A SEDE ESTUDANTIL

Palestra na Escola Helena Braga. Foto: (Paulo César)

Ontem (quinta-feira) tive a honra de ministrar palestra na Escola Estadual Professora Helena Braga das Chagas, sobre a cidade de Santana do Ipanema.A princípio tive que optar por um dos três ou quatro trabalhos preparados para palestras. A história de Santana, no geral, é longa. Busca-se, então, um compartimento: a criação da cidade em seis blocos e sua expansão. O Rio Ipanema, beleza e dor ou mesmo a história iconográfica, lançamento recente. Resolvemos, pois, pelo último trabalho publicado em que o estudante pode apreciar os vários aspectos da sua terra, através de imagens legendadas e cronológicas. Para nós seria um teste de fogo como primeira apresentação do livro/enciclopédia “230” através de slides e logo diante de uma plateia juvenil bastante exigente. Como havia também um convite de outra escola com o mesmo propósito, achei que o primeiro teste estaria carente de nota.

Minha surpresa foi muito agradável em vê duas turmas normalmente agitadíssimas, comportarem-se como se estivessem diante das histórias da vovozinha. Comprovei no momento a imensa carência da história municipal entre professores e estudantes. O que estava previsto para 50 minutos, esticou-se para 1.hora e 30 minutos, encerrando-se aí apenas porque surgiu na telinha, o nome FIM. O trovão de palmas após a palestra foi caloroso, levando o palestrante à certeza da aprovação IN LOCO de um trabalho suado, guia e amoroso.

Não apenas ministramos palestras (atualmente mediante cachê), mas incentivamos à plateia à pesquisa.  Mas como alguém pode pesquisar alguma coisa sem incentivo? O estudante vibra quando um dia perdido no ano, é convidado para algum passeio, mas que não passa disso. Os professores ou não querem mais trabalho ou não têm condições de pesquisa de campo. E se professor não vai ao campo, por que o aluno iria? E assim morre a história da sua rua, do seu bairro, dos titulares das avenidas e do seu município. Onde estão a Geografia e a História da sua cidade, se não fazem parte do currículo? Dessa maneira vamos gerando analfabetos do próprio lugar.

A estudantada tem sede do Saber, mas quem garante sua água?

Autoridades pensem nisso.

Clerisvaldo B. Chagas, 20 de abril de 2018

Escritor Símbolo do Sertão Alagoano Crônica 1.888

IMA-AL realiza audiências para criação da APA da Serra da Caiçara

Serra da Caiçara em Maravilha (Foto: Assessoria / IMA-AL)

Alagoas pode ganhar, ainda em 2018, uma importante área legalmente protegida com a criação de mais uma Unidade de Conservação totalmente inserida no bioma Caatinga, entre os municípios de Canapi, Maravilha, Ouro Branco, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema. O calendário de audiências públicas já está definido e tem início na próxima semana, a partir de 26 de abril.

O trabalho realizado pelo Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL), através da Gerência de Fauna, Flora e Unidades de Conservação, propõe a criação da Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Caiçara, localizada na mesorregião do Sertão alagoano e inserida na microrregião de Santana do Ipanema, com uma área total de 89.904,32 hectares.

A ideia é que a área amplie os trabalhos de proteção dos sítios arqueológicos e paleontológicos localizados na mesorregião. Também a proteção de remanescentes de vegetação nativa, áreas serranas vegetadas, detentoras de alta capacidade de retenção hídrica e vitais para o fornecimento de água na região. Além do apoio e orientação à população no que se refere ao uso do solo de forma ambientalmente adequada.

A APA é um tipo de Unidade de Conservação, considerada de uso sustentável, que permite a coexistência da população dentro da área legalmente definida.

O nome proposto: Serra da Caiçara, por representar a maior elevação existente na microrregião de Santana do Ipanema, de onde é possível avistar grande parte da planície sertaneja alagoana. A APA deverá acentuar a necessidade de proteção, estudos e conhecimento dos aspectos históricos da região, com destaque para as descobertas da fauna pré-histórica. Isso poderá, também, consolidar a região na rota turística de Alagoas.

Segundo informação do geógrafo Alex Nazário, é de grande importância a proteção da Serra “para a conservação da biodiversidade regional, devido a existência de áreas úmidas que caracterizam brejos de altitude, além do fornecimento de água para a cidade de Maravilha e propriedades existentes nela e vizinhança”.

