Eis que estamos de volta. Após um mês e meio de recesso. Elas, as palavras nos trouxeram de volta. Sobre os termos “ASSOBIAR” e “ASSOVIAR”. Qual seria o mais correto?
“As duas palavras existem na Língua Portuguesa e estão corretas. Podemos utilizar os verbos assobiar ou assoviar sempre que quisermos referir o ato de emitir um assobio ou assovio com a boca ou com um apito, ou seja emitir um som agudo. A palavra assobiar é tida como a mais correta e socialmente aceita, sendo a mais utilizada. A palavra assoviar, embora com menor uso, aparece no dicionário como sendo o mesmo que assobiar. Fonte: duvidas.dicio.com.br”
No tempo de nossa infância achávamos que assobiar, ou assoviar como queira, no período da noite era sinônimo de maus presságios, ou que isso fosse capaz de atrair cobras pra dentro de casa. Fomos à busca de informações a respeito, Vejamos:
“A cobra não vai ligar [para seu assobio]. Não por antipatia, mas porque são surdas. Elas não possuem ouvidos externos, possuem um rudimentar ouvido interno, que não escuta. Explica o diretor do Museu Biológico do Instituto Butatan Giuseppe Puorto. O que faz uma espetacular revelação: “o encantador de serpente faz a naja sair do cesto não por sua bela música, mas pelo movimento da flauta.” Fonte: Google.com.br”
LACERDINHA ou LAÇARDINHA? Estive recentemente lembrando, daqueles minúsculos insetos ]com os quais convivíamos no tempo de infantes escolares, Sobre os mesmo encontrei essa matéria:
“Os mais jovens talvez nem conheçam a fera, mas a turma que passou dos 50 certamente se lembram delas, sem saudade. No começo da década de 1960, o jardim do bálsamo era todo circundado por árvores de uma espécie de “Ficus”, que formavam um conjunto harmônico e davam uma ótima sombra. Acontece que no começo da década de 60 , foi introduzido no Brasil a Lacerdinha um insetozinho asiático , que se tornou uma praga a infestar esse tipo de árvore. Pesquisando no Google podemos ver que a Lacerdinha é um tsanópetero da família dos feotipídeos com o nome científico de Ginaicktrips. Tenham o nome que tiverem, eles eram muitos chatos. Quando alguém passava ou ficava embaixo dos pés de Ficus, os insetos caiam sobre seus corpos. Dizia-se que eram atraídos pela cor da roupa clara, principalmente amarela. Caracteristicamente, com frequência atingiam os olhos o que provocavam intensa irritação e ardência. Esse minúsculo (mediam poucos milímetros) insetinhos foram chamados de Lacerdinha, em referência ao político carioca Carlos Lacerda, famoso por sua radical e raivosa oposição aos presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubstichek. Fonte: balsamohistoria.blogspot.com”
OS SEIS ERROS DE PORTUGUÊS QUE NÓS BRASILEIROS MAIS COMETEMOS: [Do site megacuriso.com.br adaptado com comentários do cronista ] 1- MAL ou MAU? É só lembrar do “Lobo MAU” que é com “U”, já estar doente é com “L”, exemplo: “ Eu estou MAL”; 2 – HÁ MUITOS ANOS ATRÁS.” acaba sendo uma redundância. Não haveria necessidade do “Há” e sim o artigo “A”; 3- “PARA MIM ou PARA EU? A expressão “Para mim” não precisaria de complemento verbal ou nominal, já a expressão “Para eu “, necessita da complementação verbal; 4- IMPRESSO ou IMPRIMIDO? É preciso dizer que ambos estão corretos. Mas depende da situação: Impresso aceita os verbos “Estar” e “Ser”, enquanto “Imprimido “ aceita os verbos “Ter” e “Haver”. Exemplos: Os documentos foram impressos, As páginas já estão imprimidas; 5- “AO INVÉS DE” ou “INVÊS DE” O primeiro caso significa “ao contrário de”, já o segundo refere-se a “ No lugar de”; 6- “TEM ou TÊM?” Esse é fácil, no primeiro caso usa-se no singular, no segundo no plural. Fonte: shutterstock.com.br
UM POUCO DE HUMOR PARA ENCERRAR
SÓ QUERIA SABER…
-Mulher se eu viesse te pegar em casa, e uma colega de trabalho estivesse no banco da frente ao meu lado. Tu ia no banco de trás?
