A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) – Núcleo Santana do Ipanema, Cristina Alves, afirma não entender as justificativas dadas por prefeitos do Sertão sobre a ausência de proposta de reajuste para a classe.
Em entrevista ao programa Liberdade de Expressão, na Radio Milênio FM, nesta sexta-feira (4), a sindicalista abordou os casos dos municípios de Santana do Ipanema e Senador Rui Palmeira.
Nesses locais, o prefeito Isnaldo Bulhões e a prefeita Jeane Moura, respectivamente, disseram não poder aplicar nenhum tipo de reajuste para este ano.
“Um município em que é feito uma festa com grandes bandas e que paga altos salários para os vereadores e o próprio prefeito fica difícil dizer que anda com o cinto apertado”, declarou a presidente, em relação à Santana do Ipanema.
Em Senador Rui Palmeira, segundo Cristina, há um enorme número de servidores com desvio de função e que com isso aumentam os gastos públicos. “O interessante é que a crise é só para a valorização dos profissionais, para festa não tem crise”, disse ela.
Paralisação
A presidente do Sinteal em Santana também falou sobre a paralisação de advertência, que já foi anunciada para semana que vem em Santana do Ipanema. “É bom deixar claro que a paralisação é um ato de toda a classe e não pretende prejudicar os estudantes. Pedimos o entendimento dos pais, mas também precisamos pensar na nossa família”, explica.
A programação do Sinteal é que a paralisação em Santana será iniciada na próxima quarta-feira (9) e tem como previsão encerrar na terça-feira da outra semana. A presidente também explicou que se, até antes do inicio houver alguma manifestação do Executivo, o sindicato poderá convocar outra assembleia e tomar providências.
Por Lucas Malta / Da Redação