Com direito às honras da Maçonaria e salva de tiros por militares do 7º BPM, comerciante sertanejo foi sepultado na tarde desta quinta-feira.
Ao final dos últimos raios do sol desta quinta-feira (23), foi sepultado um dos mais ilustres cidadãos santanenses, Alberto Nepomuceno Agra. Seus conterrâneos, amigos e familiares acompanharam cortejo fúnebre, que começou por volta das 16h até o Cemitério do Barroso em Santana do Ipanema.
De acordo com um dos seus filhos, ser enterrado neste local, foi um dos pedidos do comerciante, deixando assim uma tradição, que era de se juntar aos restos mortais dos seus outros familiares, enterrados no cemitério Santa Sofia.
Ex-combatente do Exército, durante a Segunda Guerra Mundial, Alberto Agra, que durantes alguns anos lecionou no antigo Ginásio Santana, hoje, escola Cenecista Santana, faleceu aos 89 anos na madrugada desta quarta-feira num hospital do Recife, onde se encontrava internado há meses.
O também comerciante, no ramo de farmácia, era membro da Loja Maçônica Amor à Verdade de Santana do Ipanema, motivo pelo qual foi homenageado no momento de despedida onde o seu corpo estava sendo velado.

Alberto Agra foi homenageado por uma Guarda Fúnebre de militares do 7º BPM. Salva de tiros foi realizada para o ex-combatente de guerra. Fotos: Lucas Malta / Alagoas na Net)
Em entrevista ao Alagoas na Net, o membro efetivo do Supremo Conselho do Brasil da Maçonaria, representante da organização no Norte e Nordeste, Porfírio Rodrigues Câmara, falou um pouco da importância do ex-companheiro. “Um maçon da estirpe do Alberto são como verdadeiras colunas. Ele, maçonicamente falando, é como viga mestre e assim serviu aqui para Santana do Ipanema. Ele merece todo o nosso respeito não só como maçon, mas como pessoa e cidadão”, disse o companheiro.
O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, José Carlos Malta Marques, também foi uma das autoridades registradas durante o velório e enterro de Alberto Agra. O desembargador também fez questão de ressaltar o legado deixado pelo conterrâneo.
“Alberto constituiu-se uma fábrica de lições. Constantemente ele nos dava lições de vida, de lealdade, educação, disciplina, decência, de saber. Toda Santana recebia bem essas lições dele. Eu reputo a morte de Alberto, como uma perda de um valor incomensurável para Santana do Ipanema”, relatou o Malta Marques.
Prestigiado também autoridades políticas de todo o Estado, no momento em que estava sendo sepultado, o professor Alberto Agra foi homenageado por uma Guarda Fúnebre feitas por Policiais Militares do 7º BPM. Uma salva de tiros foi realizada como última homenagem ao ex-combatente da Segunda Guerra Mundial.
Da Redação