O consultor ambiental do IMA/AL ressalta ainda que “infelizmente, a interferência humana tem degradado de forma agressiva e abrangente a Serra através de queimadas e desmatamento para a implantação de pasto e culturas, além da edificação de casas e sítios”.

A proposta de criação da APA da Serra da Caiçara está disponível no site do IMA (http://www.ima.al.gov.br/unidades-de-conservacao/proposta-de-criacao-da-apa-da-serra-da-caicara) e já está definido o calendário de audiências públicas, onde haverá as apresentações e discussões da proposta:

26/04 – em Maravilha (Clube Caiçara), às 9h

03/05 – em Canapi (quadra da Escola Municipal Tancredo Neves), às 9h

03/05 – em Ouro Branco (auditório da Escola Municipal Rui Pallmeira), às 14h

04/05 – Poço das Trincheiras (Quadra de Esportes Osmam Medeiros), às 9h

09/05 – Santana do Ipanema (auditório da Câmara Municipal), às 9h.

Por Clarice Maia / Assessoria IMA-AL

Desafiados, índios resistem em manter identidade em Alagoas

Desafiados, índios resistem em manter identidade em Alagoas (Foto: Marcelo Amorim)

Mesmo com história reconhecida há mais de três séculos, existente antes mesmo de Alagoas se tornar independente da então capitania de Pernambuco e se transformar em estado com seus 200 anos, os índios alagoanos vivem desde lá no esquecimento e no ataque constante por parte do poder público, que deixa de cumprir os direitos assegurados dos povos e com isso se mantém como o principal responsável por contribuir para a extinção das aldeias.

Hoje, 19 de abril, é comemorado o Dia do Índio. A data já está consolidada no calendário, mas apenas pela força das etnias que ressurgiram, pela luta ao resgate e manutenção da própria cultura e a busca pelo pertencimento à terra é que podem de fato representar a existência dos indígenas em terras caetés.

“Não temos alegria quase nenhuma para comemorar a data. Temos um passado de um povo bom e pacífico e não de violência como a que foi praticada contra nós pelo ‘homem branco’ e que nos retirou das terras onde vivíamos. Estamos esquecidos pelo poder público”, lamenta José Ferreira dos Santos, índio descendente dos Xucuru-Kariri de Palmeira dos Índios.

Veja a matéria completa no GAZETAWEB.COM 

Governo pode acionar Justiça para evitar aquartelamento de militares

PGE / AL (Divulgação)

Pode ser decidida na Justiça, a mobilização dos policiais militares, que pressionam o Governo do Estado por um reajuste salarial, que seria uma recompensa da inflação. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) pretende acionar a Justiça caso os manifestantes rejeitem a proposta e mantenham o aquartelamento.

Além do impacto nos recursos financeiros, o governo agora se encontra impedido realizar qualquer reposição salarial devido ao processo eleitoral. Segundo a regra da eleição de 2018, publicada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), aumento agora só a posse do governador eleito.

 As entidades representativas da Polícia Militar e dos bombeiros negaram a proposta de reajuste salarial de 10% apresentada pelo governo do Estado e decidiram por manter a Operação Padrão.

Eles pedem um reajuste de 29% como foi concedido aos delegados da Polícia Civil de Alagoas.

Proposta negada

O reajuste salarial apresentado pelo Governo inicialmente foi de 6%, como não foi aceito se chegou um valor de 10% dividido em quatro anos pagando 4% em 2019 e 2% nos anos seguintes, concluindo o calendário em 2022.

A Secretaria de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) disse em nota que qualquer reajuste acima disso comprometeria as finanças do Estado e forçaria o mesmo a descumprir o acordo firmado com a União, para o prolongamento do pagamento do serviço da dívida pública alagoana.

Por Redação / CadaMinuto 

Delegacia Regional em Santana possui novo titular; saiba quem é

Delegado Hugo Leonardo, novo responsável pela Regional de Santana (Foto: Cortesia)

A 2ª Delegacia Regional de Polícia (DRP) em Santana do Ipanema possui um novo titular. Quem comanda os trabalhos a partir da próxima semana é o delegado Hugo Leonardo, que antes respondia pela Distrital de Ouro Branco.

O delegado João Marcelo, que atuava pela regional sertaneja agora responde pela DRP de São Miguel dos Campos. As informações das novas titularidades já foram publicadas no Diário Oficial do Estado de Alagoas (DOEAL).

