Gripe, resfriado ou virose? – Saiba a diferença

20 abr 2013 - 09:31


Conheça algumas medidas preventivas e cuidados no tratamento destes problemas de saúde

Foto: Ilustração / Google

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Gripe ou resfriado? A dúvida surge quando aparecem os primeiros sintomas das infecções virais, popularmente conhecidas como viroses, bastante comuns em épocas de chuva. Profissionais do Hapvida Saúde indicam que, independente do tipo de virose contraída, as pessoas devem buscar atendimento médico para reduzir o ciclo de contágio e evitar complicações. Como prevenção, é importante adotar cuidados individuais e coletivos que reduzem o risco de contaminação pelos vírus que causam gripe e resfriados.

O médico João Batista Everton Júnior, clínico geral do Hapvida, explica que não há tratamento específico para as viroses, mas existem medidas para a preservação das funções vitais do paciente, evitando que o quadro clínico evolua para situações mais graves. De acordo com o médico, os sintomas de gripe e resfriados são parecidos. “Só um profissional de saúde poderá fazer essa distinção e prescrever o tratamento adequado. Porém, uma das diferenças mais comuns é o tempo de permanência da doença. O resfriado, geralmente, não dura mais que três dias e o desconforto é menor. Já a gripe dura em torno de sete dias, com sintomas mais severos”, explicou. Um dos sinais de alerta para a gripe é a febre persistente e prolongada, acima de 39 graus Celsius.

O clínico ressalta que o fato de não haver tratamento específico não invalida a visita ao consultório, especialmente nos casos de adultos com idade acima de 60 anos e crianças menores de dois anos, que requerem atenção especial. “Nestas faixas etárias, uma gripe não monitorada pode resultar em complicações graves como pneumonia, inflamações nos brônquios e ouvidos”. Segundo ele, nesta época de chuvas, eleva-se o risco das pessoas contraírem gripes e resfriados, em função das mudanças bruscas de temperatura. Outro fator que ainda propicia a contaminação por vírus, neste período, é a aglomeração natural de pessoas em ambientes fechados.

Os cuidados que podem ser adotados para reduzir as chances de contaminação, ou mesmo transmissão para outras pessoas, são: lavar as mãos com água e sabão (principalmente depois de usar o banheiro); evitar tocar olhos, nariz ou boca após contato com superfícies onde há aglomeração; usar lenço ao tossir e espirrar. O paciente deve evitar sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até cinco dias após o início dos sintomas), e ambientes fechados, onde circulam muitas pessoas. É importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções respiratórias.

Outro cuidado doméstico que deve ser mantido, diz o médico do Hapvida, é a limpeza do ar-condicionado, especialmente para evitar desconforto, no caso das pessoas que já foram infectadas por vírus. “A sujeira do equipamento, geralmente, comporta fungos e bactérias que, em contato com o organismo, pode ampliar os episódios de espirro e tosse, gerando maior desconforto. Facilita, também, o agravamento do quadro dos pacientes que sofrem de alergias respiratórias já diagnosticadas”, explicou. Além de seguir a prescrição médica, em casa, o paciente deve ingerir bastante líquido (de preferência água e sucos naturais), de dois a três litros por dia. Alimentação de fácil digestão, como frutas e verduras, também é importante para a fase de recuperação.

Em crianças

De acordo com a pediatra do Hapvida, Adalgiza Barbosa de Lima, as crianças precisam ser observadas com mais cautela, nos casos de resfriados e gripes. Os pais devem ficar em alerta para os sinais de gravidade da doença. Os pequenos podem apresentar febre mais alta e persistente, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), dificuldade para respirar, sudorese (suor excessivo), entre outros sinais. “As crianças precisam de acompanhamento médico, pois o mais importante, em episódios de gripe, é evitar que o quadro clínico se agrave e evolua para uma doença mais séria como é o caso da pneumonia, por exemplo”, reforça.

A médica destaca que, na rotina de atendimento no Hapvida, tem constatado, inclusive, crianças sem nenhum sinal de gravidade, mas que os exames de laboratório confirmaram o diagnóstico de pneumonia. “Por isso, todo cuidado é pouco. Na dúvida, leve a criança ao médico”. No público infantil, o tratamento adequado pode evitar, ainda, o aparecimento de otites (inflamação no ouvido), que nas crianças causa grande desconforto e exige, na maioria das vezes, uso de antibióticos.

Sintomas diferenciais

Em adultos e crianças, o resfriado apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia).

Na gripe, os sintomas são mais intensos e costumam aparecer aproximadamente 24 horas depois do contágio, e podem ser: febre geralmente acima de 38ºC, dor de cabeça, dor nos músculos, calafrios, prostração (fraqueza), tosse seca, dor de garganta, espirros e coriza. Podem apresentar, ainda, pele quente e úmida, olhos hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes.

Por Assessoria

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