VAMOS A PARICONHA

Igreja em Pariconha (Foto: Rádio Jornal Web)

Caso você deseje fazer um “tour” pela região serrana do Sertão alagoano, não esqueça Pariconha. O município fica distante da capital, sim. A cidade é a mais longínqua de Maceió, dentro dos seus 354 km, rumo ao extremo oeste. O município faz fronteira com Pernambuco diante do rio periódico Moxotó.

Pariconha foi emancipada de Água Branca, em 7 de abril de 1992, sendo seus cidadãos conhecidos como pariconhenses. O município começou a ser habitado no início do século XIX com fazenda de gado miúdo. O nome Pariconha tem origem num pé de ouricuzeiro que havia onde hoje é a sede. Seus frutos eram formados de duas partes chamadas “conhas”. Dizia-se: um par de conhas. Com o tempo veio à junção Pariconha.

Seu território pertence à Microrregião Serrana do Sertão Alagoano e tem como padroeiro o Sagrado Coração de Jesus, cujos festejos acontecem no mês de novembro. Ali chegou logo cedo um grupo de índios jeripancós – originários de Tacaratu, Pernambuco – e habitou a serra do Ouricuri, próxima da cidade.

Pariconha é um pequeno núcleo que se moderniza com seus 10.684 habitantes, numa altitude de 401 metros e um território de 260.858 k2.  Suas imediações são Delmiro Gouveia, Água Branca e Mata Grande.

Para quem gosta de narrações sobre cangaceiros, a região oferece boas histórias, pois, ainda como povoado, Pariconha sofreu duas ou três invasões por Virgolino Ferreira e asseclas, antes mesmo de se tornar conhecido como Lampião. (Lampião em Alagoas, do mesmo autor). Ali também atuou o pequeno bando dos Porcino, o qual Virgolino se enturmou quando seus pais vieram de Pernambuco para morar em Alagoas.

Rodar pelo Alto Sertão do estado, vai ficando cada vez mais fácil devido o asfalto por todos os lugares. A região serrana, além do clima diferenciado, oferece belas paisagens entre serras e vales verdejantes onde a vista se espraia. Saindo de Maceió a Pariconha a viagem pode ser através de Arapiraca, Batalha, Delmiro Gouveia ou através da BR-316, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, entroncamento do povoado Carié.

Muitas novidades podem surpreender o homem da cidade grande, nessas turnês pelos sertões de B. Chagas. Vamos experimentar chegando à cidade do par de conhas.

Clerisvaldo B. Chagas, 21 de fevereiro de 2018

Crônica 1847 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Silvano Gabriel apresenta “Mulata Difícil e suas histórias de Carnaval”

Novo espetáculo de Silvano Gabriel traz a Mulata Difícil (Foto: Divulgação / Cia Alumiar)

O Carnaval terminou, mas deixou para trás um monte de boas histórias. E é para contar alguns causos que o ator Silvano Gabriel apresenta nesta semana mais um dos seus espetáculos.

Com o nome “Mulata Dificil e suas histórias de Carnaval”, o poeta apresenta nesta sexta-feira (23) mais um dos seus trabalhos em sua terra natal, Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas.

O artista vai contar todas as aventuras da Mulata, que decidiu ir passar o Carnaval em Olinda, berço do frevo. A apresentação de Silvano acontecerá no Restaurante João do Lixo, situado na Rua Delmiro Gouveia, no bairro Camoxinga.

A atração tem o apoio da Companhia de Teatro Alumiar. O evento também contará com o pagode de mesa do cantor Girleno Lima, que anima a noite antes da apresentação cultural. A entrada custa R$ 30,00 com direito a mesa e quatro lugares.

Os ingressos podem ser adquiridos no local do evento ou através do próprio Silvano Gabriel pelo telefone: (82) 99984-8019.

