Milagre na Capelinha
Em 1941, o rio Ipanema chegou com a maior cheia que se tem notícia em Alagoas.
Nos areais e pedregulhos do seu leito, no povoado Capelinha, município de Major Isidoro, o Panema trouxe longo choro. Uma família que habitava na margem direita, cuja residência ainda existe, foi lavar roupa no rio. As águas, porém, levaram uma criancinha de três anos de idade. A procura e o desadoro durou três dias pela região. No final dos três dias, um pastor de ovelhas ouviu um choro e encontrou a criança na crista de uma pedra, defronte a casa dos pais, porém na margem oposta. Imaginemos a alegria daquela pobre família. O garoto, chamado Antônio, não tinha um só arranhão! Indagado ele contou que uma mulher o agasalhara e o alimentara, colocando-o debaixo de uma pedra. Os pais e outras pessoas, devido ao sobrenatural acontecimento, mostraram ao garoto várias fotos e imagens de mulher para ver se ele identificava alguma. Antônio não vacilou e apontou para a imagem de Nossa Senhora de Lourdes. O povo, em agradecimento à santa, construiu uma igrejinha na pedra onde o menino fora encontrado. Ainda hoje a igrejinha é lugar de promessa, romaria e meditação.
Contam ainda que muito tempo depois, adulto e morando na região de Craíbas, Antônio viera visitar a igrejinha com outras pessoas. Chegando à porta da ermida, teria exclamado para todos: “Ela está aqui! A mulher que me salvou está aqui!”. Claro, todos correram para aquele ponto e nada viram. Entretanto, Antônio, que parecia ouvir alguém, virou-se para todos e falou o que ela lhe dissera naquele momento: “Eu o salvei não foi para você se tornar ruim do jeito que é”. A população conta que Antônio voltou para a região de Craíbas, por certo muito desgostoso, pois jogava, fumava e praticava outras coisas. Afirmam que ele ainda é vivo e deve contar com 76 anos de idade.
Confira a crônica completa no Blog do Clerisvaldo B. Chagas