Segundo apurado pelo site, os dois delegados devem atuar formalmente em seus novos locais a partir da próxima semana. A mudança das autoridades é algo natural feito pela Diretoria da PC, de acordo com a necessidade das delegacias.

Por Lucas Malta / Da Redação

Prefeito Júlio Cezar ministra palestra nesta sexta (20) em Santana do Ipanema

Palestra do prefeito é a quarta pelo “Projeto Escola de Contas Conversando com o Gestor” (Foto: Diego Wendric/Assessoria)

Nesta sexta-feira (20), o prefeito de Palmeira dos Índios Júlio Cezar ministra mais uma palestra durante a quarta edição do “Projeto Escola de Contas Conversando com o Gestor”, com o tema O Controle na Gestão. O evento acontecerá na cidade de Santana do Ipanema, a partir das 9h, no Hotel Privillege.

O Projeto, promovido pelo Tribunal de Contas de Alagoas (TCE/AL), é uma iniciativa da Escola de Contas Públicas Conselheiro José Alfredo de Mendonça, que tem como objetivo fortalecer a interação entre o TCE/AL e os jurisdicionados.

Ação também tenta propiciar a participação de integrantes do quadro de facilitadores na produção e a disseminação do conhecimento para os servidores da Corte de Contas, gestores e servidores públicos estaduais e municipais.

Além do prefeito Júlio, o procurador-geral do Ministério Público de Contas Ênio Andrade Pimenta, os prefeitos de Traipu Eduardo Tavares e de Santana do Ipanema Isnaldo Bulhões, além de um auditor federal da Controladoria Geral da União Regional Alagoas e técnicos do MPE/AL e da Escola de Contas serão os expositores durante o evento.

O encontro é destinado a prefeitos, presidentes de Câmaras de Vereadores, secretários, controladores internos, servidores de municípios integrantes do grupo de Fiscalização, regional VI, e que tem como relatora a conselheira Maria Cleide Costa Bezerra.

Na palestra, o prefeito Júlio Cezar contará como tem vencido as dificuldades e administrado o município de Palmeira em tempos de crise. “Me sinto honrado por mais um convite, pela quarta vez, para contar como tivemos que administrar um cenário de horror, em Palmeira.

O município endividado, no Cauc, salários atrasados, servidores desmotivados, UPA fechada, postos de saúde em péssimas condições de atendimento, escolas, todos sucateados. Era um caos total. Criamos um controle interno e negociamos as dívidas. Construímos uma boa relação com a bancada federal, tiramos Palmeira da lista de devedores do Cauc e passamos a receber recursos federais. Tudo com criatividade, empreendedorismo e transparência. Mas ainda temos muitos passos a serem dados durante a nossa gestão”, garantiu o prefeito Júlio.

Por Lucianna Araújo / Assessoria

Mais prefeitos alagoanos firmam acordo para aplicar Fundef na educação

Reunião realizada em 16 de abril de 2018 na PR/AL para discutir aplicação dos recursos do Fundef (Foto: Assessoria)

Na última segunda-feira (16), o Ministério Público Federal (MPF) firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com 12 municípios do agreste e do sertão alagoanos.

No acordo, os prefeitos se comprometeram em aplicar recursos oriundos de processos judiciais, relacionados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF), exclusivamente na educação dos respectivos municípios.

Há previsão de liberação dos valores para o próximo dia 11 de maio de 2018. O TAC firmado visa garantir que a integralidade dos valores seja revertida exclusivamente para a educação básica dos municípios, sem que seja necessário que o MPF ajuíze ação civil pública para bloqueio dos valores judicialmente.

Os prefeitos de Cacimbinhas, Jaramataia, Lagoa da Canoa, Maravilha, Olho D’Água Grande, Olivença, Palestina, Pão de Açúcar, Porto Real do Colégio, Tanque D’Arca, Taquarana e Traipu, bem como o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) Hugo Wanderley, reuniram-se com os procuradores da República Antonio Henrique Cadete, Manoel Antonio Gonçalves e Carlos Eduardo Raddatz a fim de tratar dos termos do acordo extrajudicial.

A reunião aconteceu na sede da Procuradoria da República em Alagoas, na capital do estado. Os prefeitos concordaram com os termos do MPF e se comprometeram a aplicar a integralidade dos valores do precatório judicial referente ao Fundef exclusivamente na manutenção e desenvolvimento da educação básica pública dos municípios.