SERVIÇO

Espetáculo “Mulata Dificil e suas histórias de Carnaval”

Dia: 23/02/2018

Horário: 20h

Entrada: R$ 30,00 (mesa com quatro lugares)

Por Assessoria / CIA Alumiar

TCE alerta prefeitos sobre manobras contábeis que podem rejeitar contas

TCE emitiu comunicado aos gestores (Foto: Lucas Malta / Alagoas na Net)

O Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE-AL) informou nesta segunda-feira (19) que vai oficializar todos os atuais prefeitos sobre algumas manobras contábeis, que podem resultar na desaprovação de contas da gestão.

Um dos pontos frisados pela Corte de Contas foi de que os municípios, a partir deste ano, não mais realizem remanejamento, transposição e transferência de recursos sob a vestimenta de suplementação.

“Esse tipo de erro tem sido reincidente nos relatórios encaminhados ao TCE-AL, e tem causado problemas aos municípios, resultando na recomendação de rejeição da prestação de contas”, esclarece a nota.

Atos diferentes

O contador Henrique Bastos, sócio de uma empresa que presta serviço ao poder público, explicou ao site Alagoas na Net que o remanejamento geralmente é utilizado quando da inatividade (extinção) de algum órgão ou ação. A suplementação, diferentemente, é um crédito adicional, autorizado ou não pela LOA, mas que depende do Legislativo.

“No remanejamento eu aloco um recurso de um órgão para outro, numa reforma administrativa, por exemplo. Já na suplementação há um pedido crédito adicional. Por exemplo: se eu precisar gastar em insumos para escritório R$ 100 mil, mas só esta orçado R$ 50 mil, terei que pedir à Câmara”, ilustra ele.

O profissional acredita que a Corte de Contas está tentando agora orientar, para não punir de imediato as prefeituras que usam indevidamente os atos. “Vejo que o TCE percebeu que algumas gestões possam estar fazendo isso para se livrar de ir à Câmara, por isso emitiu o comunicado”, relata.

Exemplo em Senador

Para exemplificar esses atos, o TCE disse que há poucos dias a prestação de contas do município de Senador Rui Palmeira, referente ao exercício de 2008, foi reprovada, por unanimidade, pelo Pleno do TCE.

“O relatório do conselheiro Rodrigo Siqueira apontou existência de dispositivos estranhos à previsão de receita e à fixação de despesas, especialmente no que se refere à autorização de remanejamento de recursos”, informou.

Ainda sobre as movimentações, o TCE afirmou que em análise dos autos verificou a realização desses remanejamentos, transposições e transferências orçamentárias, sem a prévia autorização da Câmara Municipal.

Da Redação com Assessoria TCE-AL

Acidentes acabam em mortes em cidades do Médio Sertão

Duas pessoas morreram vítimas de acidentes diferentes, mas ocorridos nesta segunda-feira (Foto: Cleverson / Cortesia)

Duas pessoas morreram vítimas de acidentes diferentes, mas ocorridos nesta segunda-feira (19) em cidades do Médio Sertão de Alagoas. Um deles se deu na rodovia AL 220 em Olho d’Água das Flores, o outro na zona rural de Senador Rui Palmeira.

O idoso Valmir Januário de Melo, de 62 anos foi a primeira vítima. Por volta das 15h20 ele dirigia sua moto, uma Honda Pop, vermelha, numa estrada vicinal do Povoado Candunda. Segundo informações da Polícia Militar, a vítima tentou uma ultrapassagem, mas colidiu de frente com um carro Fiat Palio, verde.

Os ocupantes do veículo teriam se evadido, enquanto a vítima não sobreviveu ao choque e faleceu ainda no local. Informes da PM indicam ainda que Valmir não fazia uso de capacete.

Na pista

O segundo sinistro foi registrado às 18h, num trecho da AL 220, próximo a rotatória que dá acesso as cidades de Pão de Açúcar e São José da Tapera. A vítima foi o pedreiro Josué Vieira Soares, de 48 anos. Ele era morador do Sítio Cacimba, zona rural de Tapera.

