Renan Filho tomou medidas atípicas comparada a outros gestores alagoanos.
(Foto: Thiago Sampaio / Agência Alagoas)
Aos meus queridos internautas, começo agradecendo pela ótima receptividade e opiniões do primeiro “Editorial de Domingo”, intitulado Em Santana, de grão em grão vão cozinhando os peões, lançado na semana passada. Este resultado só motiva este veículo de comunicação e seu editor, mostrando o quanto é salutar manter conteúdos de qualidade reflexiva e que busquem trazer o debate de assuntos importantes para a grande rede.
Dito isto, vamos ao assunto de hoje, que, apesar de político, sobe um degrau no nível de administração, avaliando o primeiro mês de gestão do Governador Renan Filho. Posso confessar que a princípio, outro tema teria entrado em pauta para este Editorial, porém navegando entre as notícias da ultima sexta-feira (30), me deparei com uma reportagem do site Agência Alagoas (portal oficial dos atos do Estado), que me fez parar um pouco e pensar sobre o verdadeiro papel de um gestor e o papel de nós cidadãos.
Nos ditados populares, é comum se bradar: “no começo tudo são flores” e que “a propaganda é mais bonita na teoria do que na prática”, mas não posso deixar de tirar o chapéu para algumas das atitudes do gestor estadual, que desde o seu primeiro dia de mandato tem tomado medidas que soam como óbvias, mas que com a famigerada governabilidade, tem sido pouco efetivada. Cito duas delas: a quase extinção do Gabinete Militar (ou podemos chamar de Descanso Militar) e o anúncio da escolha por meritocracia nas Coordenadorias Regionais de Educação. Ambas as atitudes, na prática, representam abdicar de cargos puramente escolhidos por aliados ou por dar benefícios em troca de favores políticos.
Mas a medida que mais me fez tomar a decisão de publicar esse texto foi a reportagem que citei anteriormente, que noticiava uma reunião entre o governador e seu secretariado, fazendo um balanço do primeiro mês de administração. A foto e as informações contidas ali me fizeram sentir satisfeito em receber de um político, mesmo que de maneira inicial, tantas e tantas respostas que os cidadãos (digo cidadão de verdade) buscam de toda classe política, que é eficiência e transparência com os nossos tão suados recursos.
Para traduzir isso faço um recorte aqui da matéria, na qual a repórter dedica uma fala do governador Renan Filho: “Neste modelo, diferente da gestão puramente, a sociedade está incluída e posicionada acima do chefe do Executivo e de secretários. A prestação de contas, os resultados, devem ser dirigidos à população”.
O mais cético dos eleitores poderia me questionar e dizer simplesmente: “Isso aí são apenas palavras bonitas… espera pra ver depois, eles são todos iguais”. Com o ímpeto veloz que me é peculiar, eu não pensaria duas vezes e responderia com outro questionamento: “Se você tá reclamando, porque não bota a cara e tenta você?”, ou melhor: “Para de reclamar de todos os políticos e tira essa sua bunda da poltrona pra fazer algo que realmente importa”.
E é parafraseando nosso governador que convido aqueles políticos pequenos que ainda não aprenderam o bê-á-bá da verdadeira gestão para o povo. Que tenhamos mais modelos de gestão diferente, onde a sociedade está incluída e acima do Chefe do Executivo.
Por Lucas Malta / Editor