Os representantes municipais concordaram também em não utilizar os recursos para rateio, divisão, repartição entre os profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública com o intuito de atingir o patamar de 60%, mesmo que haja lei municipal prevendo tal rateio. O que não inclui os casos em que haja necessidade de pagamento da folha normal e ordinária dos professores da educação básica em efetivo exercício na rede pública.

Honorários – O acordo celebrado não contempla eventual parcela relativa a honorários advocatícios contratados, desde que tenham sido objeto de destaque no respectivo precatório, mas apenas por que não pode ser objeto de transação por se tratar de direito de terceiros não integrantes do acordo.

Fiscalização – Com o objetivo de manter a transparência e a rastreabilidade da aplicação destes recursos, os municípios comprometeram-se a depositar os recursos em contas bancárias específicas e já informadas.

Diante dos compromissos assumidos pelos Prefeitos, o MPF encaminhará ofício ao Banco do Brasil ou à Caixa Econômica Federal, conforme cada caso, para que adotem providências a fim de dar cumprimento ao Decreto n.º 7.507/2011, que trata da restrição da movimentação de financeira de verbas públicas federais. O MPF também oficiará a Controladoria Regional da União em Alagoas indicando as informações sobre as respectivas contas específicas indicadas para que procedam com a competente fiscalização.

Os municípios, preferencialmente, definirão planejamento e cronograma de despesas que englobe mais de um exercício financeiro, conforme orientação do Tribunal de Contas da União.

Acordos anteriores – A Procuradoria da República no município de Arapiraca, cuja região de atribuição abrange os municípios do agreste e do sertão alagoanos, em dezembro de 2017, firmou acordo semelhante, mas no âmbito judicial, com os municípios de Belo Monte, Carneiros, Olho d’Água do Casado, Ouro Branco, Palmeira dos Índios e Senador Rui Palmeira.

Tais municípios respondem a ações civis públicas ajuizadas pelo MPF e tiveram os recursos bloqueados pela Justiça Federal a fim de garantir a correta aplicação dos valores. Os respectivos prefeitos comprometeram-se a aplicar os recursos oriundos de processos judiciais que trataram de repasses do Fundef exclusivamente na Educação, obtendo assim a liberação dos recursos bloqueados.

Por Assessoria / MP – AL 

Sesau oferta 192 vagas para o Hospital de Emergência do Agreste

Vagas do PSS serão destinadas ao Hospital de Emergência do Agreste (Foto: Davi Salsa / Agência Alagoas)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) publicou nesta quarta-feira (18), no Diário Oficial do Estado (DOE), edital para contratação temporária de 192 profissionais, sendo 16 para pessoas com deficiência.

Os selecionados no Processo Seletivo Simplificado (PSS) irão atuar no Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, que terá sua capacidade de atendimento triplicada, passando de 40 para 120 leitos.

De acordo com o edital, são ofertadas vagas para assistente social, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, médico-intensivista, clínico-geral, cirurgião-torácico, cirurgião-vascular, nefrologista, pediatra, nutricionista, técnico de recursos humanos, profissionais de apoio e técnico de enfermagem. A remuneração vai de R$ 1.235,22 até R$ 5.233,23, dependendo do nível de graduação e da carga horária.

As inscrições ocorrem de 23 a 27 de abril, e os interessados devem procurar a Gerência de Valorização de Pessoas (GVP) da Sesau, na Avenida da Paz, número 1.174, Edifício Santa Ana, no bairro Jaraguá, em Maceió (Anexo 8). Também é possível se inscrever no Hospital de Emergência do Agreste, na AL 220, KM 5, na Avenida Senador Arnon de Melo, em Arapiraca. Nos dois locais o atendimento irá ocorrer das 8h às 14h, de segunda a sexta-feira.

Pré-requisitos

Para se inscrever no Processo Seletivo Simplificado é necessário apresentar originais e cópias dos documentos solicitados no edital. Além do comprovante de escolaridade e especialidade, são exigidos, também, cédula e identidade, conhecida como RG, CPF e inscrição no conselho de classe.

De acordo com o edital, não será aceita a inscrição do candidato que deixar de apresentar quaisquer dos documentos exigidos. Também não será admitida, sob nenhuma hipótese, complementação documental fora do prazo de inscrição. A avaliação dos candidatos será realizada por meio de análise curricular, de caráter eliminatório e classificatório.