O condutor dirigia uma Honda Bros, preta, e segundo informações passadas pelo seu filho à PM, ele colidiu num carro não identificado. Uma equipe do SAMU foi acionada e o Josué foi socorrido, entretanto, acabou entrando em óbito no Hospital Regional Clodolfo Rodrigues de Melo em Santana do Ipanema.

Por Lucas Malta / Da Redação

Sobra intolerância e falta criatividade

Rivalidade as vezes sai dos gramados (Foto: André Luiz Oliveira Yanckous / Reprodução / Galeria Nikon)

Vários são os temas que nos levam a discussões. E é em algumas delas que a conversa salta de um simples diálogo tolerável, para insultos e acusações descabidas e sem noção.

Percebo que os debates mais acalorados estão sempre ligados a política, religião e futebol. Isso acaba seguindo o velho dito popular: “política, futebol e religião não se discute”.

Eu logo discordo. Todos os assuntos que nos interessa se discute. Uma discussão sadia, onde cada um deve respeitar a opinião do outro deve ser incentivada.

A minha discordância da sua opinião deverá ser respeitada. É ai onde entra outra frase bem propagada: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”.

Essa foi dedicada por muitos anos ao filósofo Voltaire, mas que, pesquisadores descobriram que a verdadeira autoria foi da escritora britânica Evelyn Beatrice Hall, que escreveu a biografia do francês.

Ou seja, durante anos, muitos acreditaram que a afirmação seria de Voltaire, quando não era. Daí, a importância de uma discussão ampla em qualquer assunto. A discussão nos instiga à pesquisa.

Ao invés de revide com violência, trago um exemplo de que a intolerância pode ser revertida em criatividade. O caso aconteceu na década de 1960, protagonizada pela torcida do Flamengo.

Torcidas rivais cariocas chamavam os rubro-negros de “urubus”, por se tratar de uma torcida formada por maioria afrodescendentes e pessoas de baixa renda.

É claro que os flamenguistas se sentiam ofendidos, no entanto, eles absorveram a provocação com irreverência, a partir de um fato inusitado. Quando a torcida rival levou um urubu ao Maracanã, para zombar do adversário, a ave passou a ser exaltada e transformada em mascote.

A minha própria vida tem uma história sadia em relação a rivalidade no futebol. Eu flamenguista e o meu amigo Mário Pacífico, vascaíno, por várias vezes saímos pelas ruas da cidade com uma charanga, onde cabiam as duas bandeiras, rubro-negra e cruzmaltina.

Independentemente de quem fosse o vencedor, nós sempre nos confraternizamos. E, até hoje, passados oito lustres, continuamos nos respeitando: ele defendendo a suas ideias e eu as minhas.

Já está na hora de pararmos para uma profunda reflexão. E o começo de tudo isto está dentro de nós mesmo.

Por vivermos numa comunidade de maioria cristã trago um trecho do Evangelho de Matheus, 7:3, nele, Jesus nos dá um excelente exemplo de como começar a ser tolerante: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?”.

PC prende sete pessoas, resgata reféns e recupera carga de R$ 4 milhões

Carga de medicamentos avaliada em aproximadamente 4 milhões foi recuperada. (Fotos: Renan Belo / PC – AL)

Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC), sob o comando da delegada Maria Angelita, deflagraram na madrugada desta segunda-feira (19) uma operação policial de combate a roubo de cargas, que resultou na prisão de sete pessoas, na apreensão de três veículos e dois caminhões;  uma carga de medicamentos avaliada em aproximadamente R$ 4 milhões foi recuperada, e dois reféns resgatados.

De acordo com a delegada Maria Angelita, a ação se deu após um trabalho de investigação exaustivo que durou mais de quatro meses, onde a equipe da DRFVC fez um trabalho de monitoramento das principais rotas e locais em que essa quadrilha atuava.

Delegada Maria Angelita (Foto: Ascom/PC)

“No momento em que verificamos que os criminosos estavam agindo e que os caminhões roubados estavam sendo levados para dentro das canas, acionamos toda a equipe e fizemos a abordagem”, contou a delegada.

