Em assembleia, ocorrida na noite desta terça-feira (18) no Campus I, na cidade de Arapiraca, os professores e os servidores técnicos da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) decidiram por manter a greve, que já dura quatro meses.
Com a decisão, cerca de seis mil alunos continuam sem aula, matriculados em 15 cursos, nos seis campi. Desses, apenas têm sede própria os campi de São Miguel dos Campos, Palmeira dos Índios e Santana do Ipanema. Os campi de Maceió, Arapiraca e União dos Palmares funcionam em estruturas precárias, cedidas pelo Estado ou municípios.
Os docentes cobram a realização de concurso público, pagamento da Dedicação Exclusiva (D.E.), bem como o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS).
A categoria também reivindica a autonomia financeira da universidade, reposição salarial de 17,3%, política de assistência estudantil, aumento da verba de custeio e de investimentos.
No início do mês, durante manifestação pelas ruas de Arapiraca, o professor Wellington Chaves, do Campus Santana do Ipanema e atualmente respondendo pela pró-reitoria da universidade, falou da enorme carência de professores como um dos fatores que mais tem prejudicado os alunos e o funcionamento da escola. De acordo com o profissional, a Uneal tem 199 professores efetivos e uma carência imediata de 290, incluindo os cursos de pós-graduação. Só em União dos Palmares, segundo ele, 25 disciplinas estão sem professor.
Os grevistas garantem que não retornam às atividades até que haja um acordo com o governo estadual.
Da Redação