O Fracasso subiu à cabeça

Foto: Tumisu / Pixabay

Em meados de Novembro e dezembro de 2018, percebemos que os planejamentos – ou ausência deles, já demonstravam que a base, a estrutura não possuía uma organização primária. Principalmente, ao que se refere ao primeiro escalão.

Até então, eram esperadas renovações, nomes significativos especializados, afinal foram as promessas. Porém, não foi bem assim. As indicações para as pastas principais foram extremamente radicais. Focados exclusivamente, em beneficiar uma restrita parcela da população.

Fato é que, logo no início, a atuação parecia uma fatura de cartão de crédito quando pagamos apenas o mínimo: uma bola de neve de despreparo, uma enxurrada medíocre de decisões, falas, posturas e resultados. Não é intriga, é fato. Evidenciado inclusive por pesquisas e opiniões públicas de quem apoia[va].

A promessa de renovação falhou completamente, e ainda estamos no 4° mês, ou 9% do cumprimento do mandato. As falhas estão entre decisões erradas em diplomacia a relação pessoal com criminosos. Falhas que até agora resultaram em nenhuma consequência de punição, só vergonha alheia e sentimento de total impunidade, nada novo.

Repare que estamos no quinto parágrafo e não citei nomes, tão pouco cargos. Mas você já sabe muito bem do que, e de quem estamos falando. O fracasso chegou tão rápido, a sensação que se têm é que os próprios não acreditavam na vitória, meio que “vamos prometer umas coisas aí, depois a gente vê como funciona isso de governar”.

O fracasso está a um nível que não precisamos mais citar nomes. Os próprios estão encarregados de causar danos à si. Não precisam mais de imprensa oposicionista. Basta que a imprensa continue noticiando o que está sendo feito.

Concluo lembrando que independente de estar ruim, não apoio nenhuma forma de retirada à força da cadeira. Foi escolhido pelo povo, por mais que tenham sido enganados, mas não devemos mais ferir a tão jovem e enfraquecida democracia. Se está ruim e piorando, deve-se tomar medidas para reverter. Não golpear

Projeto cria cotas para membros da agricultura familiar nos Institutos Federais

Projeto reserva, no mínimo, 10% das vagas dos Institutos Federais de Educação (Foto:Edilson Rodrigues/Agência Senado/Arquivo)

A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) aprovou, nesta quarta-feira (24), projeto de lei que reserva, no mínimo, 10% das vagas dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFETs) para pessoas ligadas à agricultura familiar.

Atualmente, 50% das vagas destas escolas federais são destinadas à educação profissional técnica de nível médio e 20% para cursos de nível superior.

Na justificativa da proposição (PL 778/2019), o autor, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), alerta para a necessidade de melhor qualificação de produtores da agricultura familiar devido ao importante papel que o seguimento desempenha para a garantia da segurança alimentar do Brasil.

“A necessidade de aliar melhores níveis de escolaridade com qualificação profissional, porém, é generalizada, percorre o país de norte a sul, e deve ser foco das políticas púbicas em prol de um modelo de sucesso na agricultura familiar”, diz Rodrigues.

O senador Esperidião Amin (PP-SC), em seu relatório favorável à matéria, utilizando dados do Censo Agropecuário de 2006, lembra que a agricultura familiar constitui a base econômica de 90% dos municípios brasileiros com até 20 mil habitantes.

De acordo com o parlamentar, “o setor produz 87% da mandioca, 70% do feijão, 46% do milho, 38% do café, 34% do arroz e 21% do trigo do Brasil. Na pecuária, seria responsável por 60% da produção de leite, além de 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos do país”.

Ao discutir o projeto, o autor considerou que sua aprovação possibilitará que a agricultura brasileira se fortaleça e possa contribuir cada vez mais com a economia nacional. Elogiando a iniciativa, a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) adiantou que deverá fazer gestões  para aprimorar a proposta durante sua tramitação na Comissão de Educação,Cultura e Esporte (CE), visando aumentar o percentual de vagas dos IFETs destinadas à agricultura familiar.

Sobre a proposta de aumento do percentual de vagas de Kátia Abreu, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) lembrou que as vagas e os cursos dos IFETs são definidas a partir de análise de mercado e de suas necessidades.

— Em Brasília temos dez IFETs. E preocupa-me que cada uma dessas escolas tenham que oferecer um determinado percentual de vagas com possibilidade de prejudicar o trabalho que vem sendo desenvolvido — alertou Izalci.