Para obter o edital completo, basta acessar o endereço eletrônico http://www.imprensaoficialal.com.br/wp-content/uploads/2018/04/DOEAL-18_04_2018-COMPLETO.pdf e acessar a página 69 do Diário Oficial.

O Processo Seletivo Simplificado tem validade de 12 meses, podendo ser prorrogado pelo mesmo período, conforme o edital.

Por Davi Salsa / Agência Alagoas

Cacimbinhas e Pão de Açúcar recebem a telona do Cine Sesi, neste fim de semana

Cine Sesi chega a Major Izidoro e Mata Grande (Foto: Assessoria / Cine Sesi)

O Cine Sesi conclui neste fim de semana a passagem por 20 cidades alagoanas, com sua forma lúdica e eficaz de resgatar a história das salas de exibição das cidades do interior do Brasil e, ao mesmo tempo, promover a inclusão social por meio do cinema. Esse é o roteiro do Cine Sesi, que desde 2002 democratiza o acesso à sétima arte pelo país.

O projeto já está em sua 12ª Edição, só em Alagoas, onde já esteve em 87 cidades e atingiu um público de mais de 900 mil pessoas, nas edições passadas. O Cine Sesi vai contemplar com exibições de filmes o público das cidades de Cacimbinhas, ao lado da Praça da Prefeitura; e de Pão de Açúcar, na Rua da Frente, da próxima sexta-feira (20) até o domingo (22). Tudo com patrocínio do SESI Alagoas.

Totalmente gratuito, o projeto já percorreu mais de 700 cidades e atingiu um público de mais de cinco milhões de pessoas em todo o Brasil. Em Alagoas, nas 18 cidades já contempladas nesta edição, 59.350 pessoas assistiram às exibições do Cine Sesi. Gente que, na sua grande maioria, nunca tinha visto cinema na vida. A mostra itinerante desbrava as estradas dos estados brasileiros levando projeções de qualidade a céu aberto para regiões interioranas que não têm mais, ou nunca tiveram salas de exibição. “Em muitas dessas cidades, as novas gerações sequer viram o cinema funcionando. Quando nasceram, as salas já haviam se transformado em igrejas, academias de ginástica ou supermercados. O projeto resgata o vínculo dessas localidades com seus antigos cinemas”, diz Lina Rosa Vieira, curadora do Cine Sesi, iniciativa que em 2018 entra na sua 17ª edição e 16 anos de atividade.

O curtas-metragens produzidos este ano em Traipu e União dos Palmares, onde já aconteceram as oficinas e palestras de cinema de animação, poderão ser vistos na grande tela. Os trabalhos dos aprendizes alagoanos da técnica stop motion serão exibidos na sexta, com o curta produzido em Traipu; e no domingo, com a produção de União dos Palmares.

O Cine SESI dá preferência a pequenos municípios, e as exibições – em telão de altíssima definição e som no mesmo padrão, acontecem sempre em local de grande circulação. No final de semana, a produção prepara um espaço todo especial, com cadeiras, tapete vermelho e, claro, pipoca quentinha. Tudo de graça. Alguns moradores privilegiados se dão ao luxo de assistir aos filmes da calçada de casa.

Lina Rosa aponta que outro foco importante do projeto são os alunos da rede pública. “Há um trabalho junto às escolas para que a ida ao cinema ao ar livre se transforme numa aula de campo”, diz. “Para ser trabalhada em sala de aula de modo multidisciplinar, o que acontece por meio de um manual pedagógico sugerido pelo projeto, focado em um dos longas exibidos”, complementa.

O Cine SESI também se destaca pelo cuidado com a acessibilidade. As pessoas com deficiência auditiva são contempladas por legendas nos longas-metragens; enquanto voluntários para fazer audiodescrição também estarão disponíveis para atender pessoas com deficiência visual que forem ao cinema. O acesso para cadeirantes e pessoas com dificuldade de mobilidade também é facilitado.

FILMES

Além das animações produzidas pelos alunos das oficinas de Alagoas, a programação de 2018 conta com os curtas-metragens “Caminho dos Gigantes” de Alois Di Leo, Tiago Rovida e Henrique Lobato; “Cabelo Bom”, de Swahili Vidal e Claudia Alves; e “Salu e o Cavalo Marinho”, de Marcos Buccini e Cecilia da Fonte. Os longas-metragens “O Menino no Espelho”, de Guilherme Fiuza Zenha; “O Filho Eterno”, de Paulo Machline; “Cine Holliúdy”, com direção de Halder Gomes; “O Bem Aventurado”, com direção de Tulio Viaro; e a animação da Disney “Zootopia”, dos diretores Rich Moore e Byron Howard também estão no roteiro da telona do Cine Sesi.