-Ia sim claro. Só que cada um de nós iríamos num carro diferente.
-Como assim?
Você ia no da funerária, ela no da Samu, e eu no da Polícia.
BODE GAIATO
-Tu sabe o qué bom pra formiga?
-Sei. Açúcar.
-Eu tô falando pra acabar com elas!
-Um tamanduá.
OUTRA DO WATSAPP
O HOMEM PRÉ-HISTÓRICO VIVEU NO PALEÓLITICO,
O DA IDADE MÉDIA NO MESOLÍTICO. E O CONTEMPORÂNEO VIVE NO ANSIOLÍTICO.
Agentes da Operação Policial Litorânea Integrada (Oplit) prenderam na última sexta-feira (11) um jovem, de 23 anos de idade, acusado da prática de furto.
Uma equipe policial foi acionada por seguranças de um shopping, localizado no bairro de Cruz das Almas, que detiveram o jovem em flagrante.
Ele havia furtado brinquedos de uma loja, no valor de R$ 2 mil, sendo preso no estacionamento do shopping, quando tentava fugir.
O acusado foi levado para a Central de Flagrantes, no bairro do Farol, onde foi autuado
Professor da Ufal toma posse em Conselho Federal da OAB (Foto: Divulgação / Ufal)
O professor Fernando Falcão, da Faculdade de Direito de Alagoas (FDA/Ufal), tomou posse como conselheiro do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A solenidade aconteceu em Brasília, no último dia 1°, após eleições de classe ocorridas no mês de novembro.
É função do Conselho velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia; representar, com exclusividade, os advogados brasileiros nos órgãos e eventos internacionais da área; editar e alterar o Regulamento Geral, o Código de Ética e disciplina, e os provimentos necessários; e assegurar funcionamento dos Conselhos Seccionais, dentre outras competências.
Falcão falou sobre as expectativas de representar a classe no Conselho Federal da OAB: “Diante de um quadro de tantas incertezas e de tantas dificuldades que a pandemia trouxe a todos os brasileiros, tenho a expectativa de, junto aos meus pares, trabalhar incansavelmente em favor das pautas mais importantes para a advocacia brasileira, a exemplo da defesa das prerrogativas dos advogados, da luta pela melhoria dos honorários profissionais e da abertura do mercado de trabalho para os advogados iniciantes”, destacou.
Mestre em Direito pela Ufal, Fernando vai completar, em maio, 20 anos de docência na FDA. Ele reforça que também é competência do Conselho buscar a melhoria do ensino jurídico no Brasil e fala sobre suas inspirações na academia.
“Tenho muito orgulho em fazer parte do quadro de docentes da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas. Nossa instituição de ensino é reconhecida nacionalmente pela qualidade de seu ensino jurídico e pelos grandes juristas que muito já contribuíram para as Ciências Jurídicas, a exemplo dos professores Marcos Bernardes de Mello e Paulo Lôbo”, citou, enfatizando que espera “continuar a honrar a tradição da FDA de bem servir à sociedade brasileira”.
Junto com o professor Fernando Falcão, tomaram posse os novos representantes de Alagoas no Conselho Federal da OAB: Cláudia Medeiros, Sérgio Ludmer e Marcos Mero Júnior. O ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça e ex-professor da Ufal, participou da cerimônia que também marcou a posse do novo presidente nacional da OAB, José Alberto Simonetti.