O texto segue agora para a Comissão de Educação (CE), onde receberá decisão terminativa.

Da Agência Senado

OMS: crianças devem ter tempo em frente a telas limitado a 1 hora

Crianças devem ter tempo em frente a telas limitado a 1 hora diz OMS(Foto: Vidmir Raic / Pixabay)

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, nesta quarta-feira (24), um estudo que diz que crianças de até 4 anos devem passar, no máximo, uma hora em frente a telas de forma sedentária, como assistir TV ou vídeos ou jogar no computador.

Para quem tem até 1 ano, não é recomendado ter contato com telas; para as crianças de 1 ano, não é recomendado tempo sedentário de tela e, para as de 2 anos, um tempo de até uma hora (preferencialmente menos). Para aquelas que têm entre 3 e 4 anos, o tempo sedentário de tela também não deve ultrapassar uma hora, sendo quanto menos, melhor.

O estudo apontou que crianças de até 5 anos devem passar menos tempo sentados em frente a telas ou contidos em carrinhos de bebê e assentos, ter melhor qualidade de sono e mais tempo para atividades físicas para crescerem saudáveis. Nos casos de sedentarismo, a OMS encoraja, independente da idade, a leitura e a contação de história. A entidade também destacou a quantidade de sono adequada para a idade: 14-17 horas ( até 3 meses), 12-16 horas (4 a 11 meses), 11-14 horas (1 a 2 anos) e 10-13 horas (3 a 4 anos).

“O início da infância é um período de rápido desenvolvimento e um tempo quando os padrões de estilo de vida familiar podem ser adaptados para aumentar os ganhos de saúde”, disse o diretor-geral da ONS, Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

O estudo divulgado pela ONS é um guia sobre atividades físicas, comportamento sedentário e sono  para crianças com até 5 anos desenvolvido por especialistas da organização.  Eles avaliaram os efeitos em crianças do sono inadequado, do tempo passado em frente a telas ou  contidos em carrinhos de bebê e assentos e avaliaram os benefícios do aumento dos níveis de atividade.

“Aumentar a atividade física, reduzir o tempo de sedentarismo e assegurar qualidade de sono em crianças vai melhorar seus físicos, saúde mental e bem-estar e ajudar a prevenir a obesidade infantil e doenças associadas mais tarde em suas vidas”, disse a gestora do programa de vigilância e prevenção de doenças não transmissíveis de base populacional da OMS, Fiona Bull.

Da Agência Brasil com informações da OMS

Em Maceió, restaurante temático oferece jornada virtual à Austrália; saiba

Foto: Divulgação

Já pensou em conhecer os quatro cantos da Austrália usando apenas o Instagram e ainda ganhar prêmios? O Outback Steakhouse, rede de restaurantes com temática de inspiração australiana, acaba de lançar a campanha “The Outback Journey”: um game divertido que convida os fãs da marca a embarcarem em uma jornada virtual para explorar os sete territórios da Austrália e todas suas características, lugares paradisíacos da terra do canguru, as principais personalidades australianas e muitas curiosidades da Land Down Under.

O jogo é inédito e traz mais de 450 posts em 38 perfis diferentes que levam os seguidores para uma aventura online em busca de prêmios.

Para participar é simples: ao acessar o perfil @TheOutbackJourney no Instagram, o consumidor encontrará o mapa completo da Austrália. A viagem começa a partir daí: basta explorar todos os posts e encontrar os links que levarão para os novos destinos. Sempre haverá uma saída que levará para um novo lugar e quanto mais explorar, mais chances o cliente tem de encontrar os prêmios.

São mais de 15 mil produtos do cardápio do Outback disponíveis e os clientes precisam encontrar os links para gerar os vouchers e resgatar o prêmio no restaurante.

“O @TheOutbackJourney é uma grande aventura pelas raízes australianas que são a temática de inspiração da nossa marca”, diz Renata Lamarco, diretora de marketing do Outback Brasil. “A Austrália é um pais rico em histórias, curiosidades e personagens que fazem parte do dia a dia dos nossos restaurantes, os fãs do Outback poderão descobrir tudo isso por meio dos perfis no Instagram, de uma forma divertida e informativa. E claro, tudo termina em um delicioso #MomentoOutback, basta encontrar os prêmios”, diz.

A ação é uma criação da agência Ionz e acontece de 22 de abril a 23 de maio, ou enquanto durarem os estoques. O regulamento completo pode ser conferido no site, clicando aqui.

Por Assessoria /AMais Imprensa

Defensoria pede que prefeitura de Tapera melhore estrutura de escola em 15 dias

Defensoria Pública recomenda que Município realize melhorias estruturais na Escola Elizabeth Jacobá Maria Bogers (Foto: Assessoria / DPU)

A defensora pública de São José da Tapera, Suellen Santos Rodrigues de Aguiar, recomendou à Prefeitura Municipal  e à sua Secretária de Educação que adotem, no prazo de 15 dias, todas as providências necessárias para sanar as irregularidades estruturais, sanitárias e de segurança na Escola Elizabeth Jacobá Maria Bogers. 

A recomendação foi enviada aos entes públicos nesta semana e teve como base um relatório de inspeção, realizada pela defensora pública na instituição de ensino, no começo deste mês. 

De acordo com a defensora, área externa da escola não possui escoamento das águas das chuvas e fica alagada, o local também apresenta capim alto, o que torna o local propício ao acumulo de lixo e a quadra poliesportiva está em desuso, em razão da falta de manutenção.  

Além disso, o portão principal do prédio está quebrado e, no interior da unidade de ensino, os bebedouros não são higienizados, várias carteiras e cadeiras estão quebradas e faltam extintores de incêndio, equipamentos de proteção e ventilação nas salas de aula. 

“No dia da vistoria havia várias crianças brincando com a água empoçada e o ambiente, com capim alto, virou foco de contaminação e de proliferação de várias doenças, especialmente dengue (ante o volume de água parada)”, frisa a defensora. 

Na recomendação, a defensora explica que, caso as irregularidades não sejam tomadas, a Defensoria Pública adotará as medidas judiciais cabíveis para assegurar os direitos dos estudantes e funcionários da escola.

Por Assessoria / DPU

Maceió: Justiça determina que Bradesco respeite tempo máximo de espera

Foto: Ilustração

Atendendo ao pedido da Defensoria Pública do Estado (DPE/AL) e do Instituto de Defesa dos Consumidores do Estado de Alagoas (Idecon-AL), a justiça determinou, ontem, que o Banco Bradesco disponibilize, em 48h, mais funcionários para atendimento presencial ao público em sua agência situada na Rua do Livramento, em Maceió, a fim de garantir observância do tempo máximo de espera em fila, prevenindo e evitando o desvio produtivo do tempo do consumidor. Em caso de descumprimento, a instituição financeira será multada em R$ 50 mil por dia. 

Em Maceió, a Lei Municipal de nº 5.516 de 2006 determina que o tempo máximo de espera na fila do banco é de até 20 minutos. Em véspera ou dia seguinte de feriados prolongados o tempo é de até 30 minutos.

A decisão ordenou, ainda, que a agência passe a ofertar, no prazo de 15 dias, sanitários condignos para idosos, gestantes e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, bem como promova todas as adaptações necessárias para fornecer um serviço adequado aos cidadãos. 

No último dia 16 de abril, a Defensoria Pública, por meio do defensor público Fabrício Leão Souto, e o Idecon/AL, ingressaram com ação civil pública com a finalidade de acabar com as imensas filas no atendimento e ao desrespeito ao tempo máximo de espera previsto em lei municipal. A medida judicial foi tomada após diversas tentativas de resolução extrajudicial e multas aplicadas pelo Procon/AL contra o banco, que não deram resultado positivo. 

A petição inicial também solicitou a condenação do Banco Bradesco em indenizações de R$ 1 milhão por causar danos morais coletivos aos consumidores de Maceió. O mérito do pedido aguarda decisão judicial. 

A ação teve como base a teoria do desvio do tempo produtivo do consumidor, consagrada recentemente em julgamento pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), por meio da qual os consumidores não podem ser privados de seu tempo produtivo em decorrência do defeito na qualidade dos serviços que consomem.

Por Assessoria / DPU

Ação da Polícia Civil apreende dez armas de fogo em Piranhas

Armas apreendidas em Piranhas (Foto: Assessoria PC-AL)

Policiais civis do 32º Distrito Policial de Piranhas (32º DP), sob o comando do delegado Daniel Mayer, em desdobramento das ações da operação PC-27, realizaram uma abordagem numa casa na Zona rural do município, que poderia ser um local utilizado para vender drogas, e apreenderam várias armas, nesta quarta-feira (24).

De acordo com o chefe de Operações do 32º DP, agente Jair Clemente,  foram apreendidas 10 armas de fogo sendo dois rifles, uma espingarda calibre 12, uma espingarda calibre 28 e 6 espingardas sem calibre identificável, e aproximadamente 300g de uma substância semelhante à maconha.

“Durante a ação policial, quatro pessoas evadiram-se da ação da Polícia Civil, dos quais três foram identificados como sendo Marciano Monteiro, Wesley Souza e Deivison Diego, porém correram pelo meio das “Casinhas” da região conhecida como Fazendinha, o que tornou temerária qualquer ação da polícia judiciária”, disse o delegado Daniel Mayer.

Todos os objetos foram apreendidos, sendo iniciado o devido inquérito policial para apuração pormenorizada dos fatos e dos seus autores pela equipe do 32º DP.

Além do delegado e do chefe de operações, também participaram da ação os policiais civis Cyro Jorge, Eduardo Prado, Thales Mororó, Sílvio Daniel e o escrivão Flávio Gilberto, contando com a coordenação tática dos delegados Cícero Lima (gerente de Polícia Judiciária da Região 4), e  Rodrigo Cavalcanti (delegado Regional de Delmiro Gouveia).

Por Assessoria / PC-AL

Ninguém acertou as 6 dezenas da Mega-Sena; prêmio vai a R$ 105 milhões

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do prêmio principal do Concurso 2.145 da Mega-Sena. O sorteio foi realizado na noite de hoje (24), em São Paulo (SP).

As dezenas sorteadas foram: 06 – 08 – 28 – 51 – 53 – 59.

O próximo concurso será sorteado no sábado (27) e tem prêmio estimado em R$ 105 milhões.

A quina teve 115 apostas ganhadoras, e cada uma vai receber prêmio de R$ 55.420,70. A quadra saiu para 10.504 apostas que receberão, cada uma, R$ 866,79.

Apostas

As apostas podem ser feitas até às 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país e também no Portal Loterias Online. 

Clientes com acesso ao internet banking da Caixa podem fazer as apostas pelo computador, tablet ou smartphone. O serviço funciona das 8h às 22h (horário de Brasília), exceto em dias de sorteios, quando as apostas se encerram às 19h. Para jogar pela internet, no Portal Loterias Online, o apostador precisa ser maior de 18 anos e efetuar um cadastro.

O jogo mais barato, em que o apostador marca seis dezenas, custa R$ 3,50. O prêmio máximo é para quem acerta as seis dezenas sorteadas, mas quem faz a quina e a quadra também é contemplado.

Por Agência Brasil

Estudante santanense conta história da sua terra no dia da Emancipação Política

Foto: Lícia Maciel / Reprodução / Instagram

No dia 24 de abril de 2019, a princesinha do Sertão completa mais um ano de emancipação. Ao todo são 144 anos contados a partir de quando se tornou vila no ano de 1875. Santana do Ipanema, terra acolhedora, localizada no sertão alagoano, tem aproximadamente 48 mil habitantes e quase 440 km² de extensão.

De início o pequeno arraial localizado na foz do Riacho Camoxinga, afluente do Rio Ipanema, era povoado por índios e mestiços, porém seu marco inicial se deu com a construção da capela de Senhora Santana (atual Igreja Matriz) que foi erguida em 1787 na fazenda de Martinho Rodrigues Gaia pelo Padre Francisco José Correia de Albuquerque e o dono da fazenda, a pedido da esposa de Martinho, Ana Tereza.

Ambos foram os responsáveis pelo início da povoação da então denominada Ribeira do Panema, que em 1836, sob influência política e sacerdotal do Padre Francisco Correia ela se torna freguesia e ganha o nome de Sant’Ana da Ribeira do Panema.

No ano de 1815, os irmãos Pedro e Martinho Vieira Rego descendentes de portugueses ganharam do Rei D. João VI, a sesmaria que compreendia as terras da Ribeira do Panema e de sua circunvizinhança, fator que impulsionou a economia local e consequentemente culminou com o processo de emancipação.

Santana do Ipanema é identificada pela produção agropecuária e os serviços mercantis, é considerada uma cidade polo, pois ajuda alavancar o desenvolvimento da região.

O nome do município se deu em virtude do Rio Ipanema que banha a cidade, e pela padroeira Santa Ana. Tua bandeira simboliza nossas cores, evidenciando nossas maiores riquezas. “O teu passado de glória está vivo em nossa memória e teus filhos hão de aprender. É mais forte o meu desejo de dizer sou sertanejo, santanense até morrer”, diz parte do seu hino.

Fontes historiográficas:

Clerisvaldo B. Chagas. Monumento iconográfico aos 230 anos de existência de Santana do Ipanema (AL);

Padre Theotônio Ribeiro. Escorço Biográfico do Missionário Dr. Francisco José Correia de Albuquerque.

Por Lícia Maciel* – colaboração

*Lícia Cibelle Maciel Carvalho é santanense, escritora e estudante do curso de História pela Universidade Estadual de Alagoas- UNEAL.

Alagoanos fomentam mercado de toca-discos e da compra e venda de LP’s

*Psicólogo Adalberto Souza possui 4 toca-discos de diferentes designs (Foto: Ascom Itec)

O jornalista e estudioso de novas tecnologias Roger Fidler diz que os velhos meios não morrem com o aparecimento das novas mídias, mas sim continuam a evoluir e a se adaptar, podendo inclusive ocorrer revivals, como no caso dos toca-discos.

Em Alagoas, o mecanismo fácil e o som inigualável das radiolas também vem fazendo a cabeça de comerciantes, técnicos em eletrônica e consumidores, que voltam a movimentar esse retorno das máquinas e também do vinil, que podemos chamar de tataravô dos serviços de streaming de música.

O técnico em eletrônica Sebastião Leão, que há anos mantém loja na rua Cincinato Pinto, diz que sua clientela é formada por gente inclusive de outros estados.

“Várias pessoas, de diversos lugares, entram em contato comigo, pois eu conserto tanto radiolas antigas como os novos modelos. Antigamente, eram feitas de ferro ou alumínio, hoje são de plástico e não tem durabilidade, quase sempre nem dá para a gente recuperar, principalmente quando acontece uma quebra de mecanismo e o aparelho está perdido. Por isso, as pessoas preferem muitas vezes consertar seus aparelhos dos anos 1980, 1990” explicou o técnico.

A clientela do seu Sebastião é feita por gente como o psicólogo e poeta Adalberto Souza, que possui quatro toca-discos de vários designs e também dezenas de lp’s.

discos_alagoas

“A minha primeira vitrola eu ganhei aos 12 anos, como presente de Natal do meu pai, e a gente ouvia uns LP’s coloridos que eram de história dos Irmãos Grimm. Não me considero colecionador, apenas acho bonito o design e compro. Eu tenho ainda a primeira que ganhei, as outras eu comecei a comprar pelo design” disse Adalberto Souza.

“Gosto do aparelhinho, de ter a vitrola, de ouvir aquele chiadinho do vinil. Há agora um revival, mas os discos vem com o preço astronômico. Existe uma facção que defende que o som do vinil é mais puro do que o digital e cada vez mais estão sendo produzidas outras vitrolas, mais elaboradas, cheias de recurso, tecnologia. Então, eu acho que em algum momento os vinis vão dominar de novo“ finalizou o poeta.

Se os toca-discos estão sendo fabricados novamente e procurados, a mídia diretamente ligada a eles, os long plays, vulgo lp’s, também estão em ascensão no Brasil, por intermédio da volta de fábricas como a Polysom em 2009 e a Vinil Brasil, em 2017. Em Alagoas, um dos maiores representantes é o vendedor Cicero Alves, conhecido como Quincas, que trabalha no ramo há 45 anos, com loja entre a Ladeira dos Martírios e a Praça Centenário.

“Meu pai era comerciante em Rio Largo, alugava som para pequenos eventos como comício e circo e também tinha uma loja de vinil. Eu sempre o ajudei, era acordando e dormindo com música, eu gostava muito também das capas dos discos. Quando ele mudou pra Maceió, eu acompanhei, tive barraca e depois loja no Centro, isso até a derrocada do vinil em 1996. Nessa época, continuei no ramo e também passando músicas de vinis para cds e vídeos de VHS para dvds. Agora, o mercado está aquecendo de novo” diz o comerciante.

“Vem gente de vários lugares do Brasil e até turistas me procurar atrás de discos raros. O preço de um disco varia muito, dependendo da raridade pode variar de R$ 0,50 centavos a R$ 50 reais ou mais. O disco de vinil é um objeto carinhoso, você sente o lp, a foto de capa, é rico em divulgação, você sente prazer em tocar. Está certo que a qualidade do MP3, do CD é boa, mas não chegam aos pés da qualidade do vinil” finaliza Quincas.

discos_alagoas4

Por  Isaac Moraes / Ascom Itec Alagoas