Crimes contra gays em Alagoas continuam impunes

11 jul 2013 - 19:38


” O “beijaço” realizado na última segunda-feira no calçadão do comércio de Maceió contou com a presença de integrantes do GGAL, entidades ligadas aos homossexuais, do vereador Judson Cabral (PT) e da mãe do enfermeiro José Maciel da Cruz, que foi morto na madrugada do dia 24 de janeiro, na cidade de Coruripe, a 97 km de Maceió.

O crime chocou os moradores da cidade e os homossexuais de Alagoas, pela crueldade com que foi cometido. “Ele foi encontrado pela vizinha amarrado e com golpes de faca no pescoço”, relatou o amigo Dorgival Francelino dos Santos, que também é enfermeiro.

Foi aberto um inquérito pela delegacia de Coruripe e só há uma pessoa presa, a vizinha de Maciel, que encontrou o corpo. Ela prestou depoimento e foi solta, mas o delegado desconfiou de sua versão e a mulher foi convocada outra vez para a delegacia, onde continua detida.

De acordo com José Carlos Merthém, presidente do GGAL, o crime reflete a discriminação vivenciada pelos alagoanos.

“Essa violência é consequência da homofobia e do preconceito que infelizmente ainda existe na sociedade. Em março, a morte do vereador Renildo José dos Santos, morto e esquartejado depois que assumiu sua condição sexual, completa 13 anos e os acusados continuam impunes, por isso estamos aqui para pedir Justiça em todos os casos de violência contra os homossexuais”, afirmou.

O Tempo Magazine

Notícias Relacionadas:

Comentários