O MENINO NO ESPELHO

O longa-metragem é baseado no livro homônimo de Fernando Sabino. A direção é de Guilherme Fiúza Zenha, autor do livro Meu Nome Não é Johnny. O protagonista é interpretado por Lino Facioli. Aos 10 anos, Fernando está cansado de fazer as tarefas chatas da vida. Seu sonho era ter clone, para que ele pudesse aproveitar o lado bom da vida, enquanto seu sósia cuidasse das tarefas. Um dia, é exatamente isto que acontece, quando o reflexo de Fernando deixa o espelho e ganha vida. O elenco ainda conta com Giovanna Rispoli, Mateus Solano, Regiane Alves, Ricardo Blat, Gisele Fróes, Laura Neiva, Murilo Quirino, Ravi Hood, Murilo Quirino e Ravi Hood.

O FILHO ETERNO

O casal Roberto (Marcos Veras) e Cláudia (Débora Falabella) aguarda ansiosamente pela chegada de seu primeiro bebê. Roberto, que é escritor, vê a chegada do filho com esperança e como um ponto de partida para uma mudança completa de vida. Mas toda a áurea de alegria dos pais é transformada em incerteza e medo com a descoberta de que Fabrício, o bebê, tem Síndrome de Down. A insatisfação e a vergonha tomam conta do pai, que terá de enfrentar muitos desafios para encontrar o verdadeiro significado da paternidade.

ZOOTOPIA

Judy Hopps é a pequena coelha de uma fazenda isolada, filha de agricultores que plantam cenouras há décadas. Mas ela tem sonhos maiores: pretende se mudar para a cidade grande, Zootopia, onde todas as espécies de animais convivem em harmonia, na intenção de se tornar a primeira coelha policial. Judy enfrenta o preconceito e as manipulações dos outros animais, mas conta com a ajuda inesperada da raposa Nick Wilde, conhecida por sua malícia e suas infrações. A inesperada dupla se dedica à busca de um animal desaparecido, descobrindo uma conspiração que afeta toda a cidade.

O BEM AVENTURADO

Um velho padre recebe uma visita de um atormentado diabo que deseja mudar de hábitos e praticar o bem. Juntos, eles vivem histórias diversas enquanto as regras do certo e errado são colocadas na mesa da vida. Comédia/Drama de Curitiba-PR, com direção de Tulio Viaro (2018)

CINE HOLLIÚDY

Você vai morrer de rir com as mirabolantes histórias de Francisgleydisson, proprietário do Cine Holliúdy, para salvar o cinema depois da chegada da televisão. A comédia cearense é dirigida por Halder Gomes (2013).

CURTAS

CAMINHO DOS GIGANTES
Em uma floresta de árvores gigantes, Oquirá uma menina indígena de seis anos, vai desafiar o seu destino e entender o ciclo da vida. “Caminho dos Gigantes” é um curta-metragem de Alois Di Leo e Sinlogo Animation, com animação de Tiago Rovida e Henrique Lobato. O filme é uma busca poética pela razão e propósito da vida, que conta a história de Oquirá, uma menina indígena de seis anos, que enfrenta o ciclo da vida e o conceito de destino. O filme explora as forças da natureza e a nossa conexão com a terra e os seus elementos.

CABELO BOM

Como as mulheres negras são pressionadas esteticamente para que se enquadrem em padrões pré-estabelecidos? “Cabelo Bom” dá voz a três personagens que expõem a relação delas e seu cabelo crespo. A Direção é de Swahili Vidal e Claudia Alves, do Rio de Janeiro.

SALU E O CAVALO MARINHO
O filme, de Marcos Buccini e Cecilia da Fonte, conta a história de Mestre Salustiano. Um dos artistas populares mais famosos do Brasil. Filho do rabequeiro João Salustiano, Salu logo cedo sonha em participar de um grupo de Cavalo Marinho, folia típica da região onde mora.

