O ex-presidente Lula recebeu na última quarta-feira (17), durante encontro em São Paulo com micro e pequenos empresários, um documento que propõe a criação de políticas públicas para o setor de jogos eletrônicos no Brasil.
Uma comissão formada por jogadores profissionais de videogame elaborou a cartilha “Lula Play”, com informações e propostas de um setor que faz parte não apenas da cultura digital, como também possibilita o desenvolvimento tecnológico e a geração de emprego e renda.
A iniciativa partiu do Instituto Lula, que em maio deste ano convidou especialistas para discutirem a questão. Entre as demandas apresentadas pelos gamers está a regulamentação da profissão, com garantia de direitos para os trabalhadores da indústria indie.
Outro ponto foi a criação de cursos técnicos e de ensino superior para desenvolvedores de jogos – para que cada vez mais homens e mulheres possam desenvolver jogos digitais –, a revisão da legislação de banda larga, extinguindo o limite de dados e melhorando a velocidade de conexão entregue pelas operadoras de telecomunicação, entre outras.
A cartilha aponta ainda que o Brasil é o líder na América Latina em número de jogadores online, onde 92,4 milhões de pessoas movimentaram 2,3 bilhões de dólares somente em 2021 – crescimento anual de 5,1%, de acordo com relatórios da Newzoo.
O país é o décimo no mundo que mais gera receita através dos jogos digitais. China, com 700 milhões de gamers, e Estados Unidos, com 191 milhões, lideram o ranking.