A operação contou com o apoio de policiais civis da Gerência de Polícia Judiciária da Região 1 (GPJ-1).

Segundo os policiais, dois caminhões carregados de medicamentos foram abordados nas imediações da cidade de São Miguel dos Campos pela quadrilha no domingo (18), por volta das 16 horas, e levados para um local de difícil acesso, localizado no município de Roteiro, onde estavam realizando o transbordo da carga.

Em depoimento, o motorista de um dos caminhões, de 44 anos, relatou que os criminosos fizeram a abordagem no momento em que ele estava chegando em um posto de combustíveis.

“Eles estavam armados e foi muito rápido. Pediram para eu ir em direção a cidade de Pilar, onde paramos, e, sob muitas ameaças, mandaram que eu informasse à seguradora que iria fazer outra parada”, detalhou o motorista.

Caminhões apreendidos, que estavam sendo utilizados para o transbordo da mercadoria.

O motorista, que saiu de São Paulo com destino a Pernambuco, contou ainda que os criminosos mantiveram ele e o outro motorista, do segundo caminhão, como reféns no mesmo local onde eles estavam transferindo a carga para outros veículos.

“Os policiais civis chegaram rapidamente no loca,l anunciando que era a Polícia e mandando que todos deitassem no chão, teve uma troca de tiros, informamos que éramos reféns e, graças a Deus e ao trabalho desses guerreiros, estamos vivos,” falou emocionado um dos reféns.

A delegada disse ainda que parte da quadrilha conseguiu se evadir pelo canavial, mas a carga foi recuperada e os carros utilizados para dar apoio a ação criminosa – um Fiat Bravo, uma Hilux e um Fox,  além de dois caminhões utilizados para o transbordo da carga roubada foram apreendidos.

Carros utilizados pelos criminosos.

Os policiais também encontraram um aparelho chamado “jammer” utilizado pelos criminosos para bloquear o sinal de telefones celulares e impedir que o sinal dos caminhões chegue até o satélite das empresas de segurança que monitoram o veiculo.

“Como esse aparelho tem a função de bloquear a frequência da emissão do rastreador com a central, o caminhão deixa de ser rastreado podendo mudar de rota e ser ocultado”, relatou o chefe de operações da DRFVC.

Os sete presos foram encaminhados para a sede da DRFVC e autuados pelo crime de receptação. A delegada Angelita disse também que a investigação continua com o objetivo de prender os outros criminosos.

Equipamento apreendido utilizado para bloquear sinais telefônicos e de satélite.

Por Assessoria / PC – AL

Inscrições para o concurso do TJ/AL terminam hoje

Concurso do Tribunal de Justiça de Alagoas oferta 131 vagas para cargos dos níveis médio e superior (Foto: Itawi Albuquerque / Assessoria TJ-AL)

As inscrições para o concurso do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) terminam às 16h desta terça-feira (20), no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame. O pagamento da taxa (R$ 80 para técnico judiciário e R$ 100 para o cargo de analista) poderá ser feito até o dia subsequente, 21 de fevereiro. Clique aquipara se inscrever.

O processo seletivo oferta 131 vagas, sendo 100 para técnico judiciário – área judiciária; 15 para analista judiciário – oficial de justiça avaliador; 15 para analista judiciário – área judiciária e uma para analista judiciário – área de estatística.

As inscrições do certame tiveram início no dia 8 de janeiro e se encerrariam no último dia 15, mas foram prorrogadas para esta terça (20). A prova do concurso está prevista para o dia 25 de março, na cidade de Maceió.

Vencimentos e carga horária

O cargo de analista judiciário, que exige nível superior, tem vencimento básico de R$ 5.101,92. Já o vencimento do técnico judiciário (nível médio) é de R$ 2.550,96. Para ambos, a carga horária de trabalho é de 30 horas semanais.

