Gestão do Hospital Regional é assunto em pauta na Câmara de Santana do Ipanema

04 jun 2016 - 07:01


Edis fizeram comentários sobre o processo de transição que pode acontecer com a saída do IPAS na gestão do Regional.

Vereadores Mário e Zé Vaz debater na Câmara (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)

Mário do Laboratório[esqu.] e Zé Vaz debateram na Câmara (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)

Vereadores da cidade de Santana do Ipanema tiveram como assunto prioritário na sessão desta sexta-feira (3) a gestão do Hospital Regional Clofolfo Rodrigues de Melo.

O foco, não por acaso, aconteceu na semana em que a Prefeitura revelou estar preparando uma licitação para a escolha de um novo gestor da unidade.

Vale lembrar que o assunto também só veio à tona após a informação dada aos funcionários da unidade, de que vão entrar em aviso prévio no próximo dia 12 deste mês.

O ato é uma medida preparatória do IPAS, já que tem a possibilidade de não mais renovar o contrato com o Poder Executivo Municipal.

As falas

O vereador José Vaz (PP) foi um dos primeiros que iniciou os discursos. Ele começou criticando o Poder Executivo pela morosidade em ter abordado o assunto. “Houve um compromisso muito pequeno da gestão. Nós não sabemos a quanto anda essa licitação”, comentou o vereador que ainda faz parte da base governista.

Apesar da cobrança, o parlamentar ressaltou que o momento não é de achar culpados e que o atendimento à população é que deve ser o objetivo.  “O tempo está curto e o povo não pode ser prejudicado… 400 mil pessoas são usuárias daquele hospital… São 22 cidades atendidas. São 500 funcionários trabalhando ali”, frisou.

Em sua fala o edil também passou a palavra aos colegas. O presidente da Casa, vereador Genildo Bezerra (PR) foi um dos que usou um aparte. Ele lembrou que legalmente, o IPAS está atuando até o dia 31 de julho e que existem soluções para a transição. “O prefeito pode fazer uma contratação de forma emergencial, com o aval da Promotoria e da Câmara”, afirmou.

Entretanto, Papa Tudo colocou em xeque a afirmativa de que os profissionais atuais da unidade teriam seus trabalhos garantidos, mesmo com a saída do IPAS. “Ninguém pode dar uma garantia que uma nova empresa ficará com os funcionários. Se alguém disser, já levanta suspeita sobre o processo [de licitação]”, ponderou.

Logo após a colocação do presidente, o vereador Mário Siqueira (PMDB), o popular Mário do Laboratório também se manifestou. “Há quem diga que 70% dos funcionários devem ser readmitidos por uma nova empresa que entrar, mas eu me pergunto: E os 30%? Isso representa cerca de 150 famílias”, questionou.

Ao final dos falatórios, os vereadores presentes afirmaram que vão estar reunidos na próxima semana com o Promotor de Justiça Almilton Carneiro. Os parlamentares falaram que o representante do Ministério Público está acompanhando toda a situação da transição e deverá ajudar na resolução.

Por Lucas Malta / Da Redação

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