Há dois meses em greve, servidores e docentes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) reforçam a paralisação e refutam as declarações do ministro da educação Aloizio Mercadante, classificando a proposta do governo federal de reajuste como “terrível”.
Na manhã desta quarta-feira (18) foi realizada uma audiência pública no auditório da reitoria e amanhã, haverá uma assembléia onde pela primeira vez os docentes irão discutir o reajuste de até 45%, apresentado pelo governo federal como proposta.
De acordo com a assessora de comunicação da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), a proposta não será aceita pelos grevistas. “É terrível e além de tudo uma farsa, porque esses 45% oferecidos só atendem a docentes doutores titulares e imaginem quantos professores seriam atendidos dentro desse patamar. Um estudo pode apontar que até 2015, apenas quatro professores seriam beneficiados com esse reajuste”, disse.
A associação ainda ressaltou que mesmo em 2015, com o reajuste feito nesses padrões, o salário de docentes e servidores seria menor que os vencimentos do ano de 2009. Com isso, apenas a assembléia decidirá os próximos passos.
Diante das declarações do ministro, que não haveria margem fiscal para um reajuste superior a 45%, a categoria deve manter a greve. Porém, uma nova roda de negociações está marcada para a próxima segunda-feira.
Por Paulo Chancey Junior / Cada Minuto