Por Diego Silveira – Assessoria / TJ – AL

MARACANÃ

Antiga Churrascaria Maracanã (Foto: Clerisvaldo B. Chagas)

Maracanã é o ponto de referência mais falado de Santana do Ipanema, Alagoas. Trata-se de um largo no centro do gigante Bairro Camoxinga, cortado pela BR-316. É ponto de convergência e divergência de sete ruas e possui um dinâmico comércio miúdo sendo o segundo da cidade.

No Largo do Maracanã e adjacências, você encontra posto de gasolina, padarias, casas de lanches, funerária, oficinas de motos, mercadinhos, farmácia, barbearia, casa de móveis e uma flutuante movimentação em ponto de transportes para municípios do oeste como Poço das Trincheiras, Maravilha, Canapi, Ouro Branco e para todas as outras do Alto Sertão alagoano.

Outrora fora lugar tão perigoso que certo delegado chegou a comentar: “Entre dez ocorrências policiais, oito são do tal Maracanã”.

No livro ainda inédito “O boi, a bota e batina, história completa de Santana do Ipanema”, o autor detalha a origem do nome Maracanã e que raríssimas pessoas conhecem. E os que conhecem não vão além de uma churrascaria que havia no local e que ostentava a denominação do maior estádio do mundo.

Mas o livro também traz os detalhes de origens de todos os bairros e pontos de referências da cidade. É o maior documentário jamais produzido no Sertão Alagoano, que ainda não foi publicado por falta de patrocínio. E as autoridades que têm verba para isso, fazem ouvidos de mercador e, o santanense fica sem sua história completa e verdadeira, porque políticos odeiam intelectuais. 

O prédio que deu origem a Churrascaria Maracanã, ainda continua de pé. Foi churrascaria, dormitório, bar, restaurante, pequena mercearia, tudo sob comando do proprietário conhecido como Seu Neguinho. Sem atividade que valha à pena, o edifício se deteriora com dificuldade de venda e os passos implacáveis do tempo.

Sua importância como valor histórico é grande para o centro do bairro que o acolheu, mas nada parece evitar o futuro que o aguarda assim como a casa do padre Bulhões, o Fomento Agrícola, a igreja de São João, o Colégio Santo Alberto Magno, a Pracinha Emílio de Maia e outros importantes e fundamentais pontos santanenses.

Em tempos de campanhas políticas, o Largo do Maracanã torna-se o ponto mais importante para discursos. Coitado! Sem anel rodoviário e abandonado à própria sorte, torna-se o lugar mais perigoso do trânsito da cidade.

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de fevereiro de 2018

Crônica 1.846 – Escritor Símbolo do Sertão Alagoano

Maravilha e outras cidades de AL crescem na classificação do Min. Turismo

Maravilha foi uma das cidades que subiram de categoria (Foto: Kaio Fragoso / Agência Alagoas)

Os municípios alagoanos de Maravilha, Piranhas, Marechal Deodoro, Porto de Pedras e São Miguel dos Milagres subiram de categoria no Mapa do Turismo Brasileiro.

Isso acontece porque o Ministério do Turismo (Mtur) identificou que nestas localidades houve indicativos positivos como aumento na geração de empregos no setor, crescimento da rede hoteleira ou expansão do fluxo de turistas domésticos e internacionais.

É através dessa categorização dos municípios turísticos que o Governo Federal acompanha o desempenho da economia do turismo, além de servir também como indicador para políticas do setor e direcionamento de verbas federais.

As categorias variam de ‘A’ a ‘E’, sendo que Maravilha subiu de ‘E’ para ‘D’, Piranhas e Porto de Pedras de ‘D’ para ‘C’, Marechal Deodoro e São Miguel dos Milagres de ‘C’ para ‘B’.

Na prática, essa alteração significa que os municípios podem pleitear apoio ao Governo Federal a eventos geradores de fluxo turístico. De acordo com a nova categorização, a cidade de Maravilha, por exemplo, passa agora a poder contar com até R$ 150 mil por ano para realização de festejos.

