Dieta do mediterrâneo diminui sintomas da TPM e menopausa, afirma nutricionista

08 mar 2015 - 13:28


Redução do consumo de sal, açúcar, cafeína, produtos lácteos e álcool pode ajudar a diminuir a retenção de líquidos, irritabilidade e cólicas afirma a nutricionista Emília Wanderley.

Dieta regrada ajuda na diminuição dos efeitos da menstruação. (Foto: Carla Cleto)

Dieta regrada ajuda na diminuição dos efeitos da menstruação. (Foto: Carla Cleto)

Hábitos alimentares mais saudáveis não só aumentam a expectativa de vida, mas também são capazes de minimizar sintomas da tensão pré-menstrual e da menopausa nas mulheres. É o caso da conhecida dieta mediterrânea. De acordo com a nutricionista, Emília Wanderley, este esquema é baseado no consumo regular e elevado de frutas frescas, vegetais, grãos, sementes, nozes, peixes e gorduras poli-insaturadas, encontradas especialmente no azeite de oliva.

“As frutas e verduras devem ser, de preferência, os produtos de estação. Além disso, eles são consumidos diariamente em cada refeição. Alimentos processados são evitados, devido o sódio em excesso e as gorduras saturadas”, explicou a nutricionista, ao recomendar o baixo consumo de carne, ovos, laticínios, doces e alimentos industrializados.

Segundo ela, o azeite de oliva é a principal fonte de gordura da dieta Mediterrânea. O álcool é consumido com moderação com as refeições, sendo o vinho a fonte de escolha. A dieta mediterrânea inclui o exercício físico regular, como parte essencial do processo.

“Por ser rica em antioxidantes, a dieta protege o material genético das células, auxiliando, também, na prevenção de doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, doença de Alzheimer, câncer, doenças renais ou até mesmo a doença de Parkinson”, ressaltou.

A nutricionista relatou que de 75% a 80% das mulheres em idade reprodutiva apresentam sintomas durante o período pré-menstrual, desde alterações de humor, cefaléia, dores nas mamas, pernas, abdômen e costas e até depressão, podendo alterar o cotidiano. Ela alertou que, em alguns casos, podem ser necessárias medidas farmacológicas ou outras possibilidades de tratamento, como suplementação dietética.

“Diversos estudos avaliam a eficácia de alguns suplementos nutricionais sobre os sintomas da TPM, como as vitaminas B6 e E, cálcio, manganês, magnésio, e ácidos graxos de cadeia longa. A vitamina B6 atua na formação de serotonina, por isso poderia exercer efeitos benéficos, principalmente em relação às alterações de humor e depressão”, contou.

Tratamentos não Farmacológicos – Os principais tratamentos não farmacológicos incluem educação do paciente, terapias alternativas e mudanças comportamentais, como descanso adequado, prática regular de atividades físicas e mudanças dietéticas. Emília Wanderley lembrou que, durante a TPM e, também na menopausa ocorre um aumento do consumo energético, relacionando isto às alterações de humor.

Os alimentos relatados como mais consumidos são cereais, bolos, sobremesas e alimentos ricos em açúcares simples. Ela orientou a priorizar o consumo de carboidratos integrais e, em substituição às guloseimas, recomenda-se o uso de frutas desidratadas e de sucos naturais no lugar dos refrigerantes.

“O aumento da síntese de serotonina melhora os sintomas como irritabilidade, depressão, tensão, ansiedade, entre outros. Logo, o desejo por alimentos específicos como chocolate ou doces em geral, seria uma forma inconsciente de melhorar seu estado, resgatando o equilíbrio como uma forma de alívio”.

A redução do consumo de sal, açúcar, cafeína, produtos lácteos e álcool podem ajudar a diminuir a retenção de líquidos, irritabilidade e cólicas. “O consumo excessivo de sódio está relacionado com edemas. O elevado consumo de cafeína com irritabilidade em algumas mulheres. Por isto, recomendamos também reduzir o consumo de chocolate e carnes vermelhas e aumentar o consumo de líquidos com o objetivo de reduzir sintomas como irritabilidade, insônia, retenção de fluidos, mastalgia, edema ou ganho ponderal”, acrescentou.

Origem da dieta – O termo dieta mediterrânea vem de observações dos hábitos alimentares de determinados povos baseados no Mediterrâneo, como a Grécia ou a Itália. Após a Segunda Guerra Mundial, os pesquisadores observaram uma expectativa de vida maior e hábitos mais saudáveis em algumas regiões do Mediterrâneo, particularmente em Creta (Grécia). A dieta também é conhecida em algumas regiões como “dieta de Creta”.

Por Neide Brandão e Carla Cleto / Agência Alagoas

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