Acorda, toma banho, veste o uniforme, toma café da manhã, arruma o material, vai até a escola, encontra os amigos e professores, aprende, brinca. Essa pequena rotina do dia a dia escolar é muito mais que apenas uma forma de disciplinar as crianças. Ela é fundamental para trazer equilíbrio emocional para os pequenos. Por isso, a volta às aulas precisa ser encarada como um momento cheio de possibilidades de desenvolvimento, não apenas intelectual.
Depois de praticamente dois anos de pandemia, com períodos de maior ou menor distanciamento social, esses pequenos hábitos se tornam ainda mais relevantes para a saúde mental das crianças. “Estar no ambiente da escola é uma oportunidade única para se entender enquanto indivíduo independente e, ao mesmo tempo, integrante de um grupo social”, explica a consultora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Veronice Fernandes de Souza.
Para a educadora, é na escola que a criança começa a adquirir habilidades emocionais que serão úteis para o resto da vida, por exemplo como ser empática e como lidar com suas próprias emoções e sentimentos.
Um dos ganhos mais significativos para a saúde mental infantil se dá pela convivência diária com outras crianças da mesma idade. Não é à toa que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz, mais de uma vez, essa exigência entre as competências gerais. Ainda que os professores e a equipe pedagógica sejam os “guias” dos pequenos no caminho do conhecimento, há muitas lições que só podem ser aprendidas quando eles convivem com seus pares.
Voltar para a sala de aula também contribui para reduzir o tempo gasto em frente às telas. Principalmente nos últimos dois anos, muitos estudantes só puderam estudar, conversar com seus amigos e familiares e se divertir por meio da TV, do computador ou do celular. Substituir essas atividades por conversas presenciais, exercícios físicos e leituras analógicas é uma necessidade. “Os eletrônicos ajudaram muito nesse período de pandemia, mas geram um excesso de estímulos que traz riscos para a saúde mental até mesmo de adultos, mas ainda mais das crianças”, lembra Veronice.
Rotina é parte de uma vida saudável
Além disso, é muito importante que a criança, desde cedo, tenha horários determinados para as atividades do dia. E isso a escola faz de forma inigualável. Afinal, é preciso acordar na hora certa, respeitar o tempo de aula, aguardar pelo intervalo e desenvolver outros pequenos hábitos inerentes à realidade escolar. Tudo isso ensina disciplina e ajuda a educar seres humanos mais conscientes de seu papel na sociedade.
De acordo com Veronice, isso precisa ser levado para fora da sala de aula. Depois que a criança volta da escola, é imprescindível estabelecer uma rotina com horários bem definidos para cada tarefa. Hora para tomar banho, hora para ir dormir, hora para comer, hora para fazer o dever de casa, tudo precisa ter a hora certa de ser feito. “Embora, muitas vezes, as crianças resistam aos horários delimitados, essa rotina traz segurança emocional para elas e permite que se tornem mais tranquilas no decorrer do dia a dia.”
Sobre o Aprende Brasil
O Sistema de Ensino Aprende Brasil oferece às redes municipais de Educação uma série de recursos, entre eles: avaliações, sistema de monitoramento, ambiente virtual de aprendizagem, assessoria pedagógica e formação continuada aos professores, além de material didático integrado e diferenciado, que contribuem para potencializar o aprendizado dos alunos da Educação Infantil aos anos finais do Ensino Fundamental. Atualmente, o Aprende Brasil atende 290 mil alunos em mais de 210 municípios brasileiros. Saiba mais em http://sistemaaprendebrasil.com.br/.
O professor Anderson de Alencar Menezes, que integra o quadro de docentes do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal, foi convidado para fazer parte da seção estadual do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), na Comissão da Criança e do Adolescente. O IBDFAM é uma instituição jurídica não governamental que pesquisa e divulga conhecimentos sobre Direito das Famílias.
Anderson Menezes é licenciado em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco, bacharel em Teologia pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL), mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco. doutor em Ciências da Educação pela Universidade do Porto/Portugal e tem pós-doutorado em Ciências da Linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco e pela Universidade de Valência/Espanha.
