Técnicos da Defesa Civil nacional, estadual e municipal, do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM), Instituto do Meio Ambiente (IMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) voltaram a se reunir na manhã desta terça-feira (5), na sede da Coordenadoria de Defesa Civil Municipal, para fazer uma reavaliação do monitoramento da subsidência nos bairros do Pinheiro, Mutange e Bom Parto e do possível colapso da Mina 18, na área da Lagoa Mundaú.
Um dos principais objetivos da reunião foi repassar todos os dados referentes ao processo de afundamento do solo, provocado pela mineração da Braskem, e do possível colapso da Mina 18, aos técnicos do DRM que chegaram a Maceió no último fim de semana.
Durante a reunião, foi enfatizada a necessidade de unificação e compartilhamento de todas as informações sobre o afundamento do solo nos bairros afetados pela mineração da Braskem, com o objetivo de garantir a tranquilidade dos moradores da regiões afetadas.
No início da reunião, técnicos do Comitê Técnico do Departamento de Reabilitação e Reconstrução da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa fizeram apresentação de todo o histórico do processo de afundamento do solo em cinco bairros de Maceió, desde 2018. Os técnicos mostraram como o fato ocorreu, como vem sendo feito o acompanhamento do problema e a situação atual.
O diretor do DRM/RJ, Luiz Cláudio Magalhães, lembrou que o departamento carioca é um órgão especializado em desastres naturais e ambientais em áreas urbanas. “Nós vivenciamos no ano passado uma das maiores tragédias urbanas no Brasil, quando morreram 200 pessoas, por causa de deslizamento de terras na região serrana do Rio de Janeiro. Vamos analisar todos os dados que estão sendo repassados para nossa equipe em relação a essa situação da mina 18 para definir de que maneira poderemos auxiliar os órgãos da Defesa Civil em Alagoas”, observou Magalhães.
O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Moisés Melo, enfatizou a importância do compartilhamento das informações que envolvem o possível colapso da Mina 18. “O intuito dessa reunião é chegar, a partir de agora, a um denominador comum sobre as informações que devem ser divulgadas de forma tranquila para a população”, enfatizou o coronel.
O diretor do Departamento de Reabilitação e Reconstrução da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, Paulo Falcão, ressaltou que a troca de informações entre os técnicos é importante para que possa se alinhar, principalmente, às ações no caso de uma possível eclosão da mina 18. Segundo ele, já há elementos que já permitem definir onde está concentrado o problema. “O que é importante é que as pessoas saibam que existe um monitoramento nas áreas consideradas de risco. O que a gente sabe é que o problema está concentrado naquela região da mina 18, no bairro do Mutange, e agora é preciso traçar uma estratégia de apontar qual é a real situação, se a área da mina vai se estabilizar ou não, para pensar nas ações que vão ser tomadas no caso da mina eclodir ou não, se os afundamentos poderão voltar ou se será possível retomar o fechamento dessas minas”, explicou Falcão.