A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) promoveu na terça (6), o primeiro Seminário de avaliação do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional (PDCTR). O edital aporta investimentos a jovens doutores com o objetivo de fixar estudiosos localmente, tanto na área metropolitana quanto no interior do estado.
As apresentações, que ocorreram na sede da Universidade Tiradentes (Unit/AL), foram estruturadas em três painéis que dividiam os estudos em áreas distintas: Humanidades, Ciências da Vida e Ciências Exatas e Tecnológicas.
O seminário contou com as falas de abertura do diretor-presidente e do diretor executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapeal, Fábio Guedes e João Vicente Lima, respectivamente. Ambos frisaram a importância deste edital que conduziu R$350 mil reais ao apoio de pesquisas em alto nível, por todo o estado.
Publicada em março deste ano, a chamada já sinaliza frutos e a Fapeal levou avaliadores especialistas de cada painel apresentado, a fim de verificar a execução das propostas. “Há 10 anos, eu estive neste programa como pós-doutor realizando o meu projeto e, hoje, o retomo como avaliador, ou seja, o programa teve a sua essencialidade na minha fixação como professor e pesquisador cumprida”, citou o avaliador, Jessé Pavão, que atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Análises de Sistemas Ambientais (PPGASA) do Cesmac
Ele frisou a importância do programa em sua trajetória, que o apoiou e, agora, ele também contribui para que outros pós-doutorandos se tornem pesquisadores eficazes. Esta também foi a experiência compartilhada por uma das contempladas no Programa, Flávia Damasceno.
“Eu sou doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP), mas a minha graduação foi feita aqui em Alagoas. E como eu fui bolsista Pibic isso abriu as portas para que eu entrasse na pesquisa e quisesse trabalhar na área. Agora, depois de 11 anos fora de Alagoas, na minha pós-graduação, eu tive a oportunidade de voltar nesse edital PDCTR”, afirmou a bióloga.
Flávia Damasceno trabalha um problema de saúde pública presente em diversas regiões de Alagoas, a esquistossomose. Mais da metade da população alagoana faz parte da área endêmica da patologia, e o projeto visa avançar nos métodos de diagnóstico e padronizar um teste imunológico para a identificação da doença.
As apresentações do Seminário demonstraram amplas análises como: A trajetória do inquérito parlamentar; estudo da eletro e fotoeletrooxidação de do agrotóxico glifosato; processo de acidificação costeira; sondas colorimétricas e fluorescentes para aplicações forenses, dentre outras pesquisas.
Os estudos continuarão a ser desenvolvidos pelo período de até 36 meses. A expectativa é que ao final desta vigência, resultados efetivos e consistentes sejam apresentados para Alagoas, além da contribuição de fixar pesquisadores tecnicamente amadurecidos em solo alagoano.