Estudo mostra como as drogas agem no cérebro

07 abr 2015 - 18:00


Foto: Kiyoshi Takahase Segundo/Getty Images/iStockphot

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O uso de álcool, cocaína, cogumelos alucinógenos e maconha provocam mudanças significativas no cérebro. A constatação é de um estudo do site americano Business Insider que listou o efeito dessas drogas por meio de ressonâncias magnéticas em seres humanos.

O estudo revelou que a cocaína chega ao cérebro em questão de segundos e causa intenso sentimento de euforia, independente da forma de uso. A explicação seria o efeito da dopamina, uma substância psicoativa da droga.

A droga age diretamente nas células cerebrais localizadas no córtex pré-frontal. A região é responsável pelas tomadas de decisões e inibição. O cérebro é afetado nos centros de memória que, em estado normal, auxiliam na lembrança de onde a fonte de prazer veio. Essa seria a explicação da capacidade elevada de vício da droga.

Álcool

Os dependentes de álcool, como de conhecimento, ficam mais lentos e perdem momentaneamente parte do senso motor e até mesmo da memória. Beber pode causar várias alterações no sistema nervoso.

No estudo, também foi percebido que pessoas que bebem até cair e as que bebem regularmente, mas sem exageros, usam áreas diferentes do cérebro para executar a mesma função. A explicação é que quando as regiões do cérebro responsáveis por realizar uma tarefa não respondem direito, novas áreas são recrutadas para “assumir” essa carga de trabalho.

Cogumelos alucinógenos

A utilização de cogumelos alucinógenos pode iniciar novas conexões entre áreas do cérebro que originalmente não se comunicam, mudando a atividade cerebral tradicional. São essas novas conexões que causam o efeito alucinógeno. O usuário passa a ter alucinações, ouvir vozes e ver cores inexistentes. Essas alterações também tem caráter relaxante, por isso vicia. O psicoativo responsável por essa alteração é a psilocibina, presente nos cogumelos.

Maconha

O estudo também realizou ressonância magnética no cérebro de usuários de maconha que utilizam a droga durante anos, com incidência de pelo menos quatro vezes por semana. Foi diagnosticado mudanças no córtex orbitofrontal, uma parte crítica do cérebro responsável por processar emoções e tomar decisões.

Se comparado ao cérebro de quem nunca usou a droga, nos usuários o córtex parece menor, como se tivesse encolhido. Uma possível explicação é que o uso exagerado de maconha causa a redução dessa região.

Da CNM

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