O Governo do Estado iniciou, nesta quinta-feira (13), o cadastramento das famílias da região lagunar que foram afetadas pelas chuvas que caíram em Alagoas há uma semana. Neste primeiro momento, o registro tem como finalidade a distribuição de cestas básicas para os moradores que foram desalojados, desabrigados ou ficaram isolados em consequência das enchentes.
Nesta manhã, a secretária de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Kátia Born, se reuniu com moradores de quatro comunidades do entorno da lagoa Mundaú e explicou os procedimentos que devem ser tomados para que as famílias afetadas possam receber a ajuda humanitária do governo federal.
Participaram do encontro, que aconteceu na Associação do Movimento de Amparo à Juventude (Amai) da Vila Brejal, o deputado estadual Lelo Maia, representantes da Defesa Civil Estadual e das secretarias de Transporte e Desenvolvimento Urbano (Setrand), Infraestrutura (Seinfra) e Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).
Kátia Born explicou que o cadastramento deveria ter sido feito pela Prefeitura de Maceió como parte do procedimento para decretar situação de emergência no município. No entanto, o prefeito João Henrique Caldas – o JHC – declarou que não havia necessidade do reconhecimento.
Na última terça-feira (11), durante visita a Alagoas, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, deixou claro que para garantir uma assistência adequada é fundamental que os municípios encaminhem seus Planos de Detalhe de Resposta à Defesa Civil Nacional, com o número o mais exato possível das famílias desabrigadas e desalojadas.
Wellington Dias explicou que a partir do reconhecimento da situação de emergência, o governo federal enviará a ajuda humanitária para as contas dos municípios, que ficarão responsáveis em aplicar os recursos em cestas básicas, colchões, produtos de limpeza e água, conforme a necessidade de cada família cadastrada.
Segundo Kátia Born, ficou acordado entre o Governo de Alagoas e o Município de Maceió que o Estado ficaria responsável pela distribuição das cestas básicas, enquanto a Prefeitura distribuiria material de limpeza, fraldas e leite para as crianças das famílias afetadas pelas chuvas.
“O Estado está cumprindo a sua parte. Não quero brigar com a prefeitura [de Maceió]. Estamos discutindo a situação de pessoas em vulnerabilidade. A gente tem que resolver, porque estamos tratando de uma questão de saúde e limpeza”, disse a secretária. “O governador Paulo Dantas gosta das coisas claras. Ele quer que a prefeitura ajude fazendo a parte dela. O cadastramento é coisa séria porque envolve verba pública”, lembrou.
Ela explicou que além da distribuição das cestas básicas – que deverá ser feita até este sábado (15) –, a Defesa Civil, Seinfra e Setrand farão vistorias nas áreas afetadas, com o objetivo de avaliar os estragos e assegurar os reparos necessários.
Presente à reunião, o superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Jorge Brizeno, informou que novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3 irá contemplar o projeto do Governo do Estado de Alagoas para atenuar os danos provocados pelas chuvas. Nesse sentido, o programa irá garantir recursos para a construção de seis barragens – em Alagoas e Pernambuco – para contenção das águas no período de inverno.