O IBDFAM foi fundado nacionalmente em 25 de outubro de 1997, e tem sede em Belo Horizonte (MG). Em Alagoas, a entidade inaugurou sede própria em 2005, promovendo encontros e debates com interessados em Direito da Família. “É um trabalho social, jurídico e científico também. Fico muito honrado com o convite que recebi do vice-presidente da Comissão, Antônio Tancredo, e espero contribuir com minhas pesquisas sobre crianças e adolescentes internados no sistema socioeducativo”, ressalta Anderson.
A presidente da Comissão da Criança e do Adolescente, a juíza Fátima Piaruá, também integra a Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e foi eleita, no final do ano passado, vice-presidente do Colégio de Coordenadores dos Tribunais de Justiça do país. “Participar desta entidade, com estas referências, vai dar ao nosso grupo de pesquisa mais respaldo para desenvolver trabalhos com crianças e adolescentes que vivem em reclusão”, destaca o professor Anderson Menezes.
Entre os trabalhos publicados pelo professor Anderson Menezes, está o livro Ensaios sobre Dilemas e Sentimentos Morais na Contemporaneidade – Reconhecimento, Privação e Sofrimento, lançado em dezembro do ano passado. “Essa minha preocupação com adolescentes e jovens sofridos, vulneráveis e excluídos nasce de uma etapa da minha existência como membro da Congregação Salesiana nos idos dos anos 80”, explica Anderson no prefácio do livro.
Na Ufal, o professor Anderson Menezes lidera o grupo de pesquisa Tecer – Teoria Critica, Emancipação e Reconhecimento – que pertence à Rede de Estudos sobre Violências (Riev), formada por pesquisadores da Ufal, UFPB, UFSC e Universidade de Valência- Espanha). “Por meio desta rede, desenvolvemos nosso trabalho sobre a rede de proteção para essas crianças que vivem em situação de vulnerabilidade”, destaca o professor.
Como já virou costume, o Society Santana se encheu de espectadores, na noite deste sábado (12), para acompanhar mais uma rodada da Supercopa Fut7. Quem assistiu os três jogos da 4ª rodada pôde ver de perto a rede balançar 23 vezes, numa média de pelo menos 6 gols por partida.
Nesta segunda rodada, somente uma equipe não conseguiu chegar ao gol, todavia, os outros cinco times fizeram por onde onde construir placares elásticos. As equipes do Biu JB (Santana do Ipanema), Amigos do Danone (Pão de Açúcar) e Playboys (Senador Rui Palmeira) conseguiram a vitória e somaram três pontos cada.
Jogo a Jogo
O primeiro jogo da noite foi entre times da casa: Ipiranga e Biu JB. O Alvinegro começou bem, marcando três gols no primeiro tempo e um na segunda etapa. Porém, o Ipiranga teve um jogador e o treinador expulsos, fazendo o Biu aproveitar a vantagem numérica, não só empatando, mas virando o placar.
A partida, que foi muito reclamada dentro de campo, teve os ânimos acirrados mesmo após os 50 minutos. Ao termino do jogo, um auxiliar técnico e mais um atleta do Ipiranga acabaram sendo expulsos. O resultado disso tudo é que cada equipe segue viva no torneio, pois tiveram uma vitória e uma derrota até agora.
Com muitos gols, mas emoções somente pra um dos lados, a segunda partida foi entre A. do Danone e São Joaquim (Poço). O time de Pão de Açúcar perdeu seu o primeiro jogo, mas hoje se deu bem, aplicando uma goleada de 6 a 0 na equipe poçense. O São Joaquim ainda não ganhou no torneio, pois empatou na primeira partida.
O terceiro e último jogo da noite teve uma boa disputa, mas um time mostrou superioridade em campo. Os Playboys FC meteram 5 gols no Bayer Remetedeira (Santana do Ipanema). Com sua segunda vitória no torneio, a equipe de Senador garantiu vaga nas quartas-de-finais. O Bayer ainda não venceu, mas tem chance matematicamente.