A portaria 97/2017 do Mtur estabelece que todos os municípios classificados estão aptos a pleitear recursos de infraestrutura, como construção de estradas e rodovias de interesse turístico; de orlas e terminais fluviais, lacustres ou marítimos; reforma de terminais rodoviários intermunicipais e interestaduais, de aeroportos, de ferrovias e estações férreas de interesse turístico; sinalização turística, entre outros.

À frente da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), Rafael Brito, ressalta a importância dessa reclassificação junto ao Governo Federal para estes municípios.

“O turismo é uma das grandes motrizes do desenvolvimento econômico do nosso Estado e esta nova classificação é mais uma prova de que a atividade cresce exponencialmente em Alagoas. Estas cinco cidades, que contemplam quase todas as regiões alagoanas, atraíram um grande fluxo de turistas no último ano e, com o reconhecimento do Mtur, esses municípios poderão desenvolver ainda mais suas atividades turísticas com o apoio do Governo Federal. Isso é essencial para o crescimento do Estado, gerando mais emprego e renda para população, garantindo mais qualidade de vida da população por meio do fortalecimento da cadeia produtiva do turismo”, explica Rafael Brito.

Por Thiago Tarelli / Agência Alagoas

Em AL, Fórum de Energia Solar apresenta alternativas sustentáveis de consumo

Fórum aborda alternativas de consumo (Foto: Ascom/Sedetur)

A aplicação de políticas públicas relacionadas ao segmento energético será tema do Fórum de Energia Solar em Alagoas, que será realizado quinta-feira (22), a partir das 18h30, no auditório da Faculdade de Tecnologia de Alagoas (FAT), no Barro Duro. O evento é uma parceria do Governo do Estado com o meio acadêmico e a iniciativa privada, pela conscientização e uso de energias renováveis.

Visando fomentar os investimentos em energia limpa a partir da parceria público-privada, o fórum contará com palestras técnicas relacionadas ao uso da energia solar fotovoltaica no Estado, assim como uma apresentação do Banco de Desenvolvimento do Nordeste acerca das linhas de crédito destinadas ao incentivo do uso de fontes sustentáveis.

A iniciativa é parte do plano de ação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), por meio da Superintendência de Energia e Mineração. Em Alagoas, Estado com uma incidência considerável de raios solares, a utilização de energia renovável limpa busca unir as características climáticas à execução de programas que favoreçam o consumo sustentável.

Ao final das palestras, empresas vinculadas aos projetos da Sedetur participarão de uma exposição com a finalidade de tirar dúvidas dos empresários interessados na implantação do sistema. A mostra também funcionará como uma rodada de negócios, onde serão apontadas mudanças positivas trazidas pelo uso da fonte sustentável.

“É um meio de difundir as possibilidades de diminuição de gastos por meio de fontes renováveis. Promover discussões e debates sobre as formas de utilização dessas energias é importante, uma vez que os gastos na área superam 30% do custo fixo dos setores comerciais”, explica o gerente de Recursos Energéticos da Sedetur, Bruno Macedo.

Incentivo

Em Alagoas, o incentivo ao uso de energia limpa vem sendo trabalhado desde 2016, quando o Governo do Estado aderiu ao sistema de compensação de energia elétrica por fontes alternativas. A medida isenta o consumidor usuário de energia sustentável do ICMS, fazendo com que ao utilizar a fonte renovável sua tarifa fique mais barata.

O Estado possui ações que buscam ampliar a geração distribuída. São 90 conexões que compensam seus créditos em 107 instalações. Alagoas também concorre com cinco grandes projetos a um leilão promovido pelo Governo Federal em abril, com um total de 186mw entre a fonte solar e biomassa.

Ao término do fórum será discutido o projeto de uma mini usina sustentável de geração distribuída, atualmente em fase de desenvolvimento pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Viabilizada por meio de edital publicado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a conquista é um passo importante para as pesquisas no ramo.

Por Rhayller Peixoto / Agência Alagoas