientais e sociais.
“Futuramente, eles que vão ser os mestres, os doutores, engenheiros, eles vão ter que lidar com esses problemas que, infelizmente, a nossa geração através do processo cultural deixou para que eles respondessem. Então, a gente faz isso como forma de sensibilizar para que esses danos também parem e, a partir de hoje, a população passe a ter uma visão sobre a questão ambiental”, explicou Araújo.
A coordenadora do Projeto Guarda Mirim, Roberta Souza, compartilhou que a participação das crianças no projeto Barco Escola pode influenciar significativamente no aprendizado e desenvolvimento delas.
“Eles foram bem receptivos. A gente viu que a interação deles foi bem aceita, principalmente na parte informativa, porque é uma aula de campo diferente, dentro do meio ambiente, da prática e não da teoria. Então, para eles, foi acrescentado muita coisa para que eles possam estar multiplicando, porque a partir de agora, eles são multiplicadores da informação”, disse Souza.