Faleceu neste sábado (12), em Aracaju (SE), o santanense Mileno de Melo Carvalho. Aposentado pela Petrobras, o sertanejo tinha 75 anos e morava há anos na capital sergipana.
Segundo apurado pelo site Alagoas na Net, Mileno Carvalho esteve internado no hospital por mais de 40 dias e teve complicações respiratórias. Ele não resistiu e entrou em óbito na noite de ontem.
O corpo do santanense está sendo velado no Cemitério Colina, em Aracaju. O sepultamento foi marcado para às 17h, no mesmo local.
Família sertaneja
Mileno de Melo Carvalho possuía mais 9 irmãos. Gileno, Djalma, Ivone, Maria das Graças, Jarbas, José, Aderval, Ademir e Terezinha. Esta última irmã faleceu em dezembro de 2017, RELEMBRE AQUI.
Além de servidor público, Mileno também foi escritor. Ele deixa esposa, quatro filhos e netos.
A Casa Mário de Andrade, onde viveu um dos principais escritores e intelectuais do Modernismo, integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo. (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)
Há exatos 100 anos, o Theatro Municipal em São Paulo abria suas portas para uma exposição de pintura e escultura, saraus e apresentações musicais do compositor Villa-Lobos e da pianista Guiomar Novaes. Esse evento, que ocorreu entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, veio a ficar conhecido como a Semana de Arte Moderna, considerado um marco oficial do movimento modernista no Brasil.
Os principais nomes do evento foram os escritores Mário de Andrade, Menotti del Picchia e Oswald de Andrade e os artistas Anita Malfatti e Di Cavalcanti. A ideia era provocar a imprensa, fazer muito barulho, para apresentar ideias de vanguarda.
“Com certeza os agentes da semana, os artistas que fizeram esse festival, tinham em mente essa ideia de ter impacto na mídia, de fazer barulho, de se alinhar a uma ideia de vanguarda, de desafio das tradições”, disse Heloísa Espada, curadora do Instituto Moreira Salles (IMS), organização que, no ano passado, realizou um ciclo de palestras [disponíveis no site da instituição] para discutir o evento junto com o Museu de Arte Contemporânea (MAC) e a Pinacoteca do Estado.
A semana foi realizada pouco tempo depois do fim da Primeira Guerra Mundial e da pandemia de gripe espanhola e no ano em que o Brasil celebrava o centenário de sua independência.
São Paulo iniciava o seu processo de industrialização, com a economia ainda baseada no café. O Brasil se modernizava e alguns intelectuais e artistas da época, influenciados pelas vanguardas europeias, também propunham um novo olhar sobre a arte brasileira.
“A ideia de arte moderna acaba tendo relação com a ideia de cidade, com a criação de espaços urbanos. Esse momento, de início de século, é um momento de urbanização, de transformação das cidades, de modernização”, disse a curadora do IMS.
“São Paulo passa a se desenvolver com o comércio do café na segunda metade do século 19. E quem banca a semana, quem põe dinheiro para a semana existir, é uma elite cafeeira que ganha dinheiro no interior, nas fazendas, mas que não quer mais viver nas fazendas; que tem possibilidade de viajar para fora do país e quer viver em uma cidade que tem os benefícios da modernidade. É a riqueza do campo que paga essa ideia da arte moderna. Essa urbanização, esse desenvolvimento, é fomentada por essa riqueza que vinha, principalmente, das lavouras de café”, explicou.
A Casa Mário de Andrade, onde viveu um dos principais escritores e intelectuais do Modernismo, integra a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo. (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)
A semente da Semana de Arte Moderna foi plantada em 1921, em uma reunião no Grande Hotel da Rotisserie Sportsman, onde hoje é a prefeitura paulistana. Lá, intelectuais e artistas se encontraram com o escritor e diplomata Graça Aranha.
“Nessa ocasião, ele [Graça Aranha] teve contato com esse pequeno grupo formado pelo Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e muitos outros. A Anita Malfatti é convidada a participar desse encontro. Ela vai acompanhada de uma moça, uma amiga, porque não ficava bem ela ir sozinha, já que era solteira e mulher. Surge a ideia de se fazer um grande evento, reunindo artes como pintura, poesia e música, além de comida”, contou Luiz Armando Bagolin, professor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo (USP).
