Nomeação de Fábio Ferrário é para atuar pela Casa e não para defender ‘A’ ou ‘B’
Foto: Assessoria
O deputado estadual João Henrique Caldas (PTN) começou a semana levantando mais uma polêmica dentro do Legislativo. Desta vez, a artilharia de JHC está voltada para o ato de nomeação do atual procurador Fábio Ferrário.
Segundo o parlamentar, a forma como o procurador foi nomeado levanta suspeitas sobre a atuação dele na Assembleia Legislativa do Estado (ALE). “Ele não foi nomeado para ser o advogado de ‘A’ ou de ‘B’. Ele foi nomeado para ser o procurador de um Poder, e para defender os interesses do Legislativo”, esclareceu.
JHC acredita que para a nomeação do procurador, o presidente Fernando Toledo (PSDB), deveria ter convocado os líderes de partido para que opinassem sobre a nomeação.
“Como todos sabem, eu pedi o afastamento da Mesa Diretora. Não tenho nada contra o procurador, mas diante das denúncias que foram feitas, a Mesa não tem moral para tomar nenhuma atitude, muito menos em relação à nomeação de quem quer que seja”, alfinetou o deputado.Sobre o pedido de afastamento, que ainda não tem data para ser feito por JHC, Ferrário preferiu não comentar, mas deu uma resposta que pode soar irônica para os menos informados sobre o assunto.
“Quem deve responder sobre isso é ele [JHC] e o presidente [Fernando Toledo]. Eu estou muito atarefado tentando ajudar na reconstrução da Casa, e desejo sorte a ele [JHC]”, respondeu.
Fábio Ferrário foi nomeado há pouco mais de uma semana e assumiu o cargo em um momento extremamente tumultuado, em que a Mesa Diretora está sendo acusada de uma prática, que alguns parlamentares já comparam ao esquema desmantelado pela Polícia Federal, na Operação Taturana, de 2007. Para ele, ainda não é hora de se envolver em questões polêmicas, e sim de continuar o trabalho.
Por Erik Maia / Tribuna Hoje