É necessário barrar o avanço do fascismo no Brasil e no mundo

14 out 2014 - 18:30


Foto: Ilustração / Vieiros.com

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A ausência de solução para a atual crise do capitalismo aponta a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial. O objetivo das potências imperialistas é de conquistar novos mercados, colonizar povos e partilhar todo o globo, descarregando sobre os trabalhadores o peso da crise econômica.

O caráter de classe do fascismo é caracterizado como o ajuste terrorista do capital financeiro contra a classe operária. Resultado do temor das lutas operárias, o setor mais reacionário da burguesia rompe com a democracia burguesa e o parlamentarismo e instaura o poder por meio do terror, do exercício da bestialidade contra os povos.

É o caso da Ditadura Militar, que vivemos no Brasil de 1964 a 1985. Um governo totalitário a serviço do domínio econômico dos Estados Unidos.

Porém o fascismo se manifesta em diversas expressões. Nem sempre é instalado a partir de uma ruptura imediata com a democracia burguesa; em muitos casos, há uma combinação de aparente legalidade com a instauração do terror.

O PSDB e seus aliados, representam o fascismo no Brasil. Aplicam a mesma cartilha desenvolvida pela trajetória asquerosa da reação na Europa e desejam novamente submeter o povo brasileiro aos ditamos do imperialismo estadunidense. 

Essa aparência democrática do fascismo, pode ser endossada até mesmo pelos chefes da socialdemocracia, que, muitas vezes, negam-se a combater as medidas mais reacionárias apresentadas no Parlamento, ocultando, assim, o verdadeiro caráter de classe do fascismo.

É o caso do PT, que em nome da governabilidade, fez alianças com setores atrasados e abriu mão de seus princípios e de um programa de superação da ordem capitalista. 

O fascismo surge e conquista influência sobre as massas, destacando o apelo demagógico sobre as necessidades mais candentes dos trabalhadores, bem como pela incitação aos antigos preconceitos alimentados pela ideologia burguesa sobre o proletariado.

Aqui no Brasil acompanhamos o avanço eleitoral dos individuos e partidos que defendem uma pauta contra os direitos humanos, contra os direitos dos trabalhadores. Uma pauta preconceituosa, xenófoba e racista.

O fascismo é demagógico, está a serviço do imperialismo e consegue unificar os setores mais reacionários da burguesia para instaurar a corrupção, chamando a atenção pela violência cínica do seu discurso em defesa de um governo honrado e contra a corrupção. Promete às massas melhores condições de vida, mas proporciona, na realidade, o aumento da sua exploração, empurrando a classe trabalhadora para a sarjeta.

Para derrotar o fascismo é necessário desenvolver uma política classista que unifique os trabalhadores para desmascarar e deter os ataques burgueses em todos os sentidos. Neste sentido, a nossa tarefa é derrotar o nosso adversário principal nesta eleição, que é o tucano Aécio Neves.

Mas para derrotar definitivamente a ameaça fascista que ronda o Brasil e o mundo é preciso conquistar corações e mentes da classe trabalhadora, organizar suas lutas e desenvolver um profundo trabalho de base em torno de um programa revolucionário e socialista.

É possível derrotar o fascismo e conseguiremos! 

Magno Francisco da Silva* 

*É filósofo e professor da UFAL

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