PROGRAMAÇÃO

EM PÃO DE AÇÚCAR:

SEXTA-FEIRA (a partir das 18h30)

Curta da Oficina de Animação “Dó Ré Mi Sapo”, produzido em Traipu (2018)

Curta-metragem “Caminho dos Gigantes”

Longa-metragem “O Menino no Espelho”

SÁBADO (a partir das 18:30)

Curta-metragem “Cabelo Bom”

Longa-metragem “O Filho Eterno”

DOMINGO (a partir das 18:30)

Curta da Oficina de Animação “Água de Barro”, produzido em União dos Palmares (2018)

Curta-metragem “Salu e o Cavalo Marinho”

Longa-metragem “Zootopia”

 

EM CACIMBINHAS:

SEXTA-FEIRA (a partir das 18h30)

Curta da Oficina de Animação “Dó Ré Mi Sapo”, produzido em Traipu (2018)

Curta-metragem “Caminho dos Gigantes”

Longa-metragem “O Menino no Espelho”

SÁBADO (a partir das 18:30)

Curta-metragem “Cabelo Bom”

Longa-metragem “O Bem Aventurado”

DOMINGO (a partir das 18:30)

Curta da Oficina de Animação “Água de Barro”, produzido em União dos Palmares (2018)

Curta-metragem “Salu e o Cavalo Marinho”

Longa-metragem “Cine Holliúdy”

Por Assessoria / Cine Sesi 

Obra do Canal do Sertão aumenta em 95,5% número de trabalhadores

Canal do Sertão registra crescimento na geração de emprego no Estado (Foto: Assessoria)

A maior obra de infraestrutura hídrica de Alagoas também registra avanço na geração de emprego e renda para o Estado. A construção do Canal do Sertão, que até sua conclusão contará com 250 km de água, e beneficiará mais de um milhão de pessoas em 42 cidades alagoanas, passa a contar com o aporte de mais de 780 trabalhadores nas frentes de trabalho.

De janeiro até abril deste ano o número de trabalhadores subiu de 400 para 782 empregos diretos para profissionais da construção civil, o que representa um aumento de 95,5%. O canal segue viabilizando novas interligações a sistemas coletivos de abastecimento, intensificação de políticas públicas de combate à seca e avanço de culturas irrigadas de pequenos e médios produtores. Para o secretário de Estado da Infraestrutura, Fernando Fortes Melro, o progresso é significativo.

“Na contramão da crise, o Estado ancorou recursos que garantiram a abertura de novas frentes de trabalho e a geração imediata de empregos diretos para os sertanejos. Esse impacto positivo dará ainda mais fôlego e celeridade à obra, além de contribuir com o desenvolvimento econômico e social dessas regiões”, enfatiza o gestor da pasta.

De acordo com o superintendente especial de Infraestrutura Hídrica, Alzir Lima, a Seinfra tem adotado estratégias para que as entregas cumpram os prazos dentro da programação. “Até agora já temos concluídos os trechos I, II e III, e os trabalhos no trecho IV estão a todo vapor, com água tratada já até o km 110”, destaca Alzir.

As etapas concluídas dos três primeiros trechos do Canal do Sertão totalizam 92,93 km, entregues com a água do Rio São Francisco, beneficiando diretamente mais de 180 mil alagoanos, que há anos sofriam com a seca.

O trecho IV está em execução, com avanço de 75% e, quando finalizado, beneficiará outros 43 mil moradores dos municípios de Senador Rui Palmeira e São José da Tapera.

Transformação

Para quem depende da construção civil para trazer sustento para toda a família, a notícia sobre o aumento de trabalhadores no Canal do Sertão foi reconfortante. É o caso do operário Ezequiel de Souza, que trabalha nos Serviços Gerais do Canal do Sertão, e agradece a oportunidade de não precisar mais viajar para outros estados em busca de emprego.

“Primeiramente, agradeço a Deus e segundo ao Governo de Alagoas, que garantiu recursos para essa obra, que é tão importante para o Estado inteiro e vai levar água tratada para muita gente. Tenho certeza que vai ficar marcado para todos aqueles que participaram dessa obra”, disse o trabalhador.

Daniel da Silva é ajudante de obra e conta como era a realidade antes da vinda do Canal do Sertão. “Conheço muitas pessoas daqui que precisavam sair das suas cidades e procurar emprego. Deixavam em casa suas famílias e saíam sem rumo à procura de uma oportunidade. Mas agora, com a obra, todos os dias estão em casa. Com certeza o Canal do Sertão ajudou a mudar nossa vida”, comemora o ajudante.

Por Julianne Leão / Agência Alagoas