No ano que vem, até R$ 34,6 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) deverão ser aportados em atividades urbanas e rurais na região.
A programação financeira foi apresentada nesta segunda-feira (26), em evento virtual realizado pelo Banco do Nordeste (BNB), com participação do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que administram os recursos do fundo.
A proposta é a maior previsão anual de recursos do FNE até o momento e representa um crescimento de 9,4% em relação a 2022. Os recursos possibilitam o financiamento de projetos para abertura do próprio negócio, investimentos para expansão das atividades, aquisição de estoque e até para custeio de gastos gerais relacionados à administração, como aluguel, folha de pagamento e despesas com água, energia e telefone.
Embora as operações de crédito sejam voltadas, prioritariamente, a atividades de pequeno e médio porte, também são asseguradas condições atrativas de financiamento a grandes investidores. Os recursos atendem todos os estados do Nordeste, além das porções norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.
A previsão de aplicação dos recursos apresentados seguirá a seguinte proporção: 23,9% para a Bahia, 15,1% para o Ceará, 13,7% para Pernambuco, 10,3% para o Maranhão, 8,4% para o Piauí, 5,7% para Minas Gerais, 6,1% para o Rio Grande do Norte, 5,3% para a Paraíba, 5% para Alagoas, 5% para Sergipe e 1,5% para o Espírito Santo.
Do total de R$ 34,6 bilhões do FNE, mais de R$ 12 bilhões serão destinados ao setor rural. Em seguida, aparece o setor de infraestrutura, com a proposta de R$ 10,4 bilhões, além das áreas de comércio e serviços (mais de R$ 7 bilhões), industrial (R$ 2,9 bilhões) e de turismo (R$ 718 milhões).
“O fundo é o principal instrumento financeiro para reduzir as disparidades regionais do Nordeste com o resto do País”, destacou o secretário de Fomento e Parceria com o Setor Privado do MDR, Fernando Diniz. “O FNE demonstra que o Nordeste tem tido uma retomada econômica importante desde a pandemia da covid-19”, completou.
Além do secretário, também participaram da reunião o diretor de planejamento do BNB, Bruno Pena; o superintendente da Sudene, General Araújo lima; e o diretor da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Paulo de Oliveira Costa.