Filme sobre psiquiatra alagoana é destaque em festival na Suécia

11 fev 2016 - 07:49


O filme "Nise - O Coração da Loucura" emocionou o público no Festival de Gotembugo ( Foto: Divulgação)

O filme “Nise – O Coração da Loucura” emocionou o público no Festival de Gotembugo ( Foto: Divulgação)

Um dos oito filmes brasileiros apresentados no Festival de Cinema de Gotemburgo, na Suécia, “Nise – O Coração da Loucura”, do diretor Roberto Berliner, conta a história da psiquiatra alagoana Nise da Silveira (1905-1999), que revolucionou o tratamento de pacientes esquizofrênicos no Hospital Engenho de Dentro, na periferia do Rio, nos anos 1940.

“Eu senti que eu tinha que fazer esse filme, um projeto que começou há 13 anos, pela importância do trabalho dessa mulher, que ainda é pouco conhecido no Brasil”, contou o diretor à RFI Brasil, após uma das projeções no festival sueco, que terminou na segunda-feira (8).

O filme, que estreia no Brasil no dia 21 de abril e que abrirá o Festival de Cinema Brasileiro de Paris no mesmo mês, já ganhou vários prêmios, como os de melhor filme e melhor atriz (Gloria Pires) no último Festival de Cinema de Tóquio e o prêmio do público no Festival do Rio. No Festival de Gotemburgo, a obra seduziu e emocionou o público sueco, o que pôde ser visto nos debates com o diretor após as projeções.

“A recepção ao filme foi muito calorosa aqui. Nise fala do inconsciente, de nós, seres humanos, de arte, de amor, de afeto, de loucura. Tudo isso que nós temos o tempo inteiro. Eu acho que não existe nada mais importante no mundo do que a gente tentar entender a mente humana”, afirma Berliner.

Para o cineasta, que também escreveu o roteiro do filme, “Nise olhava para as pessoas para as quais os outros psiquiatras não queriam olhar”. “Ela falava que os psiquiatras olhavam para os livros, e ela olhava para os pacientes, que, na verdade, ela chamava de clientes.” 

“Eu me senti responsável por tentar traduzir um pouco desse universo tão grande que ela estudou, para ver se despertava o interesse das pessoas, para que as pessoas pudessem estudar um pouco mais sobre ela. Eu cuidei desse filme quase tanto quanto eu cuidei do meu filho, que tinha apenas 1 anos quando iniciei o projeto”, completou.

Veja a matéria completa no site Rádio França Internacional

Notícias Relacionadas:

Comentários