A Comissão Especial, instituída para apurar a explosão na sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), envia nesta segunda-feira (21) para o Ministério Público Estadual (MPE) o inquérito que investiga o caso.
No relatório preliminar, a comissão – formada pelos delegados Carlos Reis (Diretor do Departamento de Polícia Judiciária Metropolitana – DPJM), Robervaldo Davino (diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Área 1 – DPJA-1) e Medson Maia (diretor do Departamento de Estatística e Informática – Deinfo), pede prorrogação de prazo para a conclusão das investigações.
A prorrogação, de acordo com a comissão, faz-se necessária, inclusive, porque a conclusão das investigações depende do recebimento do laudo pericial sobre as causas da explosão que causou a morte da policial civil Maria Amélia Dantas e feriu outros três policiais.
Os delegados também aguardam a liberação dos exames cadavéricos e de corpo de delito feitos nas vítimas, já pedidos por meio de ofícios.
A pedido da comissão peritos da Polícia Federal vieram a Alagoas para colher material na sede da Deic, destruída pela explosão, para fazer os exames periciais. O material foi enviado ao Instituto Nacional de Criminalística (INC) em Brasília e somente após os exames laboratoriais o laudo definitivo será expedido.
A presença dos peritos federais foi necessária, explicam os delegados, tendo em vista que o órgão estadual de perícias não dispõe de pessoal (peritos explosivistas) especializado em casos dessa natureza.
O inquérito que investiga a explosão já chega a três volumes e consta de inúmeros depoimentos de policiais, moradores das cercanias da Deic e pessoas que presenciaram a explosão. Vídeos gravados por moradores também foram anexados à peça investigatória.
Com a prorrogação de prazo, mais pessoas deverão ser ouvidas pela comissão especial de inquérito.
Os integrantes da comissão já solicitaram também o disciplinamento das apreensões e guarda de explosivos por parte da Polícia Civil.
Uma comissão do Exército Brasileiro, inclusive, solicitada pelos delegados que investigam o fato, vem acompanhando o caso e orientando quanto a esse disciplinamento que deve vigorar a partir de uma Resolução a ser elaborada pela Secretaria de Estado da Defesa Social ou mesmo da própria direção da Polícia Civil.
Ascom/PC