Futebol brasileiro precisa resolver problemas na formação dos jogadores

Da Redação

21 dez 2022 - 15:26


Foto: Pixabay / Reprodução

Desde a geração campeã mundial em 2002, os jogadores do Brasil vêm decaindo tecnicamente ano após ano. Talvez isso seja bem exemplificado pelo fato de que o último brasileiro eleito melhor do mundo tenha sido Kaká, em 2007. Desde então, nenhum outro nome do país teve chances reais de ganhar o prêmio. Muitos torcedores agora se perguntam se esse cenário poderá mudar em breve. No entanto, as notícias do futebol não são muito animadoras para quem deseja ver melhorias na formação de nossos jogadores.

Para a Copa de 2022, Tite convocou muitos jogadores da nova geração. Todos são considerados talentosos, mas também apresentam deficiências na formação. Em primeiro lugar, embora quase todos sejam atacantes, eles chutam mal. O Brasil vem formando gerações de jogadores mais preocupados em driblar do que em construir ou finalizar uma jogada.

E o que deixa a situação ainda pior é o fato de que o Brasil deixou de formar grandes meio-campistas. Antes o camisa 10 era uma figura central no futebol brasileiro, e quase todos os times tinham o seu craque comandando as ações do jogo. Na Copa do Catar, a seleção só tinha um jogador da posição: Everton Ribeiro. Se compararmos com convocações anteriores, veremos como foi havendo uma queda gradativa na qualidade dos nossos meias.

Portanto, é imprescindível que o Brasil volte a olhar com atenção a formação de seus jogadores. O país que já revelou Pelé, Zico, Rivelino, Rivaldo e Ronaldinho não pode simplesmente parar de produzir camisas 10. Outro grave defeito é a falta de fundamento de nossos jogadores de frente. São incontáveis os atacantes daqui que chutam mal e não sabem cabecear. Basicamente, o ponto forte são os dribles – o que é muito pouco para atletas dessa posição. Talvez o nome mais conhecido com essas características seja Robinho, e não é à toa que ele nunca atingiu aquilo que se esperava.

E a verdade é que os jogadores da nova geração padecem do mesmo mal. Embora o driblador faça parte da tradição brasileira, geralmente esse atleta costumava dominar os fundamentos básicos. Agora a coisa mudou, e o Brasil tem formado jogadores que só querem driblar e, de preferência, sem nenhuma objetividade.

Por mais estranho que pareça, nos últimos anos o Brasil tem revelado defensores de ótimo nível e jogadores de frente muito abaixo da nossa tradição. O fato de, nas últimas cinco edições da Copa do Mundo, a seleção ter sido eliminada quatro vezes nas quartas de final não é um acaso. É o resultado direto do nosso péssimo planejamento na formação de jogadores.

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