O prefeito de Santana do Ipanema, o professor Mário Silva, em sua primeira gestão A frente do Executivo municipal está cada dia conhecendo os desafios e dificuldades do município sertanejo, um dos mais importantes da região. Amargamente, o gestor teve a surpresa de saber que sua antecessora, a médica Renilde Bulhões, acabou deixando algumas dívidas, as quais, de imediato já causaram prejuízos ao município.
O prefeito, em praticamente metade do primeiro mês de governo, já foi surpreendido por um desconto de quase meio milhão (valor exato R$ 453 mil), oriundos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). O responsável por esta retenção de valores foi o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Em reunião, na última quinta-feira (10), com seus secretários de administração e finanças, o prefeito procurou averiguar o motivo da dívida e após constatações informou que o débito é referente a arrecadação de dezembro dos servidores municipais.
Os secretários do atual gestor estiveram em contato com a parte jurídica e contábil da prefeitura e acabaram realizando, na noite desta segunda-feira (14), uma reunião com membros do INSS para tratar da dívida.
“Ficamos sabendo através do INSS que esse debito foi referente a arrecadação do mês de dezembro e para nossa surpresa já fomos informados que no próximo mês terá outro desconto, que refere-se ao 13º salário de 2012. Os dois deveriam ser pagos pela ex-gestora”, relatou Mário Silva.
Segundo o prefeito de Santana do Ipanema, o que foi repassado pelo INSS é de que, antes de deixar o governo, a ex-prefeita Renilde Bulhões teria procurado o Instituto de Seguridade a fim de fazer um acordo, alegando que não poderia cumprir com a despesas em 2012, pois já estaria difícil fechar as contas.
“Ainda temos esperança de que o INSS entenda nossa situação, como inicio de governo, e parcele este débito pelo menos ao longo deste ano, para que assim possamos equilibrar a dívida com as despesas normais”, disse Silva.
Os professores
Outro problema que está sendo enfrentado pelo professor Mário Silva é sobre o pagamento do salário dos professores. É que a ex-prefeita Renilde Bulhões acabou guardando para o último dia de seu governo, no dia 31 de dezembro, o anuncio que deixaria parte do pagamento empenhado, pois não tinha o restante, e que o novo gestor poderia concluí-lo com recursos complementares.
Mas, de acordo com o novo gestor, o problema é que, a matemática passada pela ex-gestora acabou se divergindo do que na realidade aconteceu, pois os valores complementares não foram suficiente nem para concluir a metade dos rendimento dos docentes.
“O dinheiro que Renilde falou, quando se deduziu impostos e encargos, não completou nem metade do salário. Assim deveremos pagar com o que temos, e pelo que levantamentos do setor financeiro vai ser cerca de 47% para cada professor”, informou.
Questionado sobre uma possível complementação da folha dos professores com outros recursos municipais, como o FPM, o prefeito foi enfático: “É impossível, pois quando nos deparamos com tamanhas dívidas fica difícil até de ratear o dinheiro para as despesas deste mês. Só para se ter uma ideia, temos além das despesa habituais de janeiro, alguns convênios que deverão ser iniciados os pagamentos este mês”, finalizou o prefeito de Santana do Ipanema.
Da Redação