Editorial de Domingo: Em Santana, de grão em grão vão cozinhando os peões

25 jan 2015 - 02:13


Foto: Alagoas na Net / Arquivo

Foto: Alagoas na Net / Arquivo

É lastimável como o atual representante do Poder Executivo em Santana do Ipanema tem lidado com questão dos pagamentos dos seus servidores contratados e concursados. Se não fosse suficiente o atraso de pelo menos dois meses referente ao ano anterior, o prefeito Mário Silva e sua equipe pouco tem se comunicado ou manifestado o desejo em dialogar e dar assistência aos trabalhadores.

Somente nesta semana que findou, a redação do site Alagoas na Net recebeu inúmeros pedidos de alguns destes servidores, para que nossa redação buscasse respostas. Em um destes dias, tentamos manter contato por telefone com o então secretário de finanças, Cláudio Domingos, entretanto, apesar da insistência, nossas ligações foram ignoradas.

É duro dizer isto mas, o que se demonstra é que os trabalhadores municipais estão sendo tratados iguais a peões de um tabuleiro de xadrez. Enquanto o Rei desfruta de uma bela e confortável posição, essas “peças” acabam por serem usadas e sacrificadas no campo de batalha. Para aqueles que não conhecem tal jogo, vale salientar que os peões são componentes que servem de iscas e defesa, abrindo caminho para o chamado Xeque-Mate.

Francamente, é de se surpreender (mas nem tanto), que um gestor que foi colocado com uma maioria expressiva de votos e que tinha levado um lema de um governo popular tenha perdido tanto a sintonia com o povo. A falta de sensibilidade com aqueles que apostaram suas fichas só mostra como é verdadeira a frase do dramaturgo grego, Sófocles, que já dizia: “o poder revela o homem”.

Ironicamente, este mesmo pensador europeu parece que já desconfiava do sentimento que abateria aqueles atingidos por essas ações. Isso porque Sófocles também falou: “há algo de ameaçador num silêncio muito prolongado”.

Por fim, mas ainda parafraseando o autor, só podemos deixar um recado ao nosso representante deste poder: “Não procures esconder nada; o tempo vê, escuta e revela tudo”.

Por Lucas Malta / Editor

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