Edis fizeram comentários sobre o processo de transição que pode acontecer com a saída do IPAS na gestão do Regional.
Vereadores da cidade de Santana do Ipanema tiveram como assunto prioritário na sessão desta sexta-feira (3) a gestão do Hospital Regional Clofolfo Rodrigues de Melo.
O foco, não por acaso, aconteceu na semana em que a Prefeitura revelou estar preparando uma licitação para a escolha de um novo gestor da unidade.
Vale lembrar que o assunto também só veio à tona após a informação dada aos funcionários da unidade, de que vão entrar em aviso prévio no próximo dia 12 deste mês.
O ato é uma medida preparatória do IPAS, já que tem a possibilidade de não mais renovar o contrato com o Poder Executivo Municipal.
As falas
O vereador José Vaz (PP) foi um dos primeiros que iniciou os discursos. Ele começou criticando o Poder Executivo pela morosidade em ter abordado o assunto. “Houve um compromisso muito pequeno da gestão. Nós não sabemos a quanto anda essa licitação”, comentou o vereador que ainda faz parte da base governista.
Apesar da cobrança, o parlamentar ressaltou que o momento não é de achar culpados e que o atendimento à população é que deve ser o objetivo. “O tempo está curto e o povo não pode ser prejudicado… 400 mil pessoas são usuárias daquele hospital… São 22 cidades atendidas. São 500 funcionários trabalhando ali”, frisou.
Em sua fala o edil também passou a palavra aos colegas. O presidente da Casa, vereador Genildo Bezerra (PR) foi um dos que usou um aparte. Ele lembrou que legalmente, o IPAS está atuando até o dia 31 de julho e que existem soluções para a transição. “O prefeito pode fazer uma contratação de forma emergencial, com o aval da Promotoria e da Câmara”, afirmou.
Entretanto, Papa Tudo colocou em xeque a afirmativa de que os profissionais atuais da unidade teriam seus trabalhos garantidos, mesmo com a saída do IPAS. “Ninguém pode dar uma garantia que uma nova empresa ficará com os funcionários. Se alguém disser, já levanta suspeita sobre o processo [de licitação]”, ponderou.
Logo após a colocação do presidente, o vereador Mário Siqueira (PMDB), o popular Mário do Laboratório também se manifestou. “Há quem diga que 70% dos funcionários devem ser readmitidos por uma nova empresa que entrar, mas eu me pergunto: E os 30%? Isso representa cerca de 150 famílias”, questionou.
Ao final dos falatórios, os vereadores presentes afirmaram que vão estar reunidos na próxima semana com o Promotor de Justiça Almilton Carneiro. Os parlamentares falaram que o representante do Ministério Público está acompanhando toda a situação da transição e deverá ajudar na resolução.
Por Lucas Malta / Da Redação