Os técnicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) iniciaram as discussões e o planejamento das ações que serão realizadas durante o Dia Mundial de Luta contra a Aids, em 1º de dezembro. Participaram do encontro a diretora estadual de Vigilância Epidemiológica, Cleide Moreira, e representantes dos municípios prioritários e dos que estão realizando teste rápido, bem como, entidades que lidam com pacientes soropositivos de HIV.
No encontro, a diretora estadual de Vigilância Epidemiológica informou que os representantes dos municípios apresentaram as propostas de mobilização e divulgação, que serão realizadas em suas cidades para chamar a atenção da população. As discussões estão sendo realizadas dentro do que prevê o Ministério da Saúde (MS), que este ano realizará a semana do diagnóstico rápido, representando uma das estratégias para identificar precocemente a doença.
Até o dia 15 de novembro, todos os municípios que participaram da reunião deverão encaminhar para a gerência do programa DST/Aids todas as propostas da programação que irão realizar. “Um dos pontos de destaque da campanha será o teste rápido, priorizando as populações vulneráveis, como caminhoneiros, profissionais do sexo, homens que fazem sexo com pessoas do mesmo sexo, população itinerante, presidiários, mulheres, entre outros”, disse Cleide Moreira.
Segundo a gerente do Programa DST/Aids, Mona Lisa Santos, em Alagoas foram registrados 3.615 casos da doença. Ela informou que surgem por ano cerca 300 novos casos. Entre os portadores da doença, 68% são do sexo masculino e 32% feminino. “A epidemia está em fase de crescimento, com aumento em todas as faixas etárias, sendo a maior incidência entre as pessoas com idades entre 30 e 39 anos”, afirmou.
No início da epidemia, nos anos 80, para cada grupo de 11 homens infectados havia uma mulher. Atualmente, essa proporção é de dois homens para uma mulher. Os números mostram a feminilização da Aids.
Naquele período, apenas 36 municípios notificavam a doença em Alagoas. Atualmente, com o avanço da doença, houve uma mudança significativa. De acordo com Mona Lisa, uma das preocupações dos gestores de saúde é com as pessoas que estão sendo infectadas, sendo a maioria com baixa escolaridade. “A proposta é realizar ações voltadas para essa camada da população, que não tem muito conhecimento e necessita ser alcançada”, ressaltou.
Por Agência Alagoas