IMA divulga relatório sobre animais silvestres ameaçados em AL Perseguição, apanhado, caça e assassinato podem gerar até 1 ano de detenção.

04 ago 2017 - 18:15


IMA produziu lista com animais ameaçados em Alagoas (Fotos: créditos abaixo)

O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL) divulgou nesta sexta-feira (4) um relatório informativo dos animais silvestre ameaçados em todo o Estado. Os dados foram obtidos na Lista Nacional de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente e na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais.

A primeira lista reúne mamíferos, aves, répteis e anfíbios invertebrados terrestres, e indica o grau de extinção de cada espécie. Todos os presentes ficam protegidos de modo integral.

A captura, transporte, armazenamento, guarda e manejo de exemplares só são permitidos para fins de pesquisa ou para conservação da espécie, mediante autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.

Já a Lista Vermelha da IUCN avalia os riscos de extinção de milhares de espécies e subespécies, e engloba todas as regiões do mundo, com o objetivo de informar sobre a urgência das medidas de conservação para o público e legisladores, o que auxilia na tentativa de reduzir as extinções.

A caça, perseguição, apanhado, assassinato e utilização de espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização do órgão ambiental competente, são consideradas práticas de crimes contra a fauna.

Estes crimes estão presentes na lei 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, podendo resultar na detenção de seis meses a um ano do infrator, e multa de R$ 5 mil por indivíduo em caso de espécies ameaçadas.

A seguir, a lista do IMA-AL com animais silvestres ameaçados no estado:

Foto: Miguel_rangel_jr / Wikipédia

Nome vulgar: Macaco-prego-galego

Nome científico: Sapajus flavius

Ocorrência: Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba e Alagoas

Classificação: Em Perigo (EN) pelos critérios nacionais da portaria 44.

Criticamente em perigo pelos critérios internacionais da IUCN.
 

Foto: Groumfy69 / Wikipédia

Nome vulgar: Gato-do-mato

Nome científico: Leopardus tigrinus

Ocorrência: Mata Atlântica, Amazônia e àreas secas da Caatinga nordestina

Classificação:  Em Perigo (EN) pelos critérios nacionais da portaria 444 e Vulnerável (VU) pelos critérios internacionais da IUCN.
 

Foto: WolfmanSF / Wikipédia

Nome vulgar: Gato-mourisco

Nome científico: Puma yagouarondi

Ocorrência: os indivíduos de coloração mais escuras são associados à florestas, enquanto os mais claros encontrados em ambientes mais secos

Classificação: Vulnerável pelos critérios nacionais  e “Pouco Preocupante” pelos critérios internacionais.
 

Foto: Bas Lammers / Wikipédia

Nome vulgar: Onça-parda

Nome científico: Puma concolor

Ocorrência: todos os biomas do Brasil

Classificação: Vulnerável pelos critérios nacionais e quase ameaçada pelos critérios internacionais.
 

Foto: Portais Governo PE

Nome vulgar: Cuandu-mirim

Nome científico: Coendou speratus

Ocorrência: Mata Atlântica de Pernambuco e em Alagoas

Classificação: Em Perigo (EN) pelos critérios nacionais. Não há informações pelos critérios internacionais.
 

Foto: Pedro Teia

Nome vulgar: Pintor-verdadeiro

Nome científico: Tangara fastuosa

Ocorrência: Pernambuco, Alagoas e Paraíba, com alguns relatos em Sergipe e Rio Grande do Norte

Classificação: Em Perigo (EN) pelos critérios nacionais e vulnerável (VU) pelos critérios internacionais.

 

Foto: Reprodução / Wikipédia

Nome vulgar: Pintassilgo do nordeste

Nome científico: Sporagra yarrellii

Ocorrência: Ave já foi percebida em praticamente todo o território do Nordeste brasileiro.

Classificação:  Vulnerável nos critérios nacionais e internacionais.
 

Foto: Parque das Aves

Nome vulgar: Mutum-de-alagoas

Nome científico: Pauxi mitu

Ocorrência: Rio Grande do Norte e Alagoas

Classificação: Ave já se encontra extinta, pelos critérios nacionais e internacionais.
 

Foto: Carlos Garske Fundação Grupo Boticário

Nome vulgar: Papagaio-chauá

Nome científico: Amazona rhodocorytha

Ocorrência: Já foi detectado do território de Alagoas até o Estado do Rio de Janeiro

Classificação: Vulnerável (VU) nos critérios nacionais.
 

Foto: Luciano Candisani

Nome vulgar: Peixe-boi-marinho

Nome científico: Trichechus manatus

Ocorrência: Detectado em todo o território do Nordeste brasileiro

Classificação: Em Perigo (EN), pelos critérios nacionais e Vulnerável, segundo critérios internacionais.
 

Foto: Reprodução / Tamar

Nome vulgar: Tartaruga-cabeçuda

Nome científico: Caretta caretta

Ocorrência: mares tropicais e subtropicais de todo mundo e também em águas temperadas

Classificação: Em perigo, nos critérios nacionais e internacionais.
 

Foto: Reprodução / Tamar

Nome vulgar: Tartaruga-verde

Nome científico: Chelonia mydas

Ocorrência: Mares tropicais e subtropicais, águas temperadas, águas costeiras e ao redor das ilhas.

Classificação:  Vulnerável nos critérios nacionais e Ameaçada nos internacionais.
 

Foto: Reprodução / Tamar

Nome vulgar: Tartaruga-de-pente

Nome científico: Eretmochelys imbricata

Ocorrência: Mares tropicais e por vezes sub-tropicais dos oceanos Atlântico, índico e Pacífico

Classificação: Criticamente ameaçada nos critérios nacionais e internacionais.
 

Foto: Reprodução / Tamar

Nome vulgar: Tartaruga-oliva

Nome científico: Lepdochelys olivácea

Ocorrência: Mares tropicais e subtropicais, oceanos Pacífico e Índico, e oceano Atlântico, na América do Sul e costa oeste da África

Classificação: Em perigo de extinção nos critérios nacionais e Vulnerável nos critérios internacionais.
 

Foto: Elza Freira / icmbio

Nome vulgar: Jararacuçu de murici

Nome científico: Bothrops muriciensis

Ocorrência: Alagoas, na região do município de Murici

Classificação: Em perigo de extinção pelos critérios nacionais.

Por Klaus Roger / Assessoria IMA-AL

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