Religioso ressalta que a vida deve ser celebrada durante a quaresma. Tradição de trocar ovos na Páscoa se perdeu com o passar dos anos.
A Páscoa deveria ser uma data para celebrar a ressurreição de Cristo e renovar a fé em Deus, mas, com o passar dos anos, acabou se tornando uma festa comercial. Algumas tradições se perderam no simples ato de comer ovos de chocolate ou de não comer carne vermelha, mas a maioria das pessoas o faz sem saber exatamente por quê.
Para o padre Celso, pároco da Catedral Metropolitana de Maceió, a Páscoa, comemorada neste domingo (31), é a maior festa da religião católica e não pode se tornar um grande comércio. “Neste dia temos a certeza de que Jesus Cristo morreu na cruz para nos salvar. Se Ele não tivesse ressuscitado não existiria a fé, seria apenas um morto como Tiradentes que tanto lutou pela liberdade. É isso que deve ser celebrado”.
De acordo com alguns historiadores, a tradição de trocar ovos começou com o povo judeu, que o fazia com ovos de galinha para celebrar a chegada da nova estação e a vida. Mas como muitas pessoas fazem jejum de carne durante a quaresma e há ainda quem não coma nenhum derivado de carne, os ovos acabaram sendo substituídos por ovos de chocolate, mas apenas para não se perder a representatividade sobre a fecundação e a vida.
Apesar do recorte comercial que o passar dos anos imprimiu à data, a Semana Santa ainda reúne católicos em todo o mundo para celebrar a morte e ressurreição de Jesus Cristo na Terra. É um momento de reflexão. A advogada Danielle Monteiro busca renovar a fé todos os anos. “Quando vou para a missa de Páscoa, analiso bem as palavras divinas sobre a passagem de Jesus. Com isso, faço uma introspecção e renovo a minha fé em Deus”.
De acordo com o padre Celso, o momento é de aproveitar as bênçãos divinas e fazer o bem. “Hoje é dia de deixar para trás os pecados que nós cometemos e tomar o caminho certo. O caminho do senhor”, diz.
O estudante Abidias Martins, sempre celebra com sua família a Semana Santa. “O clima é próprio para a prática do perdão, da reconciliação. É um tempo de aproximação com a família. Nesta época, a igreja convida os fiéis para a conversão, para olharem para dentro de si e descobrirem o que precisa mudar.
“Deixo meu recado não só para os cristãos, mas para todos. “O amor fraterno é capaz de vencer a violência e até mesmo a guerra das nações. ‘Amai-vos uns aos outros como eu vos amei’, disse Jesus”, ressalta padre Celso.
Do G1 Alagoas