Santana do Ipanema: Escola Laura Chagas atinge Ideb acima da média nacional A instituição alcançou a pontuação 5, dentre as unidades de ensino médio integral. Em âmbito nacional, o Ideb do país foi de 4,2 para essa turma.

17 set 2020 - 08:30


Escola Laura Chagas em Santana do Ipanema (Foto: Valdir Rocha / Agência Alagoas)

A Escola Estadual Laura Maria Chagas, situada em Santana do Ipanema, município do Médio Sertão de Alagoas, obteve um desempenho acima da média nacional em relação ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

A instituição alcançou a pontuação 5, dentre as unidades de ensino médio integral do seu estado. Em âmbito nacional, para  a mesma classificação da turma, o Ideb do país teve média 4,2.

A escola pública conseguiu índice ainda mais significativo no ensino fundamental integral, alcançando 5,4 pontos. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, o Ideb nacional ficou em 4,9.

Diretora-geral da Escola Estadual Laura Chagas, Maria Luiza de Oliveira comemora o resultado. “Estamos muito felizes, pois tivemos resultados excelentes tanto no médio quanto no fundamental. Isso é fruto do esforço de todos que fazem a escola”, destaca a docente.

O que é o Ideb?

Medido a cada dois anos, o Ideb é o principal indicador de qualidade da educação brasileira. Ele é calculado com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O índice final varia de 0 a 10.

Desempenho em 2019

O Brasil avançou no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em todas etapas de ensino, mas apenas nos anos iniciais do ensino fundamental, do 1º ao 5º ano, cumpriu a meta de qualidade nacional estabelecida para 2019. Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O índice registrado nos anos iniciais no país passou de 5,8, em 2017, para 5,9, em 2019, superando a meta nacional de 5,7 considerando tanto as escolas públicas quanto as particulares. Nos anos finais do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, avançou de 4,7 para 4,9. No entanto, ficou abaixo da meta fixada para a etapa, 5,2. No ensino médio, passou de 3,8 para 4,2, ficando também abaixo da meta, que era 5. 

Desigualdades

Mesmo tendo cumprido a meta de 2019 e estando muito próximo de atingir a meta nacional de 2021, até mesmo os dados dos anos iniciais do ensino fundamental mostram que o país ainda tem uma série de diferenças educacionais quanto analisados os dados regionais, estaduais e municipais.

Na Região Norte, apenas 36,4% dos municípios atingiram a meta para a rede pública, que concentra a maior parte das matrículas na etapa de ensino. O que significa que cerca de seis a cada dez municípios não atingiram a meta. Nessa região, apenas 4,9% das redes públicas municipais têm um índice 6 ou maior. Na Região Sudeste, 73,9% das redes municipais têm Ideb 6 ou mais. A maior porcentagem de redes municipais com Ideb 6 ou mais está no estado de São Paulo, 91,3%. 

O Ceará tem a maior porcentagem de municípios que atingiram a meta do Ideb 2019 para as escolas públicas municipais, de 98,9%, seguido por Alagoas, com 92,1%. Por outro lado, no Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins menos da metade dos municípios alcançou a meta esperada.

As diferenças seguem pela trajetória escolar. Nos anos finais do ensino fundamental, na rede pública, 631 municípios alcançaram ideb igual a 5,5 ou mais, maior nível considerado. Um a cada três desses municípios está no estado de São Paulo. No outro extremo, 373 municípios têm o índice até 3,4, o nível mais baixo. Desses, 28,7% são municípios da Bahia.

No ensino médio, apenas 9,3% das escolas públicas estaduais, que concentram a maior parte das matrículas na etapa, têm Ideb 5,2 ou mais, nível mais alto considerado para a etapa. Norte e Nordeste estão abaixo da média nacional com, respectivamente, 2,6% e 7,6% das escolas públicas com os maiores índices.

Da Redação com Agência Alagoas e Agência Brasil

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