É de Graça Aranha a ideia de que o grupo procure Paulo Prado, um grande exportador de café de São Paulo. “Eles então se encontram com Paulo Prado, em sua casa no bairro de Higienópolis, e ali surge a ideia da semana. Foi Paulo Prado quem sugeriu o nome [do evento] e o financiou”, destacou o professor da USP.
Meses depois da reunião, o Theatro Municipal recebeu uma exposição de artes em seu saguão e três noites de sessões literárias e musicais. O evento foi inaugurado com uma palestra do escritor e diplomata Graça Aranha, no dia 13 de fevereiro de 1922.
Na programação, constava ainda a leitura da poesia de Manuel Bandeira, chamada Os Sapos, uma crítica ao parnasianismo – movimento literário que se preocupava com o fazer poético: a arte pela arte. Pela obsessão com a precisão, os parnasianos foram criticados pelos modernistas que pregavam a liberdade estética. A leitura feita por Bandeira foi muito vaiada pelo público presente. Aliás, vaias e críticas foram a tônica de toda a semana. E foi isso que a tornou um sucesso, na visão dos artistas responsáveis pelo evento.
“A leitura que eles [os modernistas] fizeram, terminada a semana, foi que eles conseguiram provocar os araras. Quem são os araras? Os jornalistas. O Mário [de Andrade] diz assim: ‘os araras morderam a isca. Os araras foram provocados e aí tivemos êxito’. A semana, no momento em que aconteceu, foi um evento muito bem sucedido do ponto de vista da propaganda, por uma estratégia de propaganda”, descreveu Luiz Armando Bagolin.
“Ao contrário de todas as iniciativas individuais e coletivas que tinham acontecido antes, foi a primeira vez que isso atraiu a fúria dos araras. No tempo deles, a semana teve importância não tanto pelas obras que foram apresentadas – e muitas delas nem era modernas. Mas como essa estratégia de propaganda gerou uma reação em cadeia na imprensa”, acrescentou o professor do IEB e curador da exposição Era uma Vez o Moderno, em cartaz na Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Construção histórica
Exposição Era Uma Vez o Moderno [1910-1944], com curadoria do pesquisador Luiz Armando Bagolin e do historiador Fabrício Reiner, no Centro Cultural Fiesp, Avenida Paulista. (Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil)
Antes da semana, outras iniciativas culturais modernas já tinham sido realizadas no país, tais como as duas exposições individuais de Anita Malfatti, em 1914 e 1917.
“É preciso sublinhar uma questão que me parece de fundamental importância: o modernismo no Brasil não começa com a semana. Essa ideia de que a semana vem, apresenta obras que marcam uma ruptura em relação ao que estava sendo feito, é uma ideia falsa. Houve muitas iniciativas antes da semana e depois da semana e, ao conjunto de todas essas iniciativas, algumas individuais, outras coletivas, a gente dá o nome de modernismo brasileiro”, explicou Bagolin.
A Semana de Arte Moderna só se tornou um marco muitos anos após ter sido realizada, num processo de construção histórica.
“Sabemos hoje que, por exemplo, imediatamente à semana, nos anos 30, ninguém falava da semana. Essa ideia da Semana de Arte Moderna é uma coisa que também foi construída pela historiografia. E só lá nos final dos anos 40, nos anos 50, quando se formam os museus de arte moderna no Brasil e também quando foi lançada a primeira Bienal, em 1951, houve todo um trabalho de resgaste e de reconhecimento público desses nomes, principalmente da Anita Malfatti e da Tarsila do Amaral, que não participou da semana, mas logo se uniu ao grupo”, disse Heloisa Espada, em entrevista à Agência Brasil.
“É preciso falar que houve uma construção histórica da narrativa da Semana de Arte Moderna como um evento fundador do nosso modernismo. Isso foi construído, principalmente, com ajuda da Universidade de São Paulo (USP), a partir do início dos anos 70, sobretudo quando a universidade comprou o acervo da família do Mário de Andrade e esse acervo foi para o IEB. Começa-se então a ver uma série de pesquisas, que se transformam em teses de mestrado e doutorado, em duas áreas sobretudo: a área de teoria literária e a área de ciências sociais”, explicou Luiz Armando Bagolin.
Além disso, o livro Artes Plásticas na Semana de 22, escrito por Aracy Amaral, historiadora de arte, lançado na década de 70, ajudou a construir a importância da Semana. “Esse trabalho marcou a historiografia”, destacou Heloisa.
Tudo isso foi contribuindo para que o evento passasse a ter um caráter positivo, de enaltecimento. “A gente vai vendo o quanto, na verdade, o assunto da semana vai surgindo ao longo da história de acordo também com as conveniências de cada época. Acho que falar da Semana de Arte Moderna de 1922, cem anos depois, é lembrar de como os assuntos vão sendo construídos e de quais são os interesses em falar sobre esses assuntos”, disse.
Esta é a primeira matéria de uma série que a Agência Brasil publica ao longo dos próximos dias sobre o centenário da Semana de Arte Moderna.
O governador Renan Filho levou, na tarde desta sexta-feira (11), os filhos João, 7 anos, e Davi, 10, para se vacinarem contra a Covid-19. Após imunizar os pequenos, o chefe do Executivo estadual pediu aos pais para que vacinem as suas crianças.
“É muito importante que todo mundo leve as suas crianças para se vacinarem. Crianças vacinadas ficam mais protegidas e protegem as suas famílias e as suas comunidades, por isso já vacinamos Davi e João”, conclamou Renan Filho.
Ele recordou que as aulas presenciais estão retornando e que, por isso, a vacinação se faz ainda mais necessária para evitar a propagação do vírus, os casos graves e os óbitos.
“A educação está retornando, crianças e jovens na sala de aula; quanto mais rápido todo mundo estiver imunizado, mais seguro estará o nosso estado, menos pessoas doentes vamos ter e menos pessoas morrendo aqui em Alagoas. Por isso, cumpra seu papel, vacine-se e vacine as suas crianças também”.
As consultas ao Sistema Valores a Receber (SRV) do Banco Central (BC) serão retomadas, nesta segunda-feira (14), por meio de uma plataforma exclusiva. O objetivo é evitar que a grande quantidade de acessos coloque em risco o site do próprio BC, como ocorrido no mês passado, quando a demanda inesperada de acessos ao SRV derrubou a página.
Com o site exclusivo, não será possível “consultar ou solicitar valores” na página principal do BC, nem dentro do sistema Registrato. “No momento da consulta em valoresareceber.bcb.gov.br, o cidadão saberá se tem valor a receber [de instituições financeiras] e, caso positivo, receberá a data para conhecer esses valores e solicitar sua transferência, a partir do dia 7 de março de 2022”, informou o BC.
Caso, por algum motivo, o interessado perca a data, poderá fazer uma nova consulta, a qualquer momento, para ter acesso a novo agendamento. No site, há um passo a passo com todas informações necessárias para o resgate dos valores.
“O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução”, diz nota do BC.
Ainda segundo o Banco Central, para acessar o Sistema Valores a Receber é necessário que o interessado tenha cadastro no site GOV.BR, nível prata ou ouro. O cadastro pode ser feito gratuitamente pelo aplicativo GOV.BR ou por meio da internet.
Alerta
O BC alerta sobre o risco de alguns golpes que podem ser aplicados. O serviço não será disponibilizado em nenhuma outra página da internet. Além disso, não serão feitos contatos telefônicos nem envio de links para as pessoas, para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
“Ninguém está autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber. Portanto, o cidadão nunca deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram”, informa o BC, acrescentando que nenhum pagamento deverá ser efetuado para que se tenha acesso aos